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Portugal com a maior onda surfada no mundo

por franciscofonseca, em 09.11.11

Garrett McNamara surfou, esta segunda-feira, a maior onda de sempre na Praia do Norte, na Nazaré. A onda gigante, com cerca de 30 metros (90 pés), foi considerada a maior alguma vez surfada em todo o mundo.

Pena que esta onda não tivesse varrido a crise económica e financeira, cuja gravidade poucas vezes foi atingida em mais de oito séculos de história.

Vivemos igualmente uma crise de valores éticos, morais e culturais. Mas, Portugal não é nem um país medíocre, nem um país de medíocres, pena é que, os cargos de poder estejam infelizmente ocupados por medíocres e gente impreparada.

Somos cada vez mais, um país com uma considerável percentagem de gente brilhante, que granjeia reconhecimento, em qualquer parte do mundo, seja a que nível for. Vamos aproveitar pelo menos a energia desta onda, para recomeçar e refundar um novo tempo de excelência, uma verdadeira cultura de ética e valores.

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publicado às 20:56

O stress urbano contribui para o colapso da economia

por franciscofonseca, em 06.09.11

No mundo actual, mais de metade da população mundial vive nas cidades. Estas pessoas dispõem de uma vasta oferta cultural, tecnológica e energética. Os ritmos do quotidiano são muito acelerados, devido às exigências profissionais e familiares. Hoje, sabe-se que muitos distúrbios mentais provêm do estilo de vida urbano. Os cidadãos tendem a ter níveis mais elevados de stress, de alterações de humor e de doenças psicóticas e cardiovasculares, comparativamente aos que vivem em zonas rurais.

Os citadinos para além do stress estão mais expostos a sentimentos de ansiedade, de medo, em resultado das ameaças, que advêm da maior incerteza da vida, nas grandes metrópoles. Veja-se o caso norte-americano, onde existem 125 milhões de pessoas, cerca de 45% da população com doenças crónicas depressivas, que consomem 80% dos 1.9 triliões de dólares gastos nos sistemas público e privados de saúde, dos Estados Unidos, que já corresponde a 20% do PIB.

O mito de que quanto maior for a exposição das pessoas ao stress, maior é a adaptabilidade, mais tolerantes e imunes ficam, é completamente erróneo.

Manter o equilíbrio no que respeita ao stress é uma tarefa cada vez mais difícil nos tempos que correm. Os citadinos são hoje confrontados com períodos de trabalho mais alargados, mais intensos e têm mesmo que saber desligar. O que é fácil de dizer, mas nem sempre fácil de fazer.

O resultado desta equação é fácil de obter, na conjuntura actual. Maior incerteza, leva ao aumento do stress, maior stress leva ao aumento das doenças crónicas e da improdutividade, maior improdutividade leva à diminuição da riqueza do país e maior número de doenças crónicas, contribuem para o aumento da despesa do Estado. Senhores governantes, um dos grandes segredos para uma boa governação é não aumentar as incertezas das populações, se possível diminuí-las.

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publicado às 19:05

A última batalha em Trípoli, mas não na Líbia

por franciscofonseca, em 25.08.11

A Líbia esteve durante muito tempo dividida em três partes, que levaram vidas independentes durante a maior parte dos últimos séculos: a Cirenaica no litoral leste, o Fezzan desértico no sudoeste e a Tripolitânia no litoral oeste. A Líbia esteve sob o comando anglofrancês após o fim da 2.ª guerra, até 1951. A história do território líbio é muito conturbada, mas a do seu povo será ainda mais incerta, pois dos fenícios aos italianos, passando pelos judeus, todos deixaram a sua marca, até Khadafi tomar o poder em 1969.

Passados seis meses de guerra civil com os rebeldes, apoiados pela OTAN, o regime de Muammar Khadafi está a desmoronar-se. A festa na praça verde, centro simbólico do poder levou milhares de líbios a festejar nas ruas.

Não me restam dúvidas sobre os abusos da força na intervenção da OTAN. Muitos apoiantes e opositores ao regime já declararam que muitas das operações da OTAN atingiram civis, infra-estruturas, nomeadamente energia eléctrica, telecomunicações e ironicamente tropas insurgentes, que lutam contra as tropas fiéis a Khadafi.

A Líbia era uma sociedade onde a maioria da população gozava de bons níveis de bem-estar, tinha boas políticas públicas de educação, saúde, habitação gratuitas e com o maior rendimento per capita de África.

Levados pela onda dos acontecimentos da Tunísia e Egipto, os líbios começaram a sair às ruas. Milhares de pessoas morreram e multidões fugiram do país. A comunidade internacional mobilizou-se e com a aprovação da ONU, deu luz verde, para os bombardeamentos efectuados pela coligação entre França, Reino Unido e Estados Unidos.

