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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em 2009 existiam cerca de 2 milhões de portugueses a viver na pobreza, número que aumentou muito significativamente, em Julho deste ano, para 2,5 milhões.
Portugal é o nono país mais pobre dos 27 da EU. Com o acordo alcançado para a aprovação do Orçamento de Estado vai haver cortes salariais, no abono de família, aumento do IRS, aumento do IVA, entre muitas outras medidas de austeridade. Tudo isto, não me restam dúvidas, vai afectar ainda mais as famílias portuguesas, principalmente aquelas que menos rendimentos dispõem para o seu orçamento familiar.
Com este cenário, resta-nos subir no ranking de pobreza entre os países da EU. Todos dizemos que a culpa deste estado de coisas é dos políticos, pois são fracos e incompetentes, mas a culpa é nossa, pois somos nós que os elegemos através do voto democrático, sendo muito interessante que ninguém com reconhecidas capacidades queira ir para o lugar deles.
Francisco Fonseca
Todos sentimos raiva, ansiedade e incerteza quanto ao nosso futuro. Este é o sinal inequívoco de que estamos a aceitar esta situação de crise.
Por outro lado, já todos interiorizamos que é melhor um mau orçamento, do que não virmos a ter nenhum. Os mercados financeiros assim o exigem e porque não queremos a intervenção de terceiros no nosso país.
A meu ver, ninguém com responsabilidades tem a noção, da realidade, da forma como este choque vai provocar danos na sociedade portuguesa.
Portugal é uma sociedade que mistura uma completa apatia com um desespero terrível e este cocktail, espero que venha a ter efeitos imprevisíveis em todos os cidadãos.
Estamos a viver uma miopia colectiva do desastre, onde todas as pessoas assumem que provavelmente nada disto está a acontecer e não vale a pena a ter preocupação, nem imagina a possibilidade que este desastre possa acontecer.
Francisco Fonseca
Hoje Portugal aparece como um dos países mais corruptos da Europa. Que razões haverá para que à corrupção tenha aumentado em Portugal?
Em minha opinião, o primeiro factor prende-se com o legislador, ou seja, as leis são herméticas e ninguém as entende, são feitas sem o conhecimento da realidade, simplesmente suportadas pela verborreia do legislador.
Por outro lado, a justiça é demorada devido ao grande volume de produção legislativa e às constantes alterações, que acontecem no panorama jurídico nacional.
Mas, hoje estamos perante um tsunami financeiro, as nossas vidas pessoais estão absolutamente fora do nosso controlo e as nossas expectativas completamente defraudadas.
O nosso país é um bom exemplo de deixar para depois o que não nos afecta hoje, mas esse tempo acabou, teremos de acordar, de fazer qualquer coisa, pois caso contrário as nossas vidas serão consumidas por esta armadilha, em que os europeus estão a cair incrédulos.
Estamos a viver tempos em que todas as nossas expectativas estão a ser abruptamente despedaçadas e, o pior é que sem qualquer reacção da nossa parte.
Mais uma vez digo e reafirmo, está na hora de arrepiarmos caminho urgentemente!
Francisco Fonseca
A sociedade francesa está viva, manifesta-se, reage, luta contra as políticas prometidas pelo poder político.
A sociedade portuguesa vem sendo afectada, por várias políticas de austeridade e com promessas de mais impostos, menos salários, tudo em prol do sistema financeiro internacional, sem esboçar qualquer reacção.
Como disse o ministro das finanças hoje, se não ganharmos a confiança do sistema financeiro, Portugal fica sem financiamento e segundo ele isso seria desastroso! Será? Eu acho que isso seria óptimo, pois todos passaríamos a viver com os rendimentos que produzimos. Caso contrário, este ciclo ruinoso do endividamento das gerações futuras, isso sim, será o desastre da Nação.
