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Esta é a época em que o Douro se enche de festas, celebrações e tradições ancestrais, constituindo-se simplesmente numa das etapas da longa produção do vinho, mas reveste-se de especial magia.

A Quinta da Trigueira abraçou de forma entusiástica um projeto único e inovador que reúne num só local a dupla essência do Douro: a Vinha e o Vinho. Nos últimos anos muitas reformas que tem sido feitas, quer na vinha, quer na adega, na procura da excelência dos seus vinhos tintos, brancos, rosés e do Porto.

As vindimas da Quinta da Trigueira em 2012 já tiveram lugar. Chegou aquela época especial da vindima, aquele período para o qual trabalhamos durante todo o ano. A ansiedade e o nervosismo apoderam-se de nós, sentimos aquela pressão do ver testado o trabalho desenvolvido durante os onze meses anteriores.

Este ano os néctares prometem vinhos, mais uma vez de excelente qualidade. A produção foi equilibrada, tanto nos tintos, como nos brancos. Em relação ao Vinho do Porto podemos estar mais uma vez na presença de um Vintage.

Trabalhou-se muito, o tempo esteve excelente e a diversão também teve lugar como acontece todos os anos. Agora depois do trabalho concluído, os néctares irão repousar nas pipas de carvalho francês e nas cubas de inox, até serem provados em meados de Março de 2013. Até lá resta-nos esperar e degustar os vinhos das colheitas anteriores. Ver o site: http://www.quintadatrigueira.com/

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publicado às 16:07

A Quinta da Trigueira prepara a vindima

por franciscofonseca, em 29.08.11

 

O mês de Setembro está a chegar e aproxima-se mais uma época da vindima no Douro e na Quinta da Trigueira. Temos um trabalho árduo pela frente, de colher as uvas e depositá-las no lagar, onde se vai extrair o famoso néctar dos deuses. Este ano perspectiva-se uma boa colheita, quer em quantidade, quer sobretudo em qualidade.

Começam os preparativos para a vindima, varrem-se, esfregam-se, desinfectam-se os lagares; todo o material vinário com o qual as uvas, o mosto e o vinho vão ter contacto, é cuidadosamente inspeccionado, e posto em condições de não alterar o gosto do vinho ou macular a sua qualidade.

Nos primeiros e doirados dias de Outono depois de tantos trabalhos, alegrias e desilusões, a vindima começa. Os belos cachos, que representam canseiras sem conta, expectativas inquietantes, despesas enormes, vão ser colhidos. Vão nascer dois príncipes: Vinho Tinto e Vinho Branco e o Rei Vinho do Porto.

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publicado às 20:45

Como nasce o Vinho do Porto

por franciscofonseca, em 13.08.11

Aproxima-se mais uma vindima no vale do Douro, onde o cultivo da vinha dispõe de excepcionais características climáticas e morfológicas. Ao longo de séculos o homem transformou a paisagem que deu origem à mais antiga região demarcada do mundo na produção de vinhos, muito pela dedicação de Marquês de Pombal no século XVIII. A UNESCO em 2001 classificou a região do Alto Douro Vinhateiro, em Património Mundial, premiando desta forma o trabalho árduo do homem do Douro e a excelência dos vinhos ali produzidos, onde como não poderia deixar de ser, sobressai um ex-líbris de Portugal, o sublime e único Vinho do Porto.

Chega a hora de colher os belos cachos, que representam canseiras sem conta, expectativas inquietantes e despesas enormes. A faina das vindimas realiza-se pela segunda quinzena de Setembro, quando a uva atingiu a maturação conveniente. Homens e mulheres espalham-se pelos bardos e agitam-se entre as cepas, à luz do sol escaldante, como abelhas à volta das flores, com alegria no coração e um sorriso nos lábios.

