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O maior défice de Portugal não é a dívida que todos temos às nossas costas, mas sim a falta de liderança. Vemos todos os dias os nossos políticos no jogo do ping pong das responsabilidades, pelo estado a que o país chegou. Os portugueses já não têm paciência nem qualquer interesse nesse jogo, acabando por dar mais atenção aos apanha-bolas, que agora viraram uma praga em todos os canais televisivos. Quando uma nação não tem liderança, como acontece a muitos anos em Portugal, os governos não têm ideias, não têm seguidores, não têm estratégia, não têm um rumo, não têm uma cultura de inovação e de mudança.

Os governos existem porque há pessoas, as políticas pressupõem pessoas, que devem ser o foco dos governantes, mesmo acima dos números. Os verdadeiros líderes têm que ser capazes de escutar, entender e envolver os cidadãos. Para tanto, precisam de se conhecer e conhecer muito bem a realidade interna e externa em que navegam.

Nestas condições, ao contrário do que os nossos governantes e políticos fazem, é possível vislumbrar oportunidades no meio das crises, vantagens em situações hostis como a que vivenciamos e criar uma cultura nacional que impacte o desempenho e a produtividade, que priorize o agir em vez do discurso de retórica, do qual estamos todos cansadíssimos. O poder da palavra é diferente da palavra do poder.

Hoje liderar um país, ainda mais nesta envolvente de incertezas, implica correr riscos, ousar, fracassar, propor e fazer mudanças. A maioria dos portugueses não é resistente à mudança. Eles resistem à dor da mudança e ao medo do novo, porque a comunicação e explicação das políticas é confusa, para que ninguém perceba o seu objetivo. É necessário pessoas nos lugares certos, fazerem uso de uma boa comunicação e alinhadas estrategicamente, para gerarem uma mudança sustentável. Desta forma ganha importância a eficiência operacional que levará à escala nacional.

Uma boa liderança de uma estrutura governativa é aquela que é capaz de causar dor e os cidadãos agradecerem. Um bom líder deve conseguir ver as vantagens em situações hostis, torná-las desafios e envolver toda a sociedade. Portugal precisa de alguém que corra riscos, que não tenha medo de fracassar, que explore o novo e promova mudanças profundas, sem interferência dos apanha-bolas. Que jogue sempre para ganhar, ao estilo do Mourinho, que crie vínculos com os cidadãos, que inspire gerações e se torne o porto seguro delas. Necessitamos de um líder que compreenda o contexto de atuação e as principais tendências sociais, económicas, políticas, técnicas, ambientais e demográficas, pois só dessa forma conseguirá definir o foco das suas políticas. Estou farto dos arrogantes que para com os fracos são fortes e perante os fortes têm sido muito fracos. Temos de arrepiar caminho urgentemente.

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publicado às 18:52

Liderança é fundamental num mundo caótico

por franciscofonseca, em 07.11.11

Vivemos num mundo cada vez mais incerto, disruptivo e caótico. Como é possível liderar, com sucesso empresas, governos e instituições? Existem muitos exemplos de líderes que conseguiram sobreviver e prosperaram num mundo empresarial absolutamente disruptivo. Muitos destes líderes enfrentaram disrupções tecnológicas massivas, guerras de preços, choques petrolíferos, colapsos súbitos na procura e muitos outros obstáculos, mas conseguiram atingir excelentes resultados de longo prazo.

Jim Collins, no seu mais recente livro “Great by Choice” aponta as três principais competências de liderança imprescindíveis, para vencer nestes tempos de grandes tempestades.

A primeira característica, tem a ver com a paranoia produtiva, que consiste na capacidade de se ser híper-vigilante no que respeita a potenciais acontecimentos negativos, que podem atingir as empresas, transformando de seguida esse temor em planos de preparação e de ação bem claros. Não é possível sentarmo-nos e agarrarmo-nos ao medo, é necessário agir, atuar, para que consigamos estar preparados para a tempestade seguinte.

