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Quando a cabeça não tem juízo o povo é que paga

por franciscofonseca, em 23.03.12

A ambição, cheques chorudos no final do mês, benefícios vários e a aspiração a uma vida de luxo no futuro é o sonho da maior parte do comum dos mortais. Este era o sonho antes de a crise ter eclodido em 2008, para uma grande parte das pessoas. Hoje, a realidade é bem diferente, o poder político esta subjugado ao poder financeiro, os bancos beneficiaram, de forma escandalosa, do trabalho árduo das pessoas, mas, hoje em dia continuam a beneficiar e a pedirem ainda mais esforços aos mesmos, através dos governantes de cada país. Naturalmente, quando as pessoas não gostam da forma como estão a ser tratadas, começam a manifestar-se.

Os decisores políticos têm que urgentemente repensar e reformular a governação económica na Europa e no Mundo, caso contrário, o maior projeto de unificação de povos e culturas desaparecerá. As medidas avulsas de emergência foram necessárias para evitar males maiores. Mas, o caminho a percorrer é tortuoso, ou seja, pensa-se em corrigir os défices, mas tem que se corrigir os superavits. Não podemos ter países com défices de 5% e outros com superavits de 6%. Não há moeda única que resista a estes desequilíbrios. Este é o verdadeiro problema da crise do euro e da zona euro, pois, o endividamento não é um problema só português, não é um problema só europeu, é um problema global.

É chegado tempo de olhar para o mundo tendencialmente mais globalizado, pensar nas mudanças ocorridas, no que essas mudanças exigem, em termos soluções globais e mudar radicalmente a governação económica mundial, caso contrário esta crise poderá durar por longos anos. Os decisores têm de ter consciência de que se os desequilíbrios a nível global, em termos de endividamento, de défices, assim como dos superavits não forem corrigidos, o futuro que nos espera será, tanto a nível político, económico e social, catastrófico. A classe média desaparecerá num curto espaço de tempo e muitas pessoas mergulharão na pobreza.

O risco é elevado, as situações de crise despertam nas pessoas os seus maiores medos. As pessoas sentem-se revoltadas porque não percebem qual é o sentido de lutarem para bens comuns. As pessoas já não sabem para o que estão a contribuir, sendo extremamente castigador e frustrante, pelo que recorrem à dinâmica de sobrevivência de cada um. Aqui reside o grande perigo dos nossos tempos.

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