As uvas chegam ao lagar onde é feito o desengace e esmagamento, libertando-se o suco da uva, que vai entrar em fermentação. Depois leva-se a cabo a pisa a pé, que permitirá a dissolução de todos os seus princípios no mosto em fermentação. Este trabalho longo e penoso nas primeiras 16 horas vai fazer com que o vinho seja mais encorpado, mais tinto e mais distinto, pois é nesta fase que é extraída a matéria corante e os taninos.

Quando o vinho dá a prova, procede-se à beneficiação, ou seja, o mosto-vinho encuba-se com cerca de 7º ou 2º Baumé, conforme se destina a vinho doce ou seco. A medida que o vinho cai nas vasilhas, procede-se ao adicionamento de aguardente vínica a 77º centesimais, à razão de 4 almudes para 18 almudes de vinho. Obtêm-se assim o vinho tratado que se há-de transformar com o decorrer do tempo, em Vinho do Porto, caracterizado pelo corpo, grande suavidade, riqueza de aromas, sabor único, e pela particularidade de melhorar com a idade durante dezenas e dezenas de anos.

Terminados os trabalhos da vindima, dá-se a lota em seco do vinho, com vista a arejar e misturar o mais homogeneamente possível a aguardente no seu seio. O inverno frio provoca a sua primeira depuração, em que o bitartarato de potássio, matéria corante, substâncias albuminóides, fermentos e impurezas precipitam-se no fundo das vasilhas. O vinho limpa, aclara e atinge o seu equilíbrio. Em Janeiro procede-se a transfega, para expurgar esse depósito que poderá trazer alterações nocivas, para determinar a força alcoólica e a acidez volátil e adicionar aguardente de forma que o seu teor alcoólico nunca seja inferior a 18º.

O sabor do Vinho do Porto é das coisas mais deliciosas que podemos guardar. Pena seja, que os nossos governantes ao longo dos tempos tenham desgovernado completamente a produção do Vinho do Porto. A produção autorizada pelo governo português, este ano vai sofrer um corte de 20% em relação a 2010, o que corresponde a 25 mil pipas, que não vão ser produzidas. Gostaria de ouvir alguma explicação dos responsáveis políticos, ainda mais nesta fase, que todos apelam ao aumento da produção nacional. Termino dizendo, como pequeno produtor, que a Quinta da Trigueira vai produzir toda a sua colheita, pois o trabalho e a despesa foram enormes, para agora deitar uvas ao lixo, os senhores governantes que me desculpem.

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publicado às 18:49

Uma semana na Quinta da Trigueira

por franciscofonseca, em 26.02.11

Em primeiro lugar, queria pedir desculpa aos leitores deste blog, por estes dias de ausência. Foi uma semana de duro trabalho físico, mas de grande relaxamento psicológico, a que acabei de passar na minha Quinta da Trigueira, situada no Douro Vinhateiro. Quinta plantada pelo meu Avô há mais de 100 anos, as castas centenárias tradicionais do Douro são preservadas, recuperadas e novas são plantadas. Longe das tecnologias, do frenesim de Lisboa, deu para recarregar baterias.

Os primeiros três dias foram dedicados à poda das videiras, sem dúvida uma arte que, tenho o privilégio de aperfeiçoar, com os mais velhos e principalmente com o meu pai de 87 anos, um verdadeiro mestre.

Houve tempo para provar e apreciar o vinho tinto, branco e vinho do porto da colheita de 2010. Posso dizer que, mais uma vez a Quinta da Trigueira vai dar a oportunidade aos seus clientes, de saborearem verdadeiros néctares. Aqui podemos apreciar o equilíbrio harmonioso existente entre as castas antigas e as mais jovens. No final do mês de Maio haverá novidades dos novos vinhos, uma das quais será uma grande surpresa.

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publicado às 15:22

Vindimas na Quinta da Trigueira 2010

por franciscofonseca, em 01.10.10

Este ano as vindimas no Douro foram recheadas de animação e os mostos prometem excelentes néctares para o próximo ano.