A segunda é vista como um princípio diferenciador da liderança, que reside num certo tipo de abordagem à criatividade, ou seja, a criatividade empírica, que consiste na capacidade de empiricamente validar os instintos criativos. Tal significa a utilização da observação direta, a condução de experiências práticas, o envolvimento direto com as evidências, por oposição a confiar somente nas nossas opiniões, caprichos ou análises próprias.

Por último, a disciplina fanática que pode traduzir-se em trabalhar arduamente, seguir regras, ser obediente, mas neste caso é encarda como algo diferente, isto é, disciplina como consistência nos valores, nos objetivos de longo prazo e nos standards de performance. Isto envolve rejeitar o conhecimento convencional, a moda e a loucura das multidões, ou a recusa de se ser um conformista.

Estas três competências de liderança são absolutamente necessárias num mundo de incerteza: a disciplina fanática mantém os líderes no seu caminho; a criatividade empírica mantêm-nos despertos e a paranoia produtiva mantêm-nos vivos.

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publicado às 14:34

Não se esqueça de elogiar o seu chefe hoje

por franciscofonseca, em 03.12.10

Política, poder, jogos,  tudo isto tem um fim!

Muitos de nós ainda pensamos que a nossa competência, dedicação, esforço poderão um dia ser recompensados pelos nossos superiores hierárquicos, o melhor mesmo é esquecer. Bom desempenho, bom profissionalismo não chegará para subir na escalada do poder, pois, valores mais altos se levantam quanto à questão do poder.

 

Sou de opinião, que uma boa performance, inteligência, e muita força de vontade não chegam para conseguirmos atingir lugares de destaque em termos hierárquicos. Para que isso aconteça é necessário, que as pessoas se saibam autopromover, cultivar uma imagem de autocontrolo e autoridade, escolher as relações certas, pedir favores as pessoas certas e na hora certa e saber bajular as pessoas com poder de decisão.

 

Hoje, torna-se imperioso sabermos e conhecermos o mundo em que vivemos, e reconhecer que não é o que muitos gostaríamos que fosse, ou seja, é como é, nada mais. Este é um factor fundamental para quem deseja subir uns degraus na escada do poder. Muitas vezes ouvimos dizer que as pessoas têm aquilo que merecem, quem pensar assim não irá muito longe…

 

Assim, a verdade simples e universal é que a política triunfa sempre sobre a performance. Muitos teóricos sobre gestão e liderança, nos seus livros e palestras deveriam colocar o seguinte aviso: Atenção este conteúdo poderá ser prejudicial para a sua carreira. A verdade é que a maior parte destes gestores de sucesso contam as suas histórias, mas escondem e maquilham os jogos de poder, que tiveram de fazer para lá chegar.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 13:51

Libertação de Aung San Suu Kyi

por franciscofonseca, em 13.11.10

Aung San Suu Kyi, prémio Nobel da paz, líder da Liga Nacional para a Democracia (LND), filha do general Aung San, herói da liberdade birmanesa, passou 15 dos últimos 21 anos privada de liberdade. Hoje ocorreu a sua libertação, acontecimento que já deviria ter ocorrido há mais tempo.

 

A heroína birmanesa dirigiu-se hoje aos milhares de apoiantes, que a esperavam no exterior da sua casa, exortando todos ao trabalho conjunto, para o futuro do país.

 

O povo birmanês tem sofrido muito com a ditadura militar brutal. Muitas pessoas perderam as suas vidas, milhares foram presos, outros refugiaram-se.

 

A Comunidade Internacional, pouco fez para que Suu Kyi fosse libertada, a verdade é que em alguns casos a intervenção faz-se de forma rápida e noutros a pressão é inexistente, principalmente no que diz respeito ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 22:47

Gestão e inexperiência

por franciscofonseca, em 04.02.10

Nenhum gestor, nenhum líder pode estar preparado para todas as surpresas, por mais cursos e experiência que tenha.

