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A terceira revolução industrial já está em marcha

por franciscofonseca, em 16.05.12

As duas primeiras revoluções melhoraram o nível de vida geral das pessoas e tornaram-nas mais urbanas. A terceira revolução já está em marcha. A produção está tornar-se digital, e isso vai mudar drasticamente a forma de fazer negócios. Agora, um produto pode ser desenhado num computador e, pouco depois, ser impresso numa impressora 3D, tornando-se num objeto real.

Estes tipos de máquinas são muito versáteis e capazes de executar tarefas complexas, coisas com que a fábrica tradicional é incapaz, ou tem muita dificuldade, em lidar. E com o tempo, estas espantosas máquinas poderão ser capazes de fazer quase tudo, e em qualquer lugar, mesmo que seja na parte mais recôndita do mundo.

Mas também estamos a assistir à criação de novos materiais, mais leves, mais resistentes, e com maior durabilidade do que os do passado. A fibra de carbono, por exemplo, está a ganhar terreno ao aço e ao alumínio em vários tipos de produtos, quer se destinem a aeronaves, quer a bicicletas de montanha. A nanotecnologia permite a criação de objetos e máquinas numa escala diminuta. A engenharia genética está, por exemplo, a alterar geneticamente vírus para que possam ser utilizados num novo tipo de bateria.

Como em todas as outras revoluções, esta também será disruptiva. Os consumidores não vão ter dificuldades para se adaptarem à nova era de melhores produtos, entregues sem demora. Os governos, contudo, talvez tenham maior dificuldade em adaptar-se à lógica de troca de ideias online entre legiões de empreendedores e criadores, capazes de criar produtos e vendê-los no mercado global a partir de uma garagem.

O seu primeiro instinto tem sido sempre o de tentar proteger as indústrias e empresas que já existem, não as que estão a iniciar a sua atividade. A maioria dos governantes não só gasta milhões a apoiar aqueles que eles entendem que são os que vão prevalecer, como comungam ainda da crença romântica de que a indústria é superior aos serviços.

Nada disso faz qualquer sentido. As diferenças entre a produção e os serviços estão a esbater-se. Os governos sempre foram lentos a reconhecer o valor de projetos vencedores e revolucionários. Por isso, era bom que se concentrassem naquilo que é verdadeiramente essencial: apoiar a melhoria da qualificação da força de trabalho através de melhores escolas e estabelecer regras claras para o funcionamento de empresas de todo o tipo. Quanto ao resto, deixem isso ao critério dos revolucionários.

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publicado às 22:03


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