Vou partilhar aqui alguns momentos passados nas vindimas de 2010, na Quinta da Trigueira com mais de 100 anos de existência, que este ano produziu 12.500 litros de excelentes vinhos.

Esta videira é um bom exemplar da requintada casta Touriga Nacional, que este ano teve uma boa maturação e desenvolvimento quer em quantidade e qualidade.

 

Nesta foto quero prestar a minha mais sincera homenagem ao meu querido Pai de 86 anos, que aparece nesta foto em primeiro lugar, o principal responsável pela transmissão da cultura de produção de vinho do Porto e Douro.

 

A pisa a pé é muito importante na aromatização, textura e coloração do tradicional vinho do Douro, nesta Quinta este passo é muito rigoroso.

 

Eu e o meu Mano tirando os últimos líquidos desta produção. Trabalho de muita paciência e precisão.

 

O novo néctar vai ficar nestas cuvas de fermentação a repousar até Janeiro, altura em que vai estagiar em barris de Carvalho Francês, nesta mesma Adega.

 

Nestes barris está a evoluir a produção de vinho do Porto de 2010. A Quinta Trigueira prepara-se para dar mais uns belos momentos de prazer aos seus clientes de eleição.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 22:24

Vinho do Porto

por franciscofonseca, em 24.05.10

 

Vivemos num país a beira da falência total, económica, política, e social. Um país com problemas de produtividade em todas as esferas. Temos sectores em que poderíamos ser muito mais produtivos, na agricultura, na pesca, na indústria do calçado e na indústria dos têxteis.

Tendo eu nascido na mais antiga região demarcada de vinho do Mundo, fui acompanhando os passos do meu pai, que por sua vez seguiu os do meu avô, hoje tenho a quinta que o meu avô construiu, com quase 4 hectares de vinha, renovada e a produzir quase na sua máxima capacidade.

Por mais estranho que pareça, o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, prepara-se para diminuir a produção de Vinho do Porto para o corrente ano, isto por determinação do governo através de portaria do Sr. Ministro da agricultura.

Primeira conclusão, tendo eu capacidade para produzir o dobro do vinho com excelente qualidade, só me vai ser permitido produzir metade, ou seja, é o próprio governo que não me deixa produzir.

Segunda conclusão, os governantes deste país estando a necessitar de maior produtividade, adoptam políticas em sentido contrário, em completa contra-mão, a bebedeira não poderia ser maior, desta gente.

Só assim, se percebe o corte na produção do Vinho do Porto.  Com esta brilhante polítca, talvez tenhamos, no futuro, menos políticos bêbados. Espero que resulte para o bem da Nação em prejuízo do Vinho do Porto. Haja paciência com esta gente!

Francisco Fonseca

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publicado às 22:50

Motivação

por franciscofonseca, em 30.08.09

Aqui o principal agente motivador ainda consiste na "moca"

 

Existem princípios sobre motivação que já tão velhinhos, mas mesmo assim existem muitos dirigentes que sobre isto nada sabem!

Um que me parece fundamental consiste no facto de as pessoas mal dirigidas desperdiçarem muita energia.

Outro diz-nos que as pessoas só se esforçam porque querem, o tempo da “moca” foi no século passado.

Depois as pessoas só escolhem trabalhar mais quando isso for mais gratificante, caso contrário a escolha é óbvia.

Compete aos dirigentes criar uma atitude pró-activa e de confiança nos seus dirigidos, pois se isso não for conseguido, não é com determinações escritas em resmas de papel que se consegue.

Os dirigentes têm de ser justos na atribuição de recompensas.

Identificar sinais de frustração e desmotivação e ajudar a eliminá-los e, aqui não chega a velha política que o ordenado chega para resolver todos os males.

Os dirigentes tem de ser claros na definição dos objectivos mediante as expectativas, o que normalmente acontece é que os objectivos são escritos numa das folhas da pesada resma de papel.

