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A virtude da prudência nesta sociedade turbulenta

por franciscofonseca, em 31.03.12

Na sociedade atual, temos de conseguir baixar o nível de paixão e subir o da indiferença, pois ajuda-nos a focar o que é verdadeiramente importante e, ainda, contribui para a nossa saúde mental. A indiferença mata, mas também salva. Às vezes, adotar uma atitude desinteressada é o melhor recurso para nos protegermos do perfeccionismo, próprio ou alheio, no trabalho.

A indiferença é tão importante quanto a paixão; é uma ferramenta central para a nossa sobrevivência. Quando há uma infinidade de tarefas de baixa relevância para serem cumpridas, o melhor que podemos fazer é não nos preocuparmos. Isso ajuda a identificar aquelas que parecem significativas, mas não o são, e a focalizar as poucas coisas que verdadeiramente importam.

Ser extremamente impetuoso não é bom por duas razões. A primeira tem que ver com os limites cognitivos do ser humano. As pessoas podem fazer uma quantidade determinada de coisas ao mesmo tempo. Se alguém colocar todo seu esforço físico e emocional em cada uma das tarefas, acabará por fazer tudo mal feito.

A segunda razão está relacionada com o contexto. É genial sentir paixão quando a organização se preocupa com os seus colaboradores. Ao contrário, constitui uma receita para a autodestruição quando se está preso a um trabalho com um chefe que nos degrada, ou pior, rodeado de imbecis. Neste último caso é aconselhável, até que possamos abandonar a companhia, aprender a subsistir sem nos perturbarmos, fazendo o mínimo possível. Assim, manteremos a nossa autoestima intacta e a saúde mental. Muitas vezes, neste mundo imperfeito dizer “entra a 100 sai a 200” é a única solução.

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publicado às 13:18

O Sudão do Sul tornou-se, a 9 de Julho de 2011 a mais jovem nação do globo, com cerca de 12 milhões de habitantes. A independência aconteceu após um atribulado processo de paz, que pôs termo à mais longa guerra civil no continente negro. O mais jovem país do mundo é de momento uma das nações mais pobres do globo. Os níveis de escolaridade são os mais baixos do mundo, a pobreza, a fome e as tensões étnicas resultantes de décadas de violência continuam.

A falta de cultura democrática do novo Governo e as atrocidades cometidas por antigos combatentes, entre assassínios, violações e roubos são uma constante. Estes homens violentos que abusam e violam as crianças andam bêbados em gangs sem qualquer controle.

Na capital Juba, a pobreza e a degradação humana são de arrepiar o ser humano mais insensível. As crianças aos 8 e 9 anos são abusadas sexualmente e aos 11 anos estão na prostituição, pois é a única forma de sobrevivência.

As drogas e o alcoolismo também fazem parte deste inóspito universo. Neste mundo desumano ainda existem crianças que sonham com educação, pois dizem que é o único meio de sair dele. As crianças servem para trabalhar, caso não o façam não são autorizadas a ir à escola pelos pais. Os maus tratos as crianças são normais, o seu corpo é para servir, pois dai depende a sua alimentação e consequente sobrevivência.

Muitas crianças são abandonadas pelas mães nas ruas, enquanto elas se prostituem nos bordéis. Estas acabam por ter o mesmo destino. A polícia limita-se a torturar as crianças que são apanhadas na prostituição.

Crianças com 13 anos já passaram por todas as casas de prostituição de Juba. O futuro do sudão do Sul está hipotecado, pois as suas crianças são na sua maioria violadas e violentadas. As vidas ceifadas diariamente, neste mundo desajustado não fazem antever um país melhor para o futuro, ainda mais agora que a guerra poder começar com o Sudão pela disputa do ouro negro.

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publicado às 16:19

Liberte-se de gente tóxica

por franciscofonseca, em 25.03.12

No nosso quotidiano, muitas vezes ficamos nervosos, sentimos palpitações, o estômago dá um nó, por causa de uma pessoa que frequenta o mesmo ambiente de trabalho, que invariavelmente interrompe com comentários estúpidos, sobre algo em que se está a trabalhar. Se isto acontecer o ambiente onde trabalhamos foi contaminado.

