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Descubra alguns pensamentos inquietantes

por franciscofonseca, em 30.12.11

O ano que agora termina ficará na memória de muitos, por diversos motivos, como um tempo difícil. Novos e eternos problemas acolheram novas e perturbadoras complexidades, sem que o homem tenha conseguido dar as melhores respostas. O futuro próximo passa por repensar o papel da economia, diminuir as situações de pobreza global, reinventar a gestão e aceitar as mudanças culturais.

A batalha contra a pobreza pode ser vencida, mas exigirá muita paciência, uma estrutura de pensamento criteriosa e uma vontade expressa de se aprender com as evidências. Os cientistas sociais terão de dar respostas para a criação de novas estratégias, novas políticas de governança, novos designs organizacionais e novos sistemas de gestão e recompensas.

Os princípios da inteligência emocional terão de ser compreendidos, e transformados em ferramentas para abordar as relações não só nas empresas, como também na vida pessoal, de uma forma completamente diferente da que estamos habituados.

Hoje, as grandes multinacionais assentam a sua economia na colaboração, nas tecnologias emergentes, na inovação externa, em diferentes tipos de parcerias e com base em ecossistemas vibrantes.

A China e a Índia representam cerca de 40% da população mundial. O seu PIB combinado está a crescer a uma taxa anual na ordem dos sete por cento. A economia mundial dependerá muito da forma como estes dois colossos vão convergir com as potências industriais da atualidade, num planeta em constante mutação e turbulência.

Para todos um feliz 2012 e não se esqueçam que festejar, comemorar, comer e beber bastante nas festas de final de ano não é o que engorda, o que realmente engorda não é o que comemos entre o Natal e o Ano Novo, e sim, aquilo que comemos entre o Ano Novo e o Natal.

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publicado às 16:17

O mundo vai continuar na contramão

por franciscofonseca, em 26.12.11

Com a firme certeza que não será o fim do mundo em 2012, mas a tarefa que nós espera não será fácil. Os principais problemas que assolaram a humanidade neste incerto 2011 continuarão a manifestar-se, nomeadamente as perturbações na economia política global. A agenda global para 2012, quer a nível político, económico, ambiental e tecnológico está repleta de questões que exigem soluções globais.

O Ocidente em crise económica e a Ásia em crescimento rápido. No Médio Oriente várias alterações políticas perturbadoras estão em marcha. Quanto a África, o cenário continua o habitual tanto a nível económico como político e como enormes desafios humanitários. Espero que no próximo ano o mundo entenda os novos termos políticos, económicos que exigem novas abordagens e renovadas formas de relacionamentos num mundo globalizado.

O planeta continua a sofrer disrupções económicas. As crises das dívidas, os crescentes desequilíbrios nas trocas comerciais, o desemprego crescente e a distorção dos mercados financeiros são a prova, que a ordem imposta a seguir à segunda guerra mundial se tornou obsoleta e incapaz de lidar com questões e tendências complexas, inter-relacionadas e globais.

Na questão da escassez de recursos naturais e alterações climáticas, o mundo caminhará para um desastre económico, social e ambiental, devido ao impacto das condições climáticas extremas e do aumento da escassez dos recursos naturais como a água, a energia e os alimentos. A comunidade internacional deverá exercer a sua liderança no sentido de um compromisso renovado para as questões das emissões e da escassez de recursos.

A revolução digital ocupa um lugar no centro da sociedade humana. O cidadão digital está a influenciar a opinião pública, não só como consumidor mas também como produtor de informação. Todavia, esta explosão em termos de ativismo encerra alguns riscos: inflama o extremismo e a “desobediência” civil. O mundo digital está a desafiar a legitimidade das estruturas de governança existentes e a soberania dos Estados. Assim, novos modelos de governança para a Internet começarão a emergir.

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publicado às 14:20

Feliz Natal e um Ano Novo cheio de esperança

por franciscofonseca, em 23.12.11

Quero em primeiro lugar agradecer a todos os quantos contribuíram para a afirmação e o crescimento do “Mundo em Contra Mão” na blogosfera. Este espaço continuará a pautar-se pela crítica, pelas opiniões sem amarras, sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um Mundo melhor.