Vai demorar mais algum tempo, para que os dirigentes quando falam de motivação saibam na realidade do que estão a falar.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 23:18

O regresso às origens

por franciscofonseca, em 27.05.09

Esta é a casa onde nasci, faz 39 anos. Rua dos Olivais, Lugar de Paradela de Ansiães.

 

 Esta é uma parte da minha Quinta da Trigueira vista da casa do meu Pai.

 

 Estas são as uvas da quinta que mais tarde dão origem a um belo néctar!

 

Uma bela vista do Rio Douro e das suas margens, onde se podem ver os vinhedos do alto Douro Vinhateiro, património mundial.

 

A flor da giesta, mais conhecidas pelas maias, que nesta altura do ano dão um colorido dourado a esta região.

 

 A flor das papoilas que marcam a sua presença nestas terras.

 

Durante alguns dias de trabalho intenso no tratamento da vinha, ainda houve tempo para lavar as vistas com algumas belas imagens.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 22:35

A crise e as crises

por franciscofonseca, em 25.04.09

Todos, nos tempos que correm ouvimos falar e falamos da crise. Os culpados são facilmente elencados e conhecidos. A culpa deste estado de coisas é do capitalismo, a culpa é dos políticos, a culpa é dos bancários, mas na maior parte das vezes, a culpa acaba sempre por morrer solteira.

A verdade é que o capitalismo não está com problemas, as multinacionais e as grandes empresas é que estão com problemas.

A política não está com problemas, os partidos políticos e os seus dirigentes é que estão com grandes e graves problemas.

O sistema bancário não está com problemas, os bancos e os seus gestores é que estão com enormes problemas.

Os problemas ambientais estão na ordem do dia, mas a Natureza não está com problema algum. A Humanidade é que está com problemas. Porque a Natureza muda!

Nesta vivência cada vez mais acelerada, nas diversas estradas da vida, os eficientes sobrevivem, os ineficientes perecem. Estamos numa fase em que separação do trigo do joio se faz cada vez mais de forma natural. Na minha opinião o principal vector de evolução da sociedade continuará a ser, a criação de riqueza e a inovação.

Assim, todos estes actores, as multinacionais, os partidos, os políticos, os bancos e os bancários, entre outros, evoluem no caminho da eficiência, inovação e riqueza, ou não sobrevivem e perecem.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 15:27

As mudanças do mercado de trabalho

por franciscofonseca, em 06.04.09

Num dos blogs anteriores, falei da geração NET e de algumas mudanças profundas que estes estavam a introduzir no mercado de trabalho.

Começam a chegar alguns sinais visíveis dessa mudança. Por exemplo, um em cada três recém-licenciados espanhóis encontrou o seu emprego através da Internet, o que não deixa de ser bastante significativo.

Num estudo da Universidade Autónoma de Madrid, esta é a forma predominante de acesso ao mercado de trabalho para este segmento no país vizinho.

Ainda nesse estudo é referido que a Internet ultrapassou os contactos de familiares e amigos em 20% e o envio de currículos a empresas seleccionadas em 19%, ou seja, a designada vulgar cunha em Portugal, em Espanha perde 20% da sua influência.

Outros dados relevantes, comprovam que a contratação a termo certo sobressai no primeiro emprego, com 65% dos jovens espanhóis a referir este tipo de vínculo.

Nos salários, 20% já recebe mais de 1.500 euros líquidos por mês, enquanto 12% ganha abaixo de 600 euros.

Em Portugal os recém-licenciados, ainda não aproveitam muito este recurso, que cada vez mais se torna fundamental e indispensável nas nossas vidas.

Penso que num futuro muito próximo, a geração NET vai abordar o mercado de trabalho de forma global, indo à descoberta e assumindo conscientemente o risco das escolhas. Aqueles que assim não pensarem, que não tenham capacidade de adaptabilidade, flexibilidade e disponibilidade para a mudança constante, ficarão irremediavelmente excluídos do mercado de trabalho.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 19:33


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