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Austeridade reduz a liberdade

por franciscofonseca, em 27.11.12

Hoje, os poderes económicos e financeiros vergam os governos, ao seu belo prazer e através destes adotam e implementam as políticas que mais lhes convém. Mais, existe uma profunda promiscuidade entre o poder político e o poder económico e financeiro. É colossal o tráfico de influências que existe na maior parte dos governos europeus, em particular no caso português.

A política de austeridade adotada na maior parte dos países está a matar a economia, a sociedade e pode matar a democracia. Não pode haver democracia quando se tira tudo ao povo, quando o povo é alvo de um brutal saque fiscal, em nome de despesas inúteis, que o governo não consegue controlar e por termo, devido aos interesses instalados, que infiltram e ocupam o Estado. São estes interesses económicos e financeiros, representados por analfabetos éticos que têm semeado, com impunidade, a ruína pelo mundo.

Quando um país tira a capacidade aos seus cidadãos de poderem educar-se, acaba por tirar também a capacidade de saber eleger e, isto é uma enorme perda de liberdade. De nada vale falar de todas as outras liberdades, de expressão, religiosa, de reunião, quando o ensino e o acesso à cultura passam a depender maioritariamente do poder económico. Esta crise económica traz consigo uma enorme perda de liberdade, que muitos anos demorou a conquistar.

A generalização da pobreza diminui em grande parte o poder de decisão das pessoas. Quando o acesso ao conhecimento e a cultura são restringidos e deixa de ser igual para todos, boa parte da liberdade de uma sociedade perder-se. Estamos a assistir, quem sabe, a um novo totalitarismo, como os que aconteceram no século passado, mas agora de matriz económica. Isto arruína a esperança e a confiança de qualquer povo. É assim, conforme a história tem demonstrado, que nascem os movimentos radicais e extremistas.

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publicado às 21:42

A tendência está demonstrada cientificamente, todos nós mentimos ou criamos fantasias de qualquer forma, mas os homens e mulheres de negócios mentem mais que a maioria das pessoas. A desonestidade tem natureza paradoxal, isto é, mentimos para nos beneficiarmos e, ainda assim, mantemos uma imagem positiva de nós mesmos. Acabamos por achar que algumas mentiras são inofensivas e em certos casos necessárias.

Grande parte das pessoas tem propensão para mentir porque, apesar de quererem aparentar serem honestas, gostam de tirar partido das pequenas vantagens que advêm das mentiras que normalmente ressaltam qualidades, por forma a encobrirem defeitos.

Os Valores de uma sociedade são determinantes na nossa maneira de pensar, e daí no agir e no obter de resultados. Sem mudar as nossas crenças não vamos ter outros resultados. Quem apregoa o contrário sofre de insanidade e precisa de ajuda médica especializada, a patologia da mentira resulta das crenças e dos valores com que somos educados.

Mas hoje vivemos num mundo digital, mais cedo ou mais tarde, a verdade vem à tona, seja devido as redes sociais, seja por causa dos smartphones, seja ainda devido ao Google, apagar os vestígios de uma mentira torna-se cada vez mais difícil. Muitas têm sido as figuras de relevo a nível mundial, que tem sido apanhas em mentiras devido à internet.

As empresas tendem a criar códigos de honra, adotar mais mecanismos de supervisão, incentivos adequados e penalizações corretas, mas o paradoxo mantem-se, ou seja, muitas vezes para inovar é preciso quebrar regras e isso pode ser visto como uma fraude. Em conclusão, podemos dizer que na era do conhecimento e da inovação, a mentira e as artimanhas provavelmente continuarão a existir e a perdurar, nomeadamente nos cargos de alta gerência.

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publicado às 16:42

Analfabetismo funcional é o maior défice de Portugal

por franciscofonseca, em 20.11.12

O sistema educativo em Portugal tem sido alvo de muitas reflexões e estudos, mas nenhum governo conseguiu fazer ainda a reforma necessária e urgente. O sistema de ensino tem sofrido alguns remendos, mas ainda muito longe do objetivo norteador principal, isto é, preparar os jovens para o mundo real. O sistema está mal arquitetado, falha por não garantir formação em áreas críticas para o sucesso pessoal, que logicamente induzem posteriormente sucesso coletivo.

