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O flagelo do mercado laboral

por franciscofonseca, em 05.05.13

Em muitos países o emprego escasseia e na sua maioria os jovens estão inativos. É terrível para um país, para uma sociedade deixar os seus jovens no limbo, dependentes de subsídios, que experimentam longos períodos de inatividade, perdendo a oportunidade de adquirir competências e autoconfiança no mercado laboral. Como podem os políticos falar em esperança quando os jovens têm o seu futuro hipotecado.

O sentimento de realização é extremamente importante nas nossas vidas. Ter trabalho oferece significado, traz um propósito pelo qual lutamos e nos dá motivação e força para iniciarmos mais uma jornada da nossa vida.

O mercado laboral está em constante transformação. Muitas pessoas queixam-se do trabalho em excesso, do desrespeito pelos horários cada vez mais extensos, dos chefes arrogantes e insuportáveis, mas nos tempos que correm, aqueles que têm ocupação devem dar graças por ter trabalho. Esta parece ser uma verdade indiscutível.

Todavia, vivemos tempos em que os empregadores tentam explorar cada vez mais os seus empregados, pois existe pouca oferta e muita procura e quando assim é o resultado mais visível é o decréscimo dos salários e a deterioração e precarização das relações laborais. Para melhor ilustrar a modernidade podemos dizer que “Sem trabalho, toda a vida começa a apodrecer, mas quando o trabalho é feito sem alma, a vida asfixia e morre”, escreveu Albert Camus.

Os países com taxas de desemprego jovem alarmantes, como Portugal, Itália e Espanha, o fenómeno do crime violento têm aumentado, em contraponto com o mundo rico. Sinto que os governos estão completamente atordoados com as questões financeiras, mas o futuro destes países depende sobretudo de políticas educacionais que resolvam a incompatibilidade/desadequação entre a educação e o mercado laboral. É necessário acabar com o fosso existente entre o mundo da educação e o mundo do trabalho. É urgente por termo ao processo Bolonha e revolucionar a educação técnica e vocacional, no sentido de aproximar as empresas as escolas. Por último rever os conteúdos educativos e expandir as áreas de estudo da ciência e da tecnologia. Considero ser esta uma revolução necessária e urgente na busca de um futuro melhor.

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publicado às 20:24

A mistura explosiva de desemprego e desigualdade

por franciscofonseca, em 18.02.12

Muitas têm sido as reuniões e as cimeiras mundiais organizadas por aqueles que criaram a crise e que continuam a clamar que são eles que têm a solução para a crise. E nunca sairemos do mesmo, porque são sempre as mesmas pessoas, não democráticas, que tomam as decisões. Grande parte destes eventos constituem-se como refúgios luxuosos, com grande cobertura dos media, mas com finais vazios de ideias, de como repensar profundamente os sistemas financeiros.

O planeta conta agora com mais de 225 milhões de desempregados, uma em cada três pessoas é pobre, 1% das famílias em todo o mundo carrega no bolso 40% de toda a riqueza existente, os salários, enquanto percentagem do PIB, estão em mínimos históricos e os lucros empresariais, enquanto percentagem do PIB, nos máximos igualmente históricos. Este modelo capitalista terá de ser repensado, enquanto não surgir um novo modelo económico alternativo.

O que é comum ao mundo inteiro na atualidade é a incerteza económica e financeira, o aumento da desigualdade de rendimentos e riqueza, os grandes desafios da pobreza e os efeitos do desemprego provocado pela crise financeira. A crise das dívidas soberanas europeias, em conjunto com os cortes orçamentais, está a piorar sobremaneira a recessão, principalmente na Europa. Estamos a viver um ciclo vicioso e a austeridade fiscal para resolver o problema da dívida só está a tornar tudo pior.

No velho continente europeu a mistura explosiva está a ser cozinhada. Os medos relativos à perda de cultura, competição pelos recursos económicos, desemprego galopante, falência do estado social constituem as principais causas que explicam a intolerância crescente na Europa. E, como seria de esperar, a atual crise económica e financeira, cuja grande consequência é a austeridade irá, muito provavelmente, exacerbar esta intolerância. A globalização corre o sério risco de descarrilar, o que constitui uma ameaça para a economia global.