Portugal comemorou 100 anos de república, mas a sociedade continua a viver de valores e princípios monárquicos. Vejamos a importância que é dada a algumas famílias da nossa sociedade, ao comportamento dos nossos políticos, a forma como a comunicação social aborda o quotidiano, a ostentação evidenciada pelos quadros superiores da administração pública, desde políticos, gestores públicos, directores de serviços, comandantes militares e policiais. Muitos destes passeiam-se todos os dias em viaturas de luxo, à custa dos nossos impostos, quando podiam muito bem, deslocarem-se nas suas próprias viaturas, conforme fazem a maior parte dos contribuintes. Este bacoquismo provinciano está muito enraizado na sociedade portuguesa.
Por outro lado, o amorfismo instalado na colectividade contribui para que as grandes rupturas, necessárias na cultura vivencial portuguesa fiquem adiadas indefinidamente.
Francisco Fonseca
A 100 anos (Hilferding, 1910) dizia que o “capital financeiro é o capital que se encontra à disposição dos bancos e que os industriais utilizam".
O crescimento do sistema financeiro é uma das principais consequências da globalização.
Por outro lado, a acumulação de capital financeiro tem-se mostrado cada vez mais forte, sem que, os governantes dos principais países nada consigam fazer.
Todos somos testemunhas, de como o sistema financeiro através da especulação conseguiu fabricar uma crise, aproveitando a desregulamentação dos mercados financeiros, devido à inércia dos governantes mundiais.
Um dos principais elementos definidores, do sistema financeiro contemporâneo é o papel central dos EUA e o predomínio do capital financeiro na economia e políticas mundiais.
Posto isto, será que as mais altas instâncias europeias estão infiltradas pelos serviços secretos norte americanos? Será que toda está gente está a viver numa outra dimensão? Como é possível, ouvir ilustres políticos, todos os dias, anunciarem mais medidas de austeridade, para conseguir a confiança de quem nos colocou em crise e nos mantém refém dela, ou seja, o sistema financeiro, os mercados financeiros.
Será que ninguém consegue vislumbrar, entre os iluminados das nossas praças, de que a fragmentação da zona euro é um dos objectivos imediatos de quem controla o sistema financeiro. O Dólar não pode deixar de ser a moeda dominante, em todos os mercados financeiros. O euro começou a ameaçar essa realidade.
O reforço mútuo, entre o predomínio do capital financeiro e o poder americano mostra-se cada vez mais como uma realidade, do presente e do futuro.
Já escrevi que esta crise foi fabricada, foi montada e, os sinais começam a estar bem à vista. É verdade, Portugal é um país falhado economicamente, mas isso não é de agora, já lá vai muito tempo. Acho que chegou o tempo de todos os ilustres economistas, políticos, fiscalistas, entre outros, deixarem os comentários fáceis nos media e passem a dar o corpo ao manifesto, isto é, arregacem as mangas!
Francisco Fonseca
Este ano as vindimas no Douro foram recheadas de animação e os mostos prometem excelentes néctares para o próximo ano.
Vou partilhar aqui alguns momentos passados nas vindimas de 2010, na Quinta da Trigueira com mais de 100 anos de existência, que este ano produziu 12.500 litros de excelentes vinhos.
Esta videira é um bom exemplar da requintada casta Touriga Nacional, que este ano teve uma boa maturação e desenvolvimento quer em quantidade e qualidade.
Nesta foto quero prestar a minha mais sincera homenagem ao meu querido Pai de 86 anos, que aparece nesta foto em primeiro lugar, o principal responsável pela transmissão da cultura de produção de vinho do Porto e Douro.
A pisa a pé é muito importante na aromatização, textura e coloração do tradicional vinho do Douro, nesta Quinta este passo é muito rigoroso.
Eu e o meu Mano tirando os últimos líquidos desta produção. Trabalho de muita paciência e precisão.
O novo néctar vai ficar nestas cuvas de fermentação a repousar até Janeiro, altura em que vai estagiar em barris de Carvalho Francês, nesta mesma Adega.
Nestes barris está a evoluir a produção de vinho do Porto de 2010. A Quinta Trigueira prepara-se para dar mais uns belos momentos de prazer aos seus clientes de eleição.
Francisco Fonseca
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