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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Os responsáveis pelas principais instituições europeias têm proferido algumas declarações interessantes, no que diz respeito ao caminho a seguir pela Europa. Chegou a hora da verdade, a hora de encontrar uma união económica mais profunda, a hora de formar uma união política efetiva, ou por outro lado abandonar o sonho europeu para a Velha Europa.
Jean Monnet, o arquiteto do projeto europeu, afirmava em meados do século passado, que os países da Europa eram demasiado pequenos para assegurar aos seus povos a prosperidade e os avanços sociais indispensáveis. No início deste século acreditava-se numa Europa próspera, onde os cidadãos europeus não passariam por sacrifícios, nem por austeridade.
Hoje esse projeto está virado “de pernas para o ar”. A governança europeia é determinada através de meios e não de objetivos, os mercados ditam o que fazer aos políticos e estes vão ficando cada vez mais despidos politicamente. Tal como a própria Europa e os seus cidadãos. Senão vejamos, o trabalho precário e a erosão da proteção social em várias áreas, como a saúde e a educação, começa a ser uma realidade generalizada. Os sacrifícios estão a ser redistribuídos de forma desigual.
O problema das dívidas soberanas não para de aumentar, a verdade é que a crise financeira e o espectro da dívida estão a ser politicamente instrumentalizados e utilizados para legitimar a destruição de direitos sociais e democráticos. A crise está a ser encarada como uma oportunidade para quebrar resistências coletivas, acabar com o estado social europeu, em prol dos mercados financeiros. Martin Schulz, Presidente do Parlamento Europeu afirmou recentemente que "Pedem sacrifícios, mas para salvar os bancos".
A história da Europa diz-nos que a força da Europa sempre residiu na sua diversidade e não num pacote de nacionalismos. Sempre que algum poder centralizador negou esta realidade, impondo a sua própria noção de “união”, o resultado foi catastrófico. Desta vez e até agora, a catástrofe é só económica e social. Está na hora de rumar por um caminho diferente, mas desde que as regras não sejam ditadas somente por Berlim.
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