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publicado às 12:04

Veja como chegamos e podemos sair da crise económica

por franciscofonseca, em 15.11.11

A velha Europa volta a viver dias de muita agitação política e social. Chegamos a este ponto porque a união europeia sublinhou demasiado o aspeto económico, não fomentando uma união política e cultural. Este aspeto cultural tornou-se atualmente tão egoísta, que nos trouxe até uma situação muito fragmentada, muito heterogénea e muito diversificada.

Assim, a debilidade cultural reflete-se na debilidade política e económica, levando-nos a perceber o modo de conceber hoje o sistema financeiro, ou seja, o primado da pessoa em favor do capital e o bem comum em favor do lucro desenfreado.

Hoje, todas as medidas anunciadas são em prol de uma finança, que se vê como um fim a si mesma e que vive como um absoluto. Mais, rompe a relação que deve haver com a economia e com o desenvolvimento e acaba por mortificar ainda mais o desenvolvimento económico.

Claro que a política está condicionada pelo poder financeiro. O poder político é um poder débil, sem capacidade para harmonizar as diferentes instâncias da sociedade, pois quem comanda de fato não é a economia real, mas sim a finança. É por isso que todas estas medidas de austeridade são erróneas, pois partem de um pressuposto errado.

O ponto mais delicado é que temos um sistema financeiro especulativo, ultraliberal, absoluto, que não presta contas a ninguém. A solução está em mudar o estilo de vida, caso contrário ficaremos perante outra crise. A mudança tem de passar por uma visão não consumista, mais equilibrada e que sabe utilizar os recursos.

Por outro lado é necessário fazer um esforço maior a nível formativo e nível cultural. As medidas não devem privilegiar alguns, mas olhar a todos, em particular as situações mais difíceis ou dos mais pobres. Deve partir-se dos últimos para que todos estejam bem. Este tem de ser o paradigma a seguir, para não mergulharmos numa crise ainda mais profunda e penosa.

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publicado às 18:18

Cuidado com o bullying nas crianças

por franciscofonseca, em 12.11.11

O bullying tem vindo a alastrar por todo o mundo, como um comportamento consciente, intencional, deliberado, hostil e repetido, de uma ou mais pessoas, cuja intenção passa por ferir outros, de várias formas e com comportamentos diferentes.

Resumidamente, o bullying é uma afirmação de poder através de agressão. Pode assumir várias formas, bullying escolar, abuso infantil, ataques de gangues, violência conjugal, assédio sexual no local de trabalho e abuso de idosos. Normalmente quem o pratica sente um direito de ferir ou controlar os outros; uma intolerência à diferença; e uma liberdade de excluir, isolar e segregar outros.

A prática pode ser ao nível físico, emocional e psicológico, racista e mais recentemente o cyber-bullying. Mas sem dúvida, que o mais praticado e mediático é o bullying escolar. As vítimas emitem sinais, que podem passar por ataques de fúria, irritabilidade latente, frustração sem razão aparente e explodem com facilidade.

Por vezes os sintomas podem revelar-se através de reações físicas, como dores de cabeça, de estomago, insónias ou vómitos. Noutros casos manifesta-se no rendimento escolar, chegam a faltar, as notas tendem a piorar e diminui a autoestima.

O alerta vermelho chega quando aparecem sinais de discussões e agressões entre irmãos, autoagressão, que pode passar pela bulimia, sendo nestes casos, o acompanhamento médico essencial.

Na minha opinião, a tolerância tem de ser zero. Muitas vezes não há castigos, apenas repreensões para os agressores e o bullying é um fenómeno que está a alastrar cada vez mais. As escolas têm de tomar medidas severas, os governos criar legislações apertadas, os pais andarem mais atentos, mas têm de atuar de imediato e não deixar passar situações que na sua maioria acabam na impunidade. É o pior sentimento e potenciador deste fenómeno.