O termo gente tóxica descreve o que acontece quando alguém ou algo desencadeia uma forte reação negativa interna no outro. Nestes casos o indivíduo é arrastado para tal estado de turbulência emocional que a sua produtividade fica prejudicada. Mas, desengane-se quem pensar que é possível forçar um colega a mudar, pois o comportamento das pessoas não é mudado por outros, por mais que tentem.

Existem truques que podem ser adotados, no sentido de desintoxicar o meio ambiente onde trabalhamos. Em primeiro lugar devemos libertar o corpo, procurando a calma e expelir a energia negativa. Isso pode ser conseguido fazendo exercícios, como por exemplo sair para caminhar, respirando profundamente, com suavidade e de modo uniforme.

Em segundo lugar, devemos relaxar a mente, procurando os fatos causadores dessa intoxicação, que implica falar com a pessoa sobre o assunto para encontrar uma solução que sirva as duas partes. Devemos aceitar as diferenças e tentar compreender a forma de estar de cada um, respeitando o espaço um do outro. A meditação deve fazer parte integral de uma vida feliz, deve ser uma ferramenta para transformar as emoções dolorosas em aceitáveis ou agradáveis. Além disso, eleva os níveis de produtividade, criatividade e compromisso e contribui para a melhoria das relações.

Por último, expresse-se verbalmente, ou seja, adote uma atitude positiva. Assuma a responsabilidade pela situação e sugira uma solução construtiva, que passe pelo bem-estar das duas partes. Aplique uma ferramenta de negócio, que pode passar pela sugestão de novas políticas ao empregador. Na esmagadora das vezes reagimos em vez de agir, este é o verdadeiro problema dos ambientes tóxicos.

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publicado às 16:18

Quando a cabeça não tem juízo o povo é que paga

por franciscofonseca, em 23.03.12

A ambição, cheques chorudos no final do mês, benefícios vários e a aspiração a uma vida de luxo no futuro é o sonho da maior parte do comum dos mortais. Este era o sonho antes de a crise ter eclodido em 2008, para uma grande parte das pessoas. Hoje, a realidade é bem diferente, o poder político esta subjugado ao poder financeiro, os bancos beneficiaram, de forma escandalosa, do trabalho árduo das pessoas, mas, hoje em dia continuam a beneficiar e a pedirem ainda mais esforços aos mesmos, através dos governantes de cada país. Naturalmente, quando as pessoas não gostam da forma como estão a ser tratadas, começam a manifestar-se.

Os decisores políticos têm que urgentemente repensar e reformular a governação económica na Europa e no Mundo, caso contrário, o maior projeto de unificação de povos e culturas desaparecerá. As medidas avulsas de emergência foram necessárias para evitar males maiores. Mas, o caminho a percorrer é tortuoso, ou seja, pensa-se em corrigir os défices, mas tem que se corrigir os superavits. Não podemos ter países com défices de 5% e outros com superavits de 6%. Não há moeda única que resista a estes desequilíbrios. Este é o verdadeiro problema da crise do euro e da zona euro, pois, o endividamento não é um problema só português, não é um problema só europeu, é um problema global.

É chegado tempo de olhar para o mundo tendencialmente mais globalizado, pensar nas mudanças ocorridas, no que essas mudanças exigem, em termos soluções globais e mudar radicalmente a governação económica mundial, caso contrário esta crise poderá durar por longos anos. Os decisores têm de ter consciência de que se os desequilíbrios a nível global, em termos de endividamento, de défices, assim como dos superavits não forem corrigidos, o futuro que nos espera será, tanto a nível político, económico e social, catastrófico. A classe média desaparecerá num curto espaço de tempo e muitas pessoas mergulharão na pobreza.

O risco é elevado, as situações de crise despertam nas pessoas os seus maiores medos. As pessoas sentem-se revoltadas porque não percebem qual é o sentido de lutarem para bens comuns. As pessoas já não sabem para o que estão a contribuir, sendo extremamente castigador e frustrante, pelo que recorrem à dinâmica de sobrevivência de cada um. Aqui reside o grande perigo dos nossos tempos.

