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As favelas de Setúbal

por franciscofonseca, em 01.03.09

Ontem falei de insegurança pública, e hoje salta para as primeiras páginas dos jornais, a criminalidade violenta em Setúbal, que no meu ponto de vista tardam medidas, sejam elas preventivas ou repressivas, para fazer face a este estado de insegurança.

 

Portugal apresenta altos níveis de corrupção, onde a impunidade existente incentiva a percepção absurda de que o crime compensa e pode ser um caminho a ser seguido.

 

Essas duas realidades, juntas, insegurança pública e impunidade, causam um estrago descomunal na formação dos jovens, que serão os adultos de amanhã, criando um ciclo vicioso que dificilmente será interrompido.

 

Quanto antes e o mais urgentemente, a sociedade e o governo, têm de repensar esta triste realidade nacional e propor agora, para as entidades em geral, privadas ou públicas, as mudanças necessárias para inverter esta situação e alcançar a segurança das nossas famílias e, assim, poder construir uma sociedade ética, honesta e segura.

 

Vamos acreditar que será possível…

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 22:03


2 comentários

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De Zé da Burra o Alentejano a 02.03.2009 às 10:33

A criminalidade precisa de um combate implacável

Os partidos de esquerda desculpam sistematicamente a criminalidade com o a pobreza e o desemprego. Parece terem receio de uma atitude mais enérgica na luta contra o crime. Será que ficaram traumatizados desde os tempos do fascismo? Esta postura está a desorientar o seu próprio eleitorado natural: os mais pobres que são também os mais desprotegidos face à criminalidade. Assim, os partidos de esquerda têm muita responsabilidade relativamente ao crescimento da extrema direita que tem um discurso bem mais sensato sobre o combate crime. Barack Obama que prometeu ser implacável no combate ao crime e defender ao mesmo tempo os mais desfavorecidos. Não me parece que isso seja incompatível.

Há 50 anos a pobreza em Portugal não era menor que hoje e a criminalidade violenta era praticamente inexistente. Se mais pobreza implicasse mais criminalidade, então não teria sido assim. As estatísticas nem reflectem a nossa realidade porque muitas vítimas já nem se queixam porque sabem que os criminosos são rapidamente postos em liberdade, mesmo quando são capturados, e depois ficam sujeitos a represálias. Pela mesma razão vítimas e testemunhas escondem a face quando são entrevistadas pela televisão.

Já há algum tempo um Mayor de Nova Iorque decidiu que não se deveria menosprezar a pequena criminalidade nem os pequenos delitos, porque a sensação de impunidade se instala nos jovens delinquentes, estes vão facilmente progredindo para infracções cada vez mais graves até que a situação se torna incontrolável. Implementou então a célebre "Tolerância Zero" que, como se sabe, deu óptimos resultados, reduzindo num só ano a criminalidade em Nova Iorque em cerca de metade.

A actual política portuguesa de manter na rua os criminosos, mesmo depois de várias reincidências, faz (como dizia o Mayor ) crescer a sensação de impunidade: o criminoso continua com as suas actividades criminais, vai subindo o nível dos seus delitos e serve de exemplo para que outros delinquentes mais jovens sigam o mesmo caminho.

Esta política errada está a atrair ao nosso país a criminalidade europeia (e não só), que se apercebe dos nossos cada vez mais "brandos costumes", daí a não ser estranho que quase metade dos condenados sejam estrangeiros.

Dificultar a obtenção de uma licença de porte de arma não tem qualquer efeito sobre os criminosos violentos. Quem acredita que eles tiram uma licença de porte de arma e a compram num armeiro legal? Não! Compram-na nos mercados do submundo do crime e muitas delas são até superiores às das polícias. O tempo em que os delinquentes faziam sobretudo uso de armas furtadas já lá vai, por isso dificultar a obtenção de uma arma legal serve para o criminoso se sentir mais seguro e impede a autodefesa da vítima, que pode sentir arrombarem-lhe a porta e nada poder fazer porque não tem com que se defenda. Há um ditado americano que diz: "mais vale ter uma arma e nunca precisar dela do precisar de uma e não a ter".

Enquanto isto acontece os nossos políticos vão desviando a atenção dos portugueses da realidade criminal do país: ora falando da "Violência Doméstica"; ora do número de detidos por "Excesso de Álcool relativamente ao permitido por lei"; ora da "Violência contra as crianças"; ora do problema da "Pedofilia"...


Zé da Burra o Alentejano
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De franciscofonseca a 02.03.2009 às 13:53

Muito obrigado pelo comentário, concordo planamente, tenho esperança na mobilização da sociedade Portuguesa no sentido de encontrar formas de combater este estado de coisas.

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