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publicado às 12:01

Portugal com a maior onda surfada no mundo

por franciscofonseca, em 09.11.11

Garrett McNamara surfou, esta segunda-feira, a maior onda de sempre na Praia do Norte, na Nazaré. A onda gigante, com cerca de 30 metros (90 pés), foi considerada a maior alguma vez surfada em todo o mundo.

Pena que esta onda não tivesse varrido a crise económica e financeira, cuja gravidade poucas vezes foi atingida em mais de oito séculos de história.

Vivemos igualmente uma crise de valores éticos, morais e culturais. Mas, Portugal não é nem um país medíocre, nem um país de medíocres, pena é que, os cargos de poder estejam infelizmente ocupados por medíocres e gente impreparada.

Somos cada vez mais, um país com uma considerável percentagem de gente brilhante, que granjeia reconhecimento, em qualquer parte do mundo, seja a que nível for. Vamos aproveitar pelo menos a energia desta onda, para recomeçar e refundar um novo tempo de excelência, uma verdadeira cultura de ética e valores.

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publicado às 20:56

Poder, paixões e o fim de Silvio Berlusconi

por franciscofonseca, em 08.11.11

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, tem consciência das implicações do resultado da votação de hoje na Câmara, assim, porá o seu mandato à disposição do Presidente da República, Giorgio Napolitano, depois de aprovadas as primeiras reformas económicas exigidas pela União Europeia.

Silvio Berlusconi dominou as políticas italianas durante os últimos 17 anos. Homem polémico, indiscreto, eterno apaixonado por mulheres, onde os escândalos sexuais nunca o demoveram, como as famosas festas “bunga-bunga” (sinónimo de orgia), de continuar à frente do executivo italiano. Deixa um país com graves problemas estruturais na Administração Pública, nas instituições, com índices de corrupção elevados e com um legado muito pesado para as futuras gerações.

Relativamente as festas privadas, Berlusconi tem negado tudo o que tem sido noticiado, afirmando que os encontros serviam apenas para jantar, conversar e cantar.

O comissário europeu para negócios económicos, Olli Rehn, descreveu a situação económica e financeira Itália, terceira economia europeia, como muito preocupante, pois a dívida pública de Itália ronda os 120% do PIB italiano. Veremos os próximos capítulos sobre a Itália e as implicações para a zona euro.

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publicado às 22:02

Liderança é fundamental num mundo caótico

por franciscofonseca, em 07.11.11

Vivemos num mundo cada vez mais incerto, disruptivo e caótico. Como é possível liderar, com sucesso empresas, governos e instituições? Existem muitos exemplos de líderes que conseguiram sobreviver e prosperaram num mundo empresarial absolutamente disruptivo. Muitos destes líderes enfrentaram disrupções tecnológicas massivas, guerras de preços, choques petrolíferos, colapsos súbitos na procura e muitos outros obstáculos, mas conseguiram atingir excelentes resultados de longo prazo.

Jim Collins, no seu mais recente livro “Great by Choice” aponta as três principais competências de liderança imprescindíveis, para vencer nestes tempos de grandes tempestades.

A primeira característica, tem a ver com a paranoia produtiva, que consiste na capacidade de se ser híper-vigilante no que respeita a potenciais acontecimentos negativos, que podem atingir as empresas, transformando de seguida esse temor em planos de preparação e de ação bem claros. Não é possível sentarmo-nos e agarrarmo-nos ao medo, é necessário agir, atuar, para que consigamos estar preparados para a tempestade seguinte.

A segunda é vista como um princípio diferenciador da liderança, que reside num certo tipo de abordagem à criatividade, ou seja, a criatividade empírica, que consiste na capacidade de empiricamente validar os instintos criativos. Tal significa a utilização da observação direta, a condução de experiências práticas, o envolvimento direto com as evidências, por oposição a confiar somente nas nossas opiniões, caprichos ou análises próprias.