Nesta época festiva devemos refletir sobre a nossa caminhada. Assim, para os nossos inimigos, o perdão. Para os oponentes, tolerância. Para os amigos, nosso coração. Para os leitores deste blog, minha dedicação. Para tudo, caridade. Para toda criança, um bom exemplo. Para vocês, muito respeito.

Esta é a época em que estamos sensíveis e alegres, que contagiamos a todos, que podemos refletir sobre os verdadeiros amigos.

 Fazemos um balanço de nossas vidas, somamos todas as coisas boas e subtraímos as más.

Ter vocês como leitores do deste blog é uma honra, a vossa companhia tem sido um verdadeiro estímulo para o crescimento do “Mundo em Contra Mão”, aqui presto a minha homenagem e deixo os meus sinceros agradecimentos.

Que o vosso Natal seja repleto de felicidade e paz, sinceramente são os votos do “Mundo em Contra Mão”. Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver de novo. Aproveitem este ano que está a chegar para realizarem todos os vossos sonhos.

Viver o presente com alegria e plenitude para que o ontem seja um sonho de felicidade e cada amanhã uma visão de esperança. Feliz Natal e um Ano Novo cheio de realizações.

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publicado às 00:49

A Europa caiu numa melancolia profunda

por franciscofonseca, em 19.12.11

Como escreveu um grande economista “o sistema monetário de um país é o reflexo de tudo o que a nação quer, faz, sofre, é”. A crise que se abateu sobre a União Europeia vai muito mais além do que o euro. À medida que os títulos da dívida, as cotações das ações e dos bancos se afundam, que a probabilidade do mundo vir a enfrentar uma nova recessão se avoluma, a principal preocupação dos dirigentes europeus está centrada, na tentativa de evitar que ocorra um colapso económico e financeiro.

O euro só se pode tornar numa moeda sólida se os europeus conseguirem obter respostas sobre algumas questões fundamentais, das quais tem fugido como o diabo foge da cruz. E na sua essência está a forma como os diferentes países pretendem enfrentar um mundo em mudança contínua e acelerada. Como enfrentar um processo de globalização que tem retirado ao Ocidente a supremacia tecnológica que o tornou rico? Como lidar com o problema de uma Europa envelhecida que cada vez mais se assemelha à península ocidental de uma Ásia pujante?

Os europeus estão envolvidos num debate intenso, do qual resultará o estabelecimento de novos limites para o estado social; um novo balanceamento entre a Alemanha, a França, e a Inglaterra, que estabelecerá o novo rumo da EU e do euro. O receio que alguns países não consigam honrar os compromissos assumidos pela sua dívida está a arruinar os bancos europeus, principais detentores dessas dívidas.

As medidas de austeridade que estão a ser implementadas, que conduzirão necessariamente ao abrandamento da atividade económica, agravam mais o problema. Se os países entrarem em recessão, as dificuldades dos governos em honrarem os seus compromissos aumentarão. E essa possibilidade enfraquece ainda mais a posição dos bancos, com consequências ao nível do investimento e do crédito disponível.

Será que a Europa é capaz de se afastar do abismo? Só se um grupo de países decidir apoiar os outros, desde que estes estejam dispostos a submeter-se a reformas políticas, sociais e económicas radicais. E que ninguém tenha a mínima dúvida sobre quão difícil será levá-las a cabo. Já agora alguém sabe dizer-me que reformas estão a ser feitas em Portugal?

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publicado às 21:00

Uma nova paz chegou

por franciscofonseca, em 15.12.11

Todos os dias dizemos, ouvimos dizer, que o mundo vive um momento de grandes incertezas, tempos de crises profundas, mas penso precisamente o contrário. Senão vejamos, a guerra está em declínio, a humanidade menos violenta, menos racista e menos sexista, o progresso moral tem vindo a registar um significativo aceleramento nas últimas décadas. Por outras palavras, nós, humanos, estamos muito menos bárbaros e muito mais simpáticos. Mas e todos os dias, somos obrigados a duvidar de esta argumentação.

