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Portugueses podem estar a entrar em paranoia coletiva

por franciscofonseca, em 05.09.12

O momento que a sociedade portuguesa vive é muito crítico e perigoso. Esta austeridade mais do que resolver problemas vem é criar novas vítimas. Os portugueses cada vez mais despojados ficam muito mais sensíveis, mais reativos contra o formato que a “troika” impôs ao nosso país. Este modelo de austeridade traz uma diminuição das liberdades e impõe um medo que está a trona-se um modelo de governação.

Estamos a voltar ao antigamente, no que isso tem de pejorativo, num fascismo mais refinado nas perseguições políticas, na repressão e opressão dos superiores sobre os inferiores hierárquicos, na sobrecarga dos mais desprotegidos com impostos, uma austeridade sem equidade. Existem dois blocos, uns que estão a fazer fortunas e imunes à crise e outros que estão a ser espoliados, pano a pano, os pobres desesperados, e ainda os ameaçados que são a classe média, cada vez mais a tender para a pobreza.

A sociedade portuguesa começa a ser vista como uma sociedade sem futuro, quer a nível coletivo quer a nível individual. Generalizou-se a ideia de que somos uma sociedade em empobrecimento absoluto, sem perspetivas de empregar produtivamente os seus membros ativos, nem de proporcionar pensões condignas ao seus membros em idade de reforma. Há um desespero cada vez maior e que deixa a sociedade sem energias.

Chegamos aqui porque Portugal há muitos anos deixou de planear e planear significa encontrar um caminho para as nossas atividades que seja aceite por todos e para o qual o Estado fornece instrumentos, diferenciações, estabelece metas alcançáveis e que as pessoas sabem o que devem e podem fazer.

A nossa sociedade encontra-se resignada, em desespero, em turbilhão. Os nossos governantes não estão a altura dos grandes desafios. Mas na história por vezes acontecem ruturas, mudanças bruscas, surgem novos modelos económicos. Temos de arrumar um pensamento diferente, que a população se possa exprimir de outra maneira e voltar a acreditar em todas as suas capacidades e potencialidades.

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publicado às 21:54


10 comentários

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De Rosa Maria Felix Fonseca a 06.09.2012 às 11:43

Chamam-se metas e/ou objectivos e servem para trazer significado a uma existência. Sinto este medo escondido à minha volta, mas não me quero deixar escravizar por ele. Não quero e não vou deixar! Estou a crescer, sinto pelo olfato e pela intuição que o caminho desta nação tem dois valores inalteráveis: a meritocracia e a genuinidade. Enquanto nenhum deles vier à tona continuaremos perdidos, em mar alto a injectar esforços para remar, sair do lugar, mas sem saber para onde!
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De franciscofonseca a 06.09.2012 às 12:18

Lindo! não diria melhor.
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De Cátia a 09.09.2012 às 16:17

Tudo escrito nesse post é bem verdade! Infelizmente os politicos pensam que a crise se resolve ao aplicar mais impostos, mas so piora... e se eles continuarem a aumentar impostos vai haver um dia em que o povo se vai cansar e vai haver uma revolta! Talvez será a unica maneira de nos livrarmos de politicos corruptos e de politicos que fazem a licenciatura em um ano e o mestrado em 15 dias -.-
Acho inademissivel que uma pessoa que tenha feito isso seja um politico e esteja a ganhar mt à custa dos outros, em quanto outros jovens que se esforçaram durante a faculdade e que se viram "à rasca" para paga-la, que no final de contas estejam desempregados... Eu no lugar deles estaria muito irritada!!
Infelizmente o dinheiro compra tudo! :(
So espero que um dia esta crise passe... mas a unica maneira de isso acontecer é investir no que Portugal tem de melhor, de modo a gerir riqueza, em vez de tirar o dinheiro de quem mais precisa!
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De franciscofonseca a 09.09.2012 às 21:46

Obrigado pelo comentário.
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De Alex a 09.09.2012 às 18:13

éééé meus nobres ex-colonizadores...
agora é a vez de vcs sofrerem...
Passaram séculos vivendo bem com os despojos da explorações que fizeram ao meu país (Brasil), África e Ásia e agora não dá mais...

O que fazer?
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De franciscofonseca a 09.09.2012 às 21:48

Obrigado pelo comentário. Agora vamos para o Brasil, África e Ásia trabalhar...é a vida!
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De Guido Cavalcanti a 10.09.2012 às 01:23

Incrível como alguns brasileiros ficam culpando os portugueses. Sou brasileiro e nessa hora só tenho solidariedade a vocês. Esqueçamos essa coisa de colonizador e colonizado e vejamos apenas humanos. Irmãos da raça humana na dificuldade. Conheço bem portugal e sei o povo incrível e batalhador que são. Irão com certeza passar dessa (atravessaram mares.. o que será uma crise para quem atravessou o pacífico)
Força, fé e não percam o espírito.
Parabéns pela resposta calma e pacífica que deu a esse cego. Não costumo responder post, mas sua aitude chamou atenção. parabés!
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De Alex a 10.09.2012 às 01:39

Cego nada. Não disse que os portugueses foram culpados por nada que aconteceu a nós, e sim pelos próprios problemas deles. Não tive intenção de agredir ninguém, só disse uma verdade que aconteceu durante séculos. Os portugueses atuais nada tem a ver com o que fizeram seus ancestrais e os convido a virem ao Brasil que serão bem recebidos, inclusive sou descendente deles por parte de pai.

Afinal, não foi sempre a Europa que esfregou tudo na nossa cara?
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De Cláudia a 09.09.2012 às 22:02

Temos a mania de dizer que a culpa é do Governo, mas a culpa é nossa, nós os escolhemos e eles são o reflexo do nosso povo. Nós temos que mudar para que o Governo mude, chega de jogarmos a culpa nos outros! E além disso, somos uns fracos, ficamos impávidos e serenos, façam eles o que façam...
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De franciscofonseca a 09.09.2012 às 22:06

Obrigado pelo comentário. Estou completamente de acordo.

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