Por último, a disciplina fanática que pode traduzir-se em trabalhar arduamente, seguir regras, ser obediente, mas neste caso é encarda como algo diferente, isto é, disciplina como consistência nos valores, nos objetivos de longo prazo e nos standards de performance. Isto envolve rejeitar o conhecimento convencional, a moda e a loucura das multidões, ou a recusa de se ser um conformista.

Estas três competências de liderança são absolutamente necessárias num mundo de incerteza: a disciplina fanática mantém os líderes no seu caminho; a criatividade empírica mantêm-nos despertos e a paranoia produtiva mantêm-nos vivos.

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publicado às 14:34

O dólar segura império americano e afunda euro

por franciscofonseca, em 04.11.11

Em 1971, os EUA tinham uma enorme dívida, resultado da guerra do Vietname. Muitos países exigiram o pagamento das dívidas em ouro, porque não confiavam no dólar, mas Nixon recusou-se a pagar em ouro, pois ele sabia que não tinham essa quantia. Logo de seguida, os EUA fazem um acordo com a Arábia Saudita, instituindo que a OPEP (países exportadores de petróleo) vendessem o petróleo apenas em dólares. De repente, o mundo só pode comprar petróleo com dólares e o dólar torna-se uma moeda muito, muito forte e de implementação mundial.

Atualmente, os EUA, mais uma vez, é um país falido, com dívidas enormes, maiores do que qualquer país alguma vez teve na história do mundo. E se algum desses países pedisse o reembolso dessa dívida, noutra moeda que não seja o dólar, os EUA estariam em grandes apuros. Saddam ameaçou vender petróleo com outras moedas, que não fossem o dólar, teve de ser eliminado. Se ele tivesse cedido, ele ainda estaria à frente do país e os EUA ainda lhe venderiam armas de guerra.

Tenho a certeza que o euro nunca conseguirá destronar o dólar, como moeda de referência, nas transações do petróleo. Isto não pode acontecer, pois seria a queda do império americano. Eles não vão permitir que isso aconteça, doa a quem doer.

Hoje, a grande maioria dos países estão infiltrados pelas "agências americanas”, que influenciam os governos consoante os seus interesses. Quem tem dúvidas basta observar o que está a acontecer com a Europa e com o euro. O modus operandi é sempre o mesmo, ou seja, fazem com determinados países consigam enormes empréstimos a partir do Banco Mundial, ou a partir de uma das suas organizações. Este dinheiro na realidade não vai para os países, mas sim para corporações e multinacionais americanas ai sediadas, que apenas beneficiam os mais ricos desses países.

Aos mais pobres é deixada uma enorme dívida, que eles nunca a vão conseguir pagar. De seguida as “agências” cobram os favores, que podem passar pela venda de petróleo mais barato as companhias americanas, ou condicionar os votos nas Nações Unidas, ou ainda, enviar tropas como foi o caso do Iraque, onde Portugal também teve de participar.

É desta forma que os EUA conseguiram criar o império. São eles que ditam as leis, controlam o Banco Mundial, o FMI, as Nações Unidas, as agências de rating. Como são eles que escrevem as leis, as coisas que as“agências” faz não são ilegais.

Endividar enormemente os países e depois exigir uma troca de favores, isso não é ilegal, deveria de ser mas não é. Uma das características de um império é que força a sua moeda ao resto do mundo e foi isso que fizeram no passado e continuam a fazer presentemente com o dólar.

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publicado às 19:37

Sonhar grande dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno

por franciscofonseca, em 01.11.11

Portugal e os portugueses vivem tempos de grande incerteza. A ansiedade cresce a cada dia que passa, os resultados dos sacrifícios impostos pelo governo são inteligíveis. É quando a maré baixa que percebemos quem estava nadando nu e, no caso português estava o próprio Estado, as instituições, as empresas e a maioria dos portugueses.

Em tempos de crise económica, social, sonhar grande dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno. Este já foi o espirito dos portugueses, mas que se foi perdendo ao longo de gerações, assim como se perdeu a memória coletiva. Somos de fato um povo sem memória coletiva. Chegou a altura de voltarmos a sonhar em grande.