Para quem ouve notícias, a tese é difícil de aceitar. Mas os fatos demonstram que o mundo nunca foi um local tão seguro para se viver e que, olhando para trás, não existem dúvidas que se tornou muito mais benéfico para os humanos terem-se tornado menos violentos.

Mas tal otimismo não deixa de ser um desafio para todos nós que vivemos no século XXI e que todos os dias convivemos com histórias de violência e com os registos de atrocidades recentes. Se pensarmos no Holocausto, nos custos em vidas humanas das duas grandes guerras. Ou recordarmos as guerras do Vietname ou da Coreia ou, mais recentemente, o 11 de Setembro, as guerras no Darfur ou no Iraque.

Acontece que esta visão está errada. A violência no interior e entre as sociedades, tanto no que diz respeito a assassinatos, como em conflitos de guerra sofreu um declínio extremamente significativo, desde a pré-história até aos dias de hoje. Assim, o facto de nos matarmos uns aos outros cada vez com menos frequência consiste numa das maiores mudanças na história da Humanidade.

Não podemos negar que o ser humano, enquanto indivíduo, continue a ser capaz dos mais sórdidos atos de selvajaria. Basta pensarmos no que aconteceu na Noruega. Mas o instinto básico humano de responder à violência com violência tem sofrido significativas e benéficas alterações.

Cuidado, não devemos ser ingénuos o suficiente para afirmar que devemos esperar uma época em que a paz seja total, porque os demónios continuam no interior da espécie humana.

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publicado às 20:56

O medo é sem dúvida, o mais perturbador sentimento humano, pois inibe a ação. Nesta época em que nada é garantido, constantemente bombardeados pelas incertezas, que somos asfixiados por um Portugal abatido e sem esperança, e por uma Europa feita de encruzilhadas e equívocos, resta-nos encontrar algo, em nós mesmos, que nos faça reagir e vislumbrar as oportunidades, neste tempo de grandes dificuldades.

Muitos portugueses estão a perder o medo e a correr o risco de emigrar em massa para o Brasil, os números podem chegar aos 100 mil só em 2011. O Brasil é um gigante da América do Sul, com uma economia emergente, que necessita de muita mão-de-obra qualificada, nomeadamente engenheiros, arquitetos, informáticos.

Aqui no Brasil sente-se a economia a fervilhar, existe quase pleno emprego, as pessoas estão embebecidas numa forte cultura coletiva de esperança, a melhoria das condições de vida é notória e se a infraestrutura em falta for instalada rapidamente, o desenvolvimento nos próximos anos poderá ser exponencial.

Durante a última década, o progresso brasileiro tem inspirado o mundo. Milhões de pessoas foram retiradas da pobreza, o medo dá lugar à esperança. Acredito que a esperança não é apenas um valor sustentável, mas também a mais grandiosa estratégia que a humanidade já conheceu. É inspirador olhar o mundo como uma fonte de significado. Sem esperança não pode haver inovação ou prosperidade duráveis.

Devido à esperança endêmica, ao crescimento económico e à quantidade de empresas que florescem, o Brasil tem muito a ensinar às outras nações sobre como alcançar vantagem competitiva com sustentabilidade. Se as pessoas e as organizações forem influenciadas pelo império norte-americano, a mudar a sua forma de pensar, de como fazer as coisas, o Brasil corre o risco de vivenciar um ciclo de crises e nervosismo. Espero que as autoridades brasileiras não se deixem embriagar pelo sucesso e estejam atentas aos sinais e mantenham o país no trilho do desenvolvimento.