A vivência no mundo global atual é carregada de incertezas, as verdades inalteráveis são postas em causa diariamente. Assim disciplinas que incorporem fortes componentes de disciplina, ética, cidadania e justiça são fundamentais para tornar uma sociedade desenvolvida em termos de valores e de coesão cultural.

A sociedade portuguesa apresenta um analfabetismo funcional enorme, que acaba por afetar o processo democrático, principalmente na hora da escolha dos órgãos representativos. Portugal tem um grande défice nesta vertente, muito maior até que o défice económico, que acaba por ser consequência do primeiro. O sistema educativo tem de prevenir esta iliteracia para construirmos uma sociedade mais avançada.

Os nossos jovens têm de ser ensinados a pensar de forma crítica, responsável e ética no seu comportamento diário em todas as áreas sociais. A escola portuguesa tem de revolucionar-se internamente através de um sistema de crenças e valores disciplinadores de responsabilização, com enfoque principal nas atitudes e comportamentos, que melhor sirvam o progresso do país em termos sociais e económicos.

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publicado às 19:49

O coletivismo vai empurrar Portugal para o abismo

por franciscofonseca, em 18.11.12

Existe uma velha máxima que diz: quem sabe fazer, faz; quem não sabe, começa a tentar explicar porque é que não se pode fazer. É nesta lógica que os governantes atuam perante os graves problemas que o país tem de enfrentar. Existe uma boa definição para “Insanidade: continuar a fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes” (Albert Einstein).

A realidade vivenciada por cada um de nós é resultado último daquilo em que acreditamos e de como consequentemente nos comportamos, ou seja, a nossa situação é resultado daquilo que coletivamente acreditamos. Portugal com uma cultura latina é uma nação sem memória coletiva e assim sendo a desresponsabilização é completamente aceitável na nossa sociedade. O Estado português é o campeão da desresponsabilização.

Vejamos o que o Estado português está a fazer com o aumento colossal da carga fiscal, está a punir de forma generalizada todos, seja-se ou não culpado da situação deficitária, está a desresponsabilizar quem originou esses problemas. Isto só vem favorecer os chicos espertos, que tiveram comportamentos impróprios e que agora se aproveitam da confusão geral, para contribuir com menos do que devem para resolver o problema.

Não nos podemos esquecer que não se fazem os pobres ricos fazendo os ricos pobres. A igualdade promove-se com o mesmo nível do acesso a oportunidades, e responsabilizando cada um pelas escolhas e opções que toma face a essas oportunidades. Assim, não com este aumento brutal da carga fiscal que se resolvem os problemas coletivos de Portugal; isso apenas serve para diminuir a capacidade de consumo e rebaixar o nível de vida de uma população inteira.

A correção do défice económico não origina uma correção no défice de atitude e de responsabilização. Quem originou esta divida nunca será responsabilizado e o Estado e os governos não estão interessados em resolver os problemas a montante, isto é, nas estruturas que originaram as dívidas. Normalmente é mais fácil punir quem ganha, quem poupa e quem investe, do que assumir as responsabilidades e culpabilizar quem esbanja.

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publicado às 22:57

O elefante Chinês acordou e está a levantar-se

por franciscofonseca, em 11.11.12

O 18.º congresso do Partido Comunista Chinês está a decorrer e Xi Jinping, o atual vice-presidente, deverá substituir o presidente Hu Jintao na chefia do PCC, iniciando a ascensão ao poder de uma nova geração de líderes. Mas ninguém no mundo sabe e saberá o que se passará na China num futuro próximo. A única coisa que sabemos é que o elefante acordou e ao levantar-se muita loiça vai partir.

O verdadeiro poder na China está no Partido Comunista, com cerca de 82,6 milhões de militantes, enquadrados em 3,3 milhões de organizações e estruturas. O PCC quando se desintegrou a União Soviética, compreendeu que para sobreviver teria de se adaptar aos novos tempos. Foi uma transformação brutal, mas astuta, inspirada no exemplo dos mandarins, os funcionários públicos de alto nível que sustentavam o poder imperial na milenar história chinesa.