Para se ter sucesso na gestão como líder é necessário ter uma forte visão, compartilhada por um pequeno número de pessoas. Neste grupo é fundamental haver uma mente de principiante, pois só estes conseguem ver uma situação sob uma luz diferente. É essencial ter mente de principiante, aberta a novas experiências e surpresas, principalmente nos dias que vivemos.

Este factor tem sido ignorado, pelos principais pensadores da gestão, de liderança e dos negócios. Hoje vivemos no tempo de coleccionar currículos, mas isso não é seguramente o mais importante. O que importa é que as pessoas que trabalham em equipa joguem no mesmo espaço e tenham objectivos comuns e leais, mas, infelizmente cada vez é mais raro.

O que me estimula a continuar esta caminhada, é de facto gostar daquilo que faço. Um dia um famoso equilibrista chamado Karl Wallenda disse: “O único momento em que me sinto vivo é quando ando na corda bamba. O resto é espera.” Por isso comigo acontece quase o mesmo, quando somos envolvidos em projectos ambiciosos, quando confiam no nosso trabalho, quando somos reconhecidos pelos melhores motivos, sentimos que estamos vivos, caso contrário estamos em espera…espera essa que cansa muito, mas muito.

Receio que a espera seja demorada, por isso resta esperar e apelar à paciência em grandes doses.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 19:42

Renovar de ilusões

por franciscofonseca, em 25.10.09

 

Novo Governo esperança renovada. A meu ver penso que se trata, de uma forma geral de renovação, em que a maioria dos portugueses deposita poucas esperanças.

 

Mas vai ser seguramente diferente. Tempos diferentes, conjunturas diferentes, forças diferentes. É muito importante termos noção das diferenças, das características, dos perfis de cada actor neste novo paradigma.

 

Mas não tenhamos ilusões, os ventos vão continuar a soprar desfavoravelmente. É exactamente por sabermos deste estado de coisas, que o resultado global a ser alcançado é a soma das parcelas que cada um de nós conseguir alcançar individualmente.

 

Por vezes somos e pensamos extraordinariamente diferente dos outros, mas é nas épocas de grandes dificuldades, que precisamos de unir esforços para ir mais longe. Só assim conseguiremos um futuro melhor.

 

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Francisco Fonseca

 

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publicado às 11:38

visão curta

por franciscofonseca, em 23.09.09

Faltam mais dois dias para terminar a campanha eleitoral. Os futuros decisores políticos, nada têm dito relativamente aos graves problemas sistémicos que atravessam o país. Por isso não posso deixar de manifestar preocupação e uma profunda tristeza. Até a data, nenhum deles abordou a questão que eu considero fundamental para o nosso futuro: o desenvolvimento sustentável.

 

Gostaria muito de ouvir quais as propostas em matéria de sustentabilidade do desenvolvimento. Apregoam-se medidas, promessas e intenções, mas todos esquecem que são os quadros normativos dos homens que têm de obedecer às leis da Natureza e não o inverso como tem acontecido.

Ainda hoje não somos capazes de entender o alcance dos sinais de alarme que são bens visíveis na nossa sociedade, pois insiste-se na visão de curto prazo e simplista. Tem sido aliás, devido a este tipo de visão que atravessa todos os sectores do Estado, sem excepção, que as ”soluções” do passado se tornaram problemas graves dos nossos dias.

Temo que a evolução da nossa economia e da sociedade, neste contexto persistente nesta visão redutora, nos conduza a desgraça colectiva. O desenvolvimento sustentando, requer mudanças radicais de atitudes e comportamentos a todos os níveis sociais, assim seria de esperar também dos candidatos.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 22:22

Pobres e felizes

por franciscofonseca, em 06.07.09

Nos últimos tempos, a imprensa nacional repetiu para quem quis ouvir: os portugueses são pobres, mas felizes. Esta conclusão surgiu de um estudo realizado por investigadores do ISCTE.