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publicado às 22:20

Uma história trágica, mas ao mesmo tempo deliciosa que aconteceu aqui no Brasil. Um pescador presenciou a cena, tentou ir buscar ajuda, mas o povo deu gargalhada ao invés de ajudar. Um deputado de Santa Catarina foi engolido por uma cobra Sucuri, na manhã desta última quarta-feira, durante um passeio pelo Amazonas. De acordo com as testemunhas, o deputado fazia um passeio de barco, bebia uísque e contava dinheiro de uma maleta, bastante feliz, quando foi surpreendido pela cobra. “Eu vi quando a cobra pegou, enrolou, e engoliu”, contou um pescador que estava próximo do local.

Após presenciar o ataque da sucuri contra o deputado, o pescador foi até uma comunidade buscar ajuda. Entretanto, ao invés de conseguir ajuda, o que conseguiu na boa verdade foi uma enorme gargalhada do povo. “O povo começou a rir, até caírem no chão de tanto riso, quando eu contei que o engolido foi um político”, disse o pescador.

A esposa do deputado foi informada do ocorrido nessa tarde. “Eu acho é pouco. Quem mandou ir esconder dinheiro no Amazonas”, disse a viúva.

Um dos que viu a cobra disse: “Por favor, não votem na cobra nas próximas eleições. Em Brasília ela vai virar bolsa de madame! Deixem ficar onde ela está e vamos promover excursões de políticos para o Amazonas”, sem dúvida uma boa ideia para resolver muitos dos problemas do Brasil.

Seria muito bom que uns animais destes fossem a Portugal de férias, pois dariam muito jeito, não resolveriam a crise financeira, nem a crise política, mas que ajudariam muito, não tenho dúvidas. Ainda vou ver se consigo levar pelo menos um exemplar na mala.

Já agora, também podiam ir passar uns dias a Bruxelas e assistir a algumas cimeiras dos líderes europeus, pois podiam resolver alguns impasses, nomeadamente, nesta última cimeira, que se previa histórica pela apresentação de soluções imediatas para segurar o euro, mas arrisca-se a ficar na história pelo isolamento do Reino Unido, que optou por ficar fora da nova etapa de integração europeia. Com um bichinho destes por perto, ninguém ficaria de fora tenho a certeza.

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publicado às 15:19

Ai está o guri de Uruguaina Tchê

por franciscofonseca, em 09.12.11

A cidade de Passo Fundo, com 200 mil habitantes é um Município do Rio Grande do Sul. Este Estado ocupa uma área de 281.748 km², com cerca 11 milhões de habitantes, um PIB per capita de R$ 22.000, tendo como limites a norte o Estado de Santa Catarina, a leste com o oceano Atlântico, ao sul com o Uruguai e a oeste com a Argentina.

Nos últimos dias percorri umas centenas de quilómetros, pelo interior do Estado do Rio Grande do Sul e comprovei a sua grande riqueza. A agricultura desempenha o papel principal na sua economia. O cultivo da soja, milho, aveia, trigo, arroz, vinho, cenoura, tomate e frutas são as principais, assim como a produção de carne e leite.

Os solos são férteis e pratica-se o cultivo direto, ou seja, colhem e semeiam sem remover as terras. Aqui não existem solos por cultivar, como acontece em Portugal. Em conversa com um amigo bancário aqui, os homens dos milhões são os agricultores, não são os políticos, nem os empresários exploradores como em Portugal. Grande parte dos lucros dos bancos aqui provém dos créditos feitos aos agricultores e a indústria de transformação, em Portugal os bancos são especializados no crédito ao consumo.

Os Gaúchos sabem que vivem numa terra com futuro, pois é um dos Estados mais ricos do Brasil, as oportunidades aqui são muitas, mas para quem quer verdadeiramente trabalhar. É sem dúvida, gente trabalhadora, divertida, de fácil relacionamento, que vive com alegria, que sente muito orgulho da sua condição gaúcha.

Passo Fundo, cidade natal de Luiz Felipe Scolari, mais conhecido por Filipão, é uma cidade acolhedora, de bom churrasco, onde as tradições gaúchas são levadas muito a sério. As gurias são muito bem dotadas, muito simpáticas e descontraídas. Os guris cultivam ainda valores machistas, mas começam a convencer-se que são as gurias que os escolhem.