Economicamente a China é um colosso mundial principalmente devido às exportações. Por outro lado a agressividade comercial dos seus cidadãos é única. Mas, mais do que tudo, a China planeia a longo prazo. Faz no tempo aquilo que a maioria dos países do ocidente já quase não faz no instante.

O futuro líder chinês é um homem conectado com o mundo e superambicioso. A irmã vive no Canadá, o irmão reside em Hong Kong, a ex-mulher está em Londres, a filha estuda na Universidade de Harvard, nos EUA, e ele visitou mais de 50 países, oficialmente, nos últimos anos.

O gigante asiático converteu-se no principal exportador e importador do planeta, na nação com maiores reservas em nível mundial e está prestes a ultrapassar os EUA como o maior mercado interno global. A nova liderança chinesa deve acelerar algumas dessas mudanças. A grande questão que aqui se coloca é saber se os Estados Unidos irão aproveitar a boleia da economia chinesa, ou vão querer manter a hegemonia económica e militar que os carateriza atualmente. Na minha opinião os EUA tudo farão para se manterem hegemónicos. Se assim for muita loiça se vai partir.

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publicado às 15:42

Irão abate avião não tripulado dos EUA

por franciscofonseca, em 09.11.12

Dois caças das forças armadas iranianas abateram um avião não tripulado "drone" dos Estados Unidos, no seu espaço aéreo. Trata-se de um aparelho norte-americano RQ-170, que foi abatido no Leste do Irão, próximo da fronteira com o Paquistão e o Afeganistão, estando agora na posse de tropas iranianas. O Pentágono manteve segredo deste episódio para não perturbar as eleições nos EUA.

No jogo estratégico da guerra tecnológica, os Estados Unidos recorrem frequentemente a aviões não tripulados para atacar insurgentes no Iraque, no Afeganistão, assim como em outros países da região. Nesta quinta-feira sete alegados membros da Al Qaeda foram mortos num ataque aéreo lançado por um drone americano na cidade de Jaar, no sul do Iémen.

Este aparelho, segundo o New York Times fazia parte de uma das missões mais secretas conduzidas pelos Estados Unidos para recolher informação sobre o Irão. O aparelho norte-americano não estava armado e cumpria uma missão de observação, sendo esta resposta iraniana inédita. A sua descoberta, deitou por terra a missão e está a provocar muita tensão nas chefias militares do Irão e a embaraçar os estrategas do Pentágono em Washington.

Este episódio é mais um incidente no relacionamento muito tenso entre Teerão e o ocidente. A explosão ocorrida numa base militar do país, no dia 12 de Novembro, tem alimentado muita especulação. Os Guardas da Revolução dizem que se tratou de um acidente, mas nos corredores políticos fala-se de possível ataque externo vindo do ocidente.

Esta nova escalada de tensão começou com o último relatório da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) que levanta fortes suspeitas sobre as intenções militares do programa nuclear iraniano. Israel diz que tem míssil capaz de atingir e destruir instalações nucleares iranianas. Em resposta, Teerão ameaçou com uma resposta esmagadora no caso de um eventual ataque de Israel. Espero que o bom senso impere, pois um ataque levaria a mais conflitos e a perda de muitas vidas humanas.

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publicado às 19:55

Barack Obama vence Mitt Rommey com estreita vantagem e vai governar um país polarizado, cujas divisões foram exacerbadas por uma campanha eleitoral muito agressiva. Estas divisões resultaram da recessão econômica, da desigualdade crescente, das mudanças demográficas e da competitividade ameaçada.

Por outro lado, os republicanos continuaram no controle da Câmara dos Deputados, enquanto os democratas, de Obama, estão no comando do Senado, mas existirão concerteza políticos menos moderados dos dois partidos na sua composição. Essa é a receita para mais paralisia e confrontos sobre impostos e gastos durante o segundo mandato de Obama. Alcançar o consenso mesmo na legislação mais rotineira será difícil. Não haverá muita boa-vontade no Capitólio e as  linhas partidárias serão reforçadas depois desta eleição.

A acrescentar a estas dificuldades existem outras realidades sombrias. Os EUA apresentam quebras na receita fiscal, deficits cada vez mais elevados, serviços públicos mal financiados, e uma infraestrutura nacional em decadência. Atualmente os EUA têm níveis insustentáveis de dívida, desequilíbrios fiscais gigantescos e políticas públicas irresponsáveis promovidas por setores de interesses especiais, como os do armamento e do sistema financeiro.