Mas temos de ter cuidado, pois imaginação sem execução é alucinação. Este tem sido o grave problema dos nossos governantes, desde há muito tempo. Devido a amplitude das mudanças económicas que estão em curso, a tentação para muitos governantes e estrategistas será a da paralisia diante da crise. Este é o grande erro que está em curso.

Os tempos de dificuldades devem servir para aguçar o apetite do aprendiz e desta forma transformar os problemas em oportunidades. Devemos optar por uma ação baseada em valores compartilhados gerando sentido para o trabalho e alimentar a inovação. Temos de voltar a produzir mais do que consumimos, potenciar e diferenciar os nossos produtos além-fronteiras.

Temos de promover uma cultura única, uma cultura de alto desempenho, uma cultura de honestidade intelectual, uma cultura de encarar e solucionar os problemas e por fim uma cultura de promoção da meritocracia. Não podemos rejeitar o nosso futuro coletivo, com a desculpa e medo do desconhecido. Somos um país com uma longa história e temos de ser capazes de encontrar os melhores pilotos, que demonstrem confiança e clama ao anunciar que o país passará por turbulência nos próximos anos.

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publicado às 15:16

Banca, banqueiros, crise e a cimeira europeia

por franciscofonseca, em 27.10.11

A cimeira europeia terminou altas horas da madrugada, os países da zona euro acordaram aumentar para um bilião de euros, o fundo europeu de estabilização para ajudar países como Portugal, Irlanda, Espanha e Itália. Outra medida acordada tem a ver com a recapitulação da banca, pois os bancos europeus perderam cerca de 100 mil milhões de euros, devido ao perdão de 50% da dívida grega.

No caso português o BCP e o BPI vão recorrer aos capitais do Estado para fazer a sua recapitulação, passando a ter o Estado como accionista. A CGD não pode recorrer a este fundo, terá o Ministro das finanças de encontrar cerca de 2 mil milhões de euros.

Mas a grande novidade, desta cimeira é que vamos ter de viver em austeridade nos próximos quinze a vinte anos, com os investidores a retraírem-se e a aumentar o risco em futuros empréstimos. A zona euro terá de caminhar para um orçamento comunitário e os mecanismos de controlo terão de ser mais apertados e eficazes, caso contrário tudo será inócuo.

A este respeito, deixo uma pequena história que achei deliciosa e partilho convosco: Certa tarde, um famoso banqueiro ia para casa, na sua enorme limousine, quando viu dois homens à beira da estrada a comer relva. Ordenou ao seu motorista que parasse e, saiu, perguntou a um deles: - Por que estão a comer relva? - Não temos dinheiro para comida - disse o pobre homem - Por isso temos que comer relva.
- Bem, então venham à minha casa, que  eu lhes darei de comer - disse o banqueiro.
- Obrigado, mas tenho mulher e dois filhos comigo. Estão ali, debaixo daquela árvore.
- Que venham também - disse novamente o banqueiro.

E, voltando-se para o outro homem, disse-lhe: - Você também pode vir.

O homem, com uma voz muito sumida disse: - Mas, senhor, eu também tenho esposa e seis filhos comigo!

- Pois que venham também - Respondeu o banqueiro. E entraram todos no enorme e luxuoso carro. Uma vez a caminho, um dos homens olhou timidamente o banqueiro e disse: - O senhor é muito bom, muito obrigado por nos levar a todos!

O banqueiro respondeu: - Meu caro, não tenha vergonha, fico muito feliz por fazê-lo! Vocês vão ficar encantados com a minha casa... A relva está com mais de 20 centímetros de altura!

Moral da história:

Quando tu achares que um banqueiro (ou banco) está a ajudar-te, não te iludas, pensa mais um pouco...pois eles são um dos grandes responsáveis por toda esta crise, mas apesar dos crimes cometidos têm sempre o Estado para lhes dar a mão, ou seja, os próprios contribuintes, que já muito exploram.

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publicado às 15:14


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