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As reformas da democracia

por franciscofonseca, em 25.04.13

Hoje comemora-se o 39.º aniversário do dia da liberdade. Antes do 25 de Abril de 1974 este blog seria assinalado com o lápis azul. A todos aqueles que lutaram, à sua maneira, pela alteração do regime, por um Portugal desenvolvido, moderno e livre, aqui deixo o meu tributo. Penso que a comunidade política vigente não presta o devido reconhecimento, aos responsáveis pela instituição dos valores democráticos e de liberdade.

Muitos dos valores de Abril estão a perder-se, para uma sociedade bipolarizada, onde apenas existem os muito ricos e os muito pobres. Para os últimos, os valores democráticos e de liberdade estão completamente comprometidos. Por outro lado, desde 1974 que todos ouvimos falar em reformas. A mais falada desde sempre é a reforma do Estado. Mas muito se tem falado também nas reformas do sistema judicial, na reforma do sistema fiscal, na reforma do sistema de ensino, na reforma da segurança social e na reforma do sistema nacional de saúde.

Curiosamente, todas estas reformas têm sido adiadas pelos sucessivos governos, pois os grupos de interesses instalados e infiltrados no aparelho estatal têm travado todas e quaisquer tentativas, o que tem contribuído largamente para se ter chegado à grave situação de emergência, em que nos encontramos. Penso que é chegada a hora de começar a falar na reforma do sistema democrático.

Todas as reformas necessárias e prometidas não têm passado dos discursos e dos debates. Portugal necessita de profundas reformas com vista a alcançar níveis de desenvolvimento económico, social e político, que permitam viver numa sociedade mais próspera, democrática e livre. Mas para que isso suceda são necessários líderes sem amarras ao poder financeiro e aos interesses instalados. 

Portugal é um país cheio de história, mas somos um povo sem memória coletiva. Hoje, vivo num país sem cultura democrática, num país onde os seus jovens têm de emigrar em busca de alternativas, que satisfaça as suas aspirações e que os livre do sentimento de inutilidade. Enquanto não formos capazes de criar oportunidades para a maioria dos nossos jovens, não haverá reformas que nos valha, seremos um país com baixa autoestima, com o futuro adiado e seriamente comprometido.

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publicado às 10:29



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