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publicado às 19:19

O suspeito, identificado como Mohammed Merah, de ter matado quatro pessoas - um adulto e três crianças - à porta da escola judaica Ozar Hatorah, na segunda-feira, para além de três militares, com intervalos de quatro dias, na mesma região do Sudoeste de França, é francês de origem argelina com antecedentes criminais, com experiência no manuseamento de armas e explosivos que, depois de passar por Paquistão e Afeganistão, se declara jihadista da Al-Qaeda.

Mohamed Merah foi preso em 2007 pelo fabrico de bombas na província afegã de Kandahar, no sul do país, berço dos talibãs, mas fugiu da prisão juntamente com outros mil prisioneiros, entre eles 400 talibãs, durante um ataque do grupo na principal cadeia do sul afegão em junho de 2008.

O bloco de apartamentos é habitado por uma população mista, onde se encontra barricado o suspeito. Durante o cerco ao bloco de apartamentos, Mohamed Merah disparou uma Kalashnikov e feriu dois polícias do grupo de operações especiais policias do RAID, quando estes tentaram entrar no apartamento.

Sabe-se agora que o suspeito tentou entrar para a Legião Estrangeira em 2010, mas foi expulso da corporação em seu primeiro dia, e que era vigiado há vários anos pela DCRI (Direção Central da Inteligência Interna).

Em plena campanha eleitoral, o drama vivido na cidade de Toulouse, expõe uma das principais fraturas da sociedade francesa, que passa pelo controle e o comportamento dos imigrantes ou descendentes de imigrantes. O caso de Toulouse complicou o debate, porque o suspeito é muçulmano e várias vitimas, de origem judaica. A pressão política, para acabar com este aparato foram gigantescas, pois a campanha presidencial terá de continuar.

O Assalto ao apartamento feito pelo RAID, grupo especial de polícia francês culminou com a morte do suspeito. Durante a operação os disparos foram muito frequentes e os polícias disseram que nunca tinham assistido a um assalto final com esta violência. Os operacionais tentaram proteger-se e ripostar, até que Mohamed Merah atirou-se pela janela do prédio, sendo nesta altura, que possivelmente terá sido atingido com um tiro de sniper na cabeça.

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publicado às 17:26

Os médicos andam estranhamente confiantes em relação ao estado de saúde do euro. Depois de ter sido atacado por uma doença grave e prolongada, o euro começa finalmente a dar sinais de estar a recuperar. A demorada intervenção levada a cabo pelos ministros das finanças europeus na última semana de Fevereiro, na tentativa de remover a parte ulcerosa correspondente à dívida grega, correu melhor do que era esperado.

Para os menos crentes, tudo não passa de uma daquelas tentativas de encontrar algum sinal de otimismo quando estamos confrontados com uma situação de saúde em que o prognóstico é reservado, ou seja, se ainda não morreu, então é porque pode estar a recuperar.

A Grécia pode finalmente ter entrado num processo de estabilização. É certo que em troca do dinheiro necessário, o país comprometeu-se a enfrentar condições de vida penosas durante anos. Mas falar do risco do país entrar em incumprimento, ou de vir a ser obrigado a sair da moeda única, começa lentamente a deixar de ser assunto para a abertura de noticiários televisivos, ou para as primeiras páginas dos jornais.

A implementação das medidas de austeridade podem provocar forte contestação popular, particularmente se forem vistas como uma imposição externa. Atente-se, por exemplo, na forma como a imprensa da Alemanha e da Grécia têm abordado a situação grega: enquanto os jornais helénicos têm publicado ilustrações dos atuais líderes alemães em uniformes nazis, os tabloides germânicos incitam os seus líderes a afastar os gregos do euro.