Na minha opinião a situação na Líbia é muito incerta e fluida, pois as várias tribos que compõem a população líbia, muito dificilmente se entenderão no poder. Os 53 membros da União Africana (UA) reúnem-se, nesta quinta-feira, de emergência em Addis Abeba, para analisarem a situação política na Líbia.

Mas o que conta são os números, apesar do petróleo líbio representar apenas 2% da produção mundial, o preço do barril de brent, em Londres desceu hoje até aos 105 dólares e o de crude, mercado norte-americano, aos 81 dólares. Termino este post perguntando se o povo Sírio tem direito à liberdade? Como não tem petróleo poderá somente ter direito à estabilidade.

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publicado às 00:36

A morte e a vida coabitam na índia.

por franciscofonseca, em 16.02.11

 

Enquanto a Europa se afunda, se desorganiza, as economias ocidentais se arrastam, a China, a Índia e o Brasil marcam o passo do crescimento económico. Hoje, são estes países que ditam o ritmo da economia mundial e determinam os preços internacionais, nomeadamente o do petróleo.

O mundo actual é marcado por fortes contrastes. Nem todos os países em desenvolvimento apresentam o mesmo nível de riqueza e de bem-estar económico e social, da sua população.

Hoje, vou falar da Índia, o segundo país mais populoso do mundo, com 1,1 bilhão de habitantes, a segunda grande economia de mais rápido crescimento e onde 25% população vive abaixo do limiar da pobreza. É um dos países, onde a riqueza e o luxo de cidades, como Mumbai apresenta um contraste gigantesco dos edifícios sumptuosos, com as cidades mais periféricas, onde a miséria e a pobreza andam de mãos dadas.

É impressionante, como o rio Ganges é considerado um rio sagrado para os hindus, que o veneram na forma da deusa Ganga. Neste rio, muito rituais são desenvolvidos, desde tomar banho, beber água, como forma de purificação, deitar cadáveres de pessoas que, não são cremados, pois o rio tem o poder de tudo depurar. Aqui, os vivos e os mortos partilham o mesmo espaço. Sou daqueles que defende a preservação das culturas, mas esta muito sinceramente, bem que podia mudar, pois só desta forma, a Índia conseguirá ser um país verdadeiramente desenvolvido e humanamente sustentável.

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publicado às 18:25

A CRISE DA MIOPIA

por franciscofonseca, em 27.10.10

 

 

Todos sentimos raiva, ansiedade e incerteza quanto ao nosso futuro. Este é o sinal inequívoco de que estamos a aceitar esta situação de crise.

 

Por outro lado, já todos interiorizamos que é melhor um mau orçamento, do que não virmos a ter nenhum. Os mercados financeiros assim o exigem e porque não queremos a intervenção de terceiros no nosso país.

 

A meu ver, ninguém com responsabilidades tem a noção, da realidade, da forma como este choque vai provocar danos na sociedade portuguesa.

 

Portugal é uma sociedade que mistura uma completa apatia com um desespero terrível e este cocktail, espero que venha a ter efeitos imprevisíveis em todos os cidadãos.

 

Estamos a viver uma miopia colectiva do desastre, onde todas as pessoas assumem que provavelmente nada disto está a acontecer e não vale a pena a ter preocupação, nem imagina a possibilidade que este desastre possa acontecer.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 23:34

Vindimas na Quinta da Trigueira 2010

por franciscofonseca, em 01.10.10

Este ano as vindimas no Douro foram recheadas de animação e os mostos prometem excelentes néctares para o próximo ano.

Vou partilhar aqui alguns momentos passados nas vindimas de 2010, na Quinta da Trigueira com mais de 100 anos de existência, que este ano produziu 12.500 litros de excelentes vinhos.

Esta videira é um bom exemplar da requintada casta Touriga Nacional, que este ano teve uma boa maturação e desenvolvimento quer em quantidade e qualidade.

 

Nesta foto quero prestar a minha mais sincera homenagem ao meu querido Pai de 86 anos, que aparece nesta foto em primeiro lugar, o principal responsável pela transmissão da cultura de produção de vinho do Porto e Douro.

 

A pisa a pé é muito importante na aromatização, textura e coloração do tradicional vinho do Douro, nesta Quinta este passo é muito rigoroso.

 

Eu e o meu Mano tirando os últimos líquidos desta produção. Trabalho de muita paciência e precisão.

 

O novo néctar vai ficar nestas cuvas de fermentação a repousar até Janeiro, altura em que vai estagiar em barris de Carvalho Francês, nesta mesma Adega.

 

Nestes barris está a evoluir a produção de vinho do Porto de 2010. A Quinta Trigueira prepara-se para dar mais uns belos momentos de prazer aos seus clientes de eleição.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 22:24


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