Assim este estudo conclui que Portugal é um país socialmente frágil, pouco capaz de se mobilizar individual e socialmente mas, estranhamente, com elevados níveis de satisfação e felicidade.

 

Por outro lado, este estudo refere que no nosso país vive-se um clima de desconfiança nos outros e nas instituições.

Isto é um sinal perigoso para a construção do futuro, pois quando não se confia nos outros dificilmente se constituem laços comuns de conforto ou de solidariedade.

Este facto é chocante, do ponto de vista das possibilidades de acção colectiva e de todos os desafios que Portugal terá que enfrentar no curto e longo prazo.

 

Para explicar esta felicidade e satisfação os portugueses recorrem muitas vezes a comparações temporais - “eu já vivi pior”, por outro, fazem comparações sociais - “ eu vivo mal, mas há quem viva pior”.

Temos em Portugal muitas populações com níveis de aspirações ainda francamente baixos, isto é, com expectativas que ainda não atingiram um nível suficiente para as pessoas sentirem outro tipo de necessidades, para serem mais exigentes com a sua qualidade de vida.

 

Se perguntarmos o que poderia melhorar a qualidade de vida dos portugueses as respostas são: mais dinheiro, mais saúde e encontrar emprego.

Trata-se de necessidades ainda muito primárias, tradicionais, muito dominadas pelos traços da privação e da precariedade nos rendimentos e da incerteza face ao futuro.

Mas sem dúvida alguma, quem faz um país é o seu povo. Seja para a o bem, seja para o mal.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 19:00

Portugal continuará adiado

por franciscofonseca, em 24.06.09

Portugal em matéria de visão estratégica, está sempre a voltar à casa da partida, a maior parte dos empresários sofrem de miopia, já que não querem fazer investimentos com períodos de retoma superiores a dois anos. Vive-se no curto prazo. As vistas são cada vez mais curtas em matéria de investimento e inovação.

 

O País necessita urgentemente de fazer escolhas e definir equilíbrios, sem estar sempre a colocar tudo em causa. É preciso consolidar projectos, mas Portugal está sempre a voltar à casa de partida. Agora vamos passar mais dez anos a estudar os comboios, os aeroportos, as auto-estradas, por exemplo.

 

Este País tem de mudar de cultura, ou seja, falar menos e agir mais, que combata a noção instalada de que se os outros sectores não fizerem, nós também não fazemos. Um país é construído pelos seus cidadãos, por isso todos temos responsabilidades de estarmos nesta situação.

 

No futuro teremos de conseguir conjugar a sensibilidade social e as prioridades políticas definidas pelos governos. Este será o desafio maior do século XXI.

Vamos acreditar que assim vai acontecer!

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 22:38

Liderança precisa-se

por franciscofonseca, em 22.05.09

A liderança tem inspirado milhares de autores, e muitas teorias existem publicadas.

Mas hoje vou-me atrever a resumir alguns passos, na minha opinião, para o sucesso de uma boa liderança.

Primeiro, a liderança é um caminho envolvendo múltiplos actores e intervenientes.

A liderança envolve perigos e tentações, mas coragem, autenticidade e sensatez são fundamentais.

Não há bons líderes sem bons seguidores, e vice-versa. É fundamental para os líderes proporcionarem bom desenvolvimento aos seguidores.

Todos os líderes são incompletos e imperfeitos, pois necessitam do complemento dos outros.

Os bons líderes conhecem-se a si mesmos, esforçando-se para tal. Liderar os outros implica autoconhecimento.

Para se alcançar a paz no exercício de liderança, pode ser necessário a guerra. Quando se perseguem objectivos nobres pode ser necessário ter coragem para guerrear obstáculos.

Nenhum líder é uma ilha. A liderança é um fenómeno de partilha. Quem não perceber isso, mais tarde ou mais cedo vai morrer na praia.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 19:21


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