Um prognóstico mais otimista só faz sentido se os líderes europeus aproveitarem o momento de relativa acalmia para implementarem reformas estruturais, remover barreiras dentro do mercado único, erguer melhores proteções contra possíveis contágios, e caminharem para uma maior harmonização fiscal. O que se passou na penúltima semana de Fevereiro permite-nos tirar duas ilações. Uma é a de que os representantes políticos, perante a pressão avassaladora dos mercados, foram capazes de alcançar compromissos. A outra é a de que a crise do euro ainda está longe de estar completamente resolvida e novos problemas esfriarão este otimismo.

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publicado às 19:18

Numa época de grandes incertezas, de crises sucessivas é inegável que a ética deixou de ser uma prioridade, nos relacionamentos entre o Estado, empresas e cidadãos. Estamos perante um admirável mundo novo, onde a ética e o honrar de compromissos deixaram de fazer parte das prioridades.

Em Portugal os cidadãos não representam uma força de pressão e o Estado e as empresas podem dar-se ao luxo de ignorar as suas preferências ou até as suas queixas. Em outros países mais competitivos, o Estado e as empresas envidam sérios esforços para subir na escala; afinal, ninguém quer estar na base da pirâmide.

Hoje, verificamos que o Estado pôs de lado o compromisso de pagamento no prazo acordado, enveredando pela degradação dos prazos de pagamento, em vez de seguir uma cultura de pagamentos atempados. Este exemplo foi copiado também pelas empresas. Os atrasos nos pagamentos destruíram cerca de 70 mil empregos e liquidaram 13 mil milhões euros da atividade económica nacional. E em média circulam 48 mil milhões de euros com atraso entre as empresas.

A economia real precisa de confiança no sentido de que já basta a incerteza sobre os mercados, sobre as tecnologias e sobre os produtos. O problema é a incerteza no cumprimento dos compromissos. Estamos a viver numa lógica de “salve-se quem puder” e é isso que temos de combater, caso contrário morreremos todos atropelados.

Tem de passar a haver uma lógica de eficiência coletiva, ou seja, a redução do risco moral traduzida em redução de custos, com base não em gastos de dinheiro público ou de dinheiro privado, mas sim com gastos de ética e de inteligência de quem honra compromissos. O Estado, as empresas e as pessoas têm de perceber que a vida sustentada no endividamento acabou e que os seus rendimentos terão de ser obtidos do seu próprio mérito e qualidade, cultural, educacional e de competências.

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publicado às 19:04

A cultura da tolerância zero ao erro

por franciscofonseca, em 10.03.12

Em Portugal existe uma tolerância zero ao erro. É uma cultura de castração da inovação, do risco, do desenvolvimento, que acaba por levar grande parte das pessoas, a fazer tudo sempre da mesma forma, pois o medo de cometer erros é de tal forma grande, que as pessoas ficam condicionadas pelo medo de errar. Desde muito cedo nas escolas esta cultura é transmitida, ao contrário de em outros países, muito mais desenvolvidos, esta cultura seja completamente inversa, ou seja, quem mais erra mais acerta.

Assim, as pessoas continuam a errar com os próprios erros. Os seres humanos querem muito que os outros pensem bem deles. E, como os outros deixam de pensar bem de quem confessa um erro, chegamos ao ponto de pensarmos mal de nós mesmos quando erramos, por isso evitamos a prática de examinar os fracassos em profundidade, porque é desagradável emocionalmente e pode dilapidar a nossa autoestima.

A pergunta é inevitável: de quem é a culpa? É a primeira e às vezes a única questão que toda a gente faz. As pessoas que temem as consequências do erro tomarão todas as medidas para não errar. Normalmente, também existe uma resposta muito comum: a culpa não é minha. Desta forma, tomar todas as medidas pode incluir fraudar os números ou culpar alguém, o que muitas vezes acaba por acontecer no nosso país.

Nesta cultura, reconhecer a falha, e até perdoá-la, é estranho para a maior parte das pessoas e principalmente para os chefes. A cultura condiciona os chefes a acreditar que o melhor e talvez o único remédio confiável é o medo do erro e suas consequências. Permitir que as pessoas errem não se coaduna com altos padrões de desempenho. Mas acertar a primeira é pouco realista, e não tolerar pequenos erros é entender mal como os sistemas complexos funcionam, nos dias de hoje. A isto eu chamo incompetência hierárquica, pois quanto mais as pessoas no topo precisam saber, menos provavelmente elas saberão.