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publicado às 01:03

A Europa é um caos organizado

por franciscofonseca, em 06.12.11

A União europeia é uma entidade esquizofrénica. Senão vejamos, o seu objetivo primário é a criação de uma economia europeia integrada, deixando a soberania nas mão das nações, individualmente. Por outro lado, é vista como o prefácio de uma federação europeia de países, na qual um governo europeu central, com um parlamento e um serviço civil profissional, iria governar uma Europa federal, onde a soberania nacional estaria limitada a questões locais e a política externa ficaria a cargo do todo.

Mas a Europa não atingiu esse objetivo. Criou uma zona de comércio livre e uma moeda única, que alguns membros da zona de comércio livre usam e outros não. Não foi capaz de criar uma constituição política, contudo, permitindo a soberania das nações individuais, nunca tendo, assim, levado a cabo uma política externa ou de defesa unida.

A política de defesa, ao nível da sua coordenação, encontra-se nas mãos da NATO e nem todos os membros da NATO, como os Estados Unidos, são membros da EU. Com o colapso do império soviético, foram admitidos países individuais da Europa de Leste na EU e na NATO.

Em resumo, a Europa do pós-guerra Fria é um caos benigno. É impossível desemaranhar as relações institucionais extraordinariamente complexas e ambíguas que se criaram. Por baixo da superfície da EU, os antigos nacionalismos europeus continuam a afirmar-se, apesar de muito lentamente. Este facto é notório nas negociações dentro da EU. Os franceses, por exemplo, afirmam o direito de proteger os seus agricultores do excesso de concorrência, em prejuízo dos agricultores portugueses ou o direito de não honrar os tratados que controlam os seus défices, coma cobertura da Alemanha.

Portanto, num contexto geopolítico, a Europa não se tornará numa entidade transnacional unificada. Por estas razões, falar da Europa como se fosse uma única entidade, como os Estados Unidos ou a China, é uma ilusão. Trata-se de um conjunto de Estados-nação, ainda traumatizados pela segunda Guerra mundial, pela Guerra Fria e pela perda de um império. As alterações que Merkel e Sarkozy querem introduzir no tratado europeu não vão modificar esta realidade.

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publicado às 13:27

A situação da União Europeia está muito confusa, as sucessivas decisões que saem dos conselhos e das cimeiras europeias, além de demoradas, andam sempre a reboque dos acontecimentos. Os líderes europeus conduziram a Europa à beira do precipício e se continuarem neste modelo de gestão, a Europa poderá entrar numa crise generalizada, que nos conduzirá à depressão económica e à desintegração.

Não consigo vislumbrar como resolver as condições da dívida, sem primeiro se resolverem as condições de crescimento económico, principalmente ao nível interno. Com esta espiral negativa em que as taxas de juro atingiram determinados patamares o retrocesso é difícil de acontecer.

Os mercados mostraram nestes últimos dias, que praticamente todas as dívidas dos países estão em situação de potencial insustentabilidade, sendo esta a razão que explica porque é que a crise da dívida se tronou um problema urgente e de todos, sem exceção.

Os problemas da europa não se resolvem com as reuniões bilaterais entre Paris e Berlim. O paradigma terá de mudar rumo a um aprofundamento da integração e união orçamental, onde as instituições saiam reforçadas nos seus poderes, como é o caso do Banco Central Europeu que deveria, no meu entender, emitir moeda, a semelhança do que acontece com a Reserva Federal dos EUA.

Os políticos começam a abandonar o poder, sentindo-se incapazes de projetar soluções. Na Grécia e na Itália os políticos legitimamente eleitos foram substituídos por tecnocratas sem eleições. Noutros casos optam pela remodelação dos governos, a favor da tecnocracia, nitidamente que esses países estão a ser governados pelos mercados, pois estão muitos mil milhões de euros em jogo, para serem geridos por políticos. Veremos que plano vai ser apresentado na Cimeira de Bruxelas, a 9 deste mês, por Merkel e Sarcozy no sentido de repensar e refundar a Europa.

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publicado às 21:05


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