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publicado às 16:50

Hospitais sírios convertem-se em centros de tortura

por franciscofonseca, em 07.03.12

Em pleno século XXI muito se fala em Direitos Humanos, mas a comunidade internacional permite que os hospitais sírios se transformaram em centros de tortura, para os feridos nos protestos contra o regime do presidente Bashar al Assad. Os feridos que participaram nos protestos não são tratados, mas sim torturados. As ambulâncias são orientadas para levar os feridos para os centros de detenção, em vez de os transportar para os hospitais.

As práticas de maus-tratos, tortura psicológica, suspensão do corpo pelos pés e confinamento são comuns nas últimas quatro décadas na Síria, situação que se agravou a níveis assombrosos nos últimos meses. Quando a tortura é feita de forma sistemática constitui um crime contra a humanidade.

Um funcionário hospitalar grava secretamente imagens chocantes de torturas a doentes internados no hospital militar da cidade de Homs. As imagens mostram os feridos acorrentados às camas, com os olhos vendados e sendo torturados com choques elétricos e bastonadas, pelos médicos e pessoal hospitalar.

O cenário é escabroso, os “tratamentos” de tortura passam por torcer os pés até partirem as pernas aos detidos, são operados sem anestesia, são amarrados as camas e negam-lhes água, entre outras coisas horríveis. Os amputados acabam por gangrenar, porque os médicos não prescrevem antibióticos.

Eu compreendo perfeitamente que a Síria não seja um país geoestratégico, para os signatários da OTAN, nem que nenhum país tenha interesses como aconteceu no caso da Líbia. Na Líbia os Estados Unidos têm interesses geoestratégicos e económicos, a França e a Inglaterra possuem interesses económicos, mais que geoestratégicos. Por isso antevejo que na Síria, o regime de Damasco continue a infligir tortura e terror a todos os opositores e manifestantes contra o regime, sem qualquer intervenção mais musculada de qualquer organismo internacional.

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publicado às 20:34

Portugal tem de soltar amarras e alargar as asas

por franciscofonseca, em 04.03.12

Portugal quando gozou de maior prosperidade económica foi quando rasgou horizontes, na escolha dos seus parceiros comerciais, como foram o caso da China, Brasil e da India. Hoje, Portugal depende em 80% das relações comerciais com países próximos, na sua maioria europeus, que funcionam como outlets para as nossas exportações. Chegou a altura de explorar novos contextos em termos de mercados.

As empresas portuguesas que operam além-fronteiras fazem-mo em mercados muito similares ao de Portugal. O sucesso está na diferenciação, ou seja, na procura de oportunidades diferenciadas que emergem fora das fronteiras nacionais, caso queiramos ser bem-sucedidos em outros mercados que não os tradicionais que, na maior parte dos casos, se situam na Europa.

O velho continente europeu enfrentará nas próximas décadas um declínio no que respeita ao PIB, sendo crucial que as empresas portuguesas que queiram crescer pensem em alargar as suas asas, para voos muito mais longos do que aqueles feitos até agora.

O maior volume de crescimento do PIB mundial, nas próximas décadas, será, segundo as estimativas, na Ásia, e em particular, na China e na Índia. Embora Portugal tenha relações de proximidade com o Brasil e os PALOP, o enfoque do tecido empresarial deverá passar por desenvolver as suas capacidades para lidarem com contextos significativamente diferentes daqueles a que estão habituados.

O processo de globalização que ainda está no início, vai possibilitar observar no futuro e, pela primeira vez na História recente, um padrão de trocas equilibradas, no qual ambas as partes contribuem para algo crucial ao bem-estar dos outros. A prova disso mesmo são as enormes complementaridades entre o que os mercados emergentes têm para oferecer e o que as economias desenvolvidas precisam, e vice-versa. São estas trocas que as empresas portuguesas têm de percecionar rapidamente, sem olhar à proximidade do parceiro comercial.

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publicado às 18:33

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