Muito cuidado, não devemos subestimar a capacidade dos EUA em renovar as suas energias e reverter a deterioração. Este país possui ímpares e enormes trunfos: dimensões continentais, recursos naturais vastíssimos (incluindo petróleo e gás e abundante produtividade agrícola), e uma população numerosa e largamente instruída, além de continuar a ser a maior economia do mundo.

Além disso, a sociedade é relativamente aberta e seu sistema educacional absorve talentos oriundos de todo o mundo; continua a ter das melhores universidades de pesquisas do mundo, com uma capacidade extraordinária, em termos de inovação tecnológica, que se baseia na cooperação singular entre empresas, universidades e governo. O grande desafio de Obama é fazer com que os EUA consigam capitalizar sobre estes valiosos trunfos, devolver o dinamismo à economia e levar a moderação e a cooperação pragmática de volta às políticas públicas do país.

Na grande estratégia dos EUA, a Europa deixa de ser uma prioridade, os americanos não estão interessados em discutir a crise europeia e as suas consequências. As preocupações dos americanos focam-se na Ásia e Pacífico. A China, o elefante que se está a levantar, o Médio Oriente e o Norte de África, por questões de Segurança. A ver vamos se para os Estados Unidos da América, o melhor ainda está para vir.

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publicado às 18:46

A senhora Merkel afirmou que a Europa tem de aguentar mais 5 anos de austeridade. A Alemanha está no centro do grande desequilíbrio existente na zona euro, tendo na última década consolidado uma situação superavitária, devido principalmente às exportações para a China, países emergentes e do Leste, enquanto os países periféricos acumularam uma situação deficitária.

Começo a acreditar na teoria da conspiração. A Alemanha irá conseguir vergar os governos dos países europeus através do poder económico. Grande parte das dívidas soberanas dos países periféricos tem como principal credor a Alemanha. A Alemanha na última década exportou capital massivamente, para países como Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha e Itália.

Se a austeridade continuar por mais 5 anos na Europa imposta pela Alemanha, os riscos vão ser alarmantes. A classe média estará condenada ao desaparecimento, a emigração de jovens será massiva, o colapso das redes formais de proteção social será inevitável e as pessoas apenas lutarão pela sua própria sobrevivência.

Como é que a Europa conseguirá suportar os custos económicos e socias devastadores, causados pela desigualdade de rendimentos crescente, consequência das medidas de consolidação fiscal e de austeridade. Vejamos o exemplo, os rendimentos dos pobres portugueses foram ainda mais diminuídos, como o aumento da carga fiscal, das reduções de salários, dos cortes nas pensões e demais benefícios sociais.

Em muitos países da Europa, os preços dos bens de primeira necessidade estão aumentar, assim como o desemprego, assiste-se a erosão das condições de trabalho, ao aumento do sentimento de insegurança e da violência. Estamos numa era em que o neoliberalismo pretende aliviar os custos humanos. A Europa vive tempos de empobrecimento global, que poderá potenciar o aumento dos níveis de intolerância, racismo e xenofobia. Os anos que antecederam a 2.ª Guerra Mundial tiveram uma história muito semelhante.

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publicado às 16:01

Refundação e reformas do Estado com autismo

por franciscofonseca, em 02.11.12

O Governo português recorreu ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial, para arquitetarem as principais reformas do Estado, no sentido de cortar pelo menos 5 mil milhões de euros do lado da despesa. Os governantes deste país andam distraídos e longe da realidade económica e social em que vivemos.

Uns dos principais problemas dos políticos é que não conseguem ser tão eficazes eficientes quanto gostariam. Este problema reside no facto de continuarem a utilizar os seus mundos mentais internos e subjetivos para tentar lidar com toda a panóplia de informação e exigências a que o mundo atual obriga. O que acaba por resultar num pensamento confuso, distraído e desorganizado e dá azo a preocupantes níveis de stress, frustração e destruição do autocontrolo.

Normalmente, metade do dia dos políticos é dedicado a tomar um sem número de decisões, a verdade é que a força de vontade para enfrentar a outra metade diminui drasticamente. Isto conduz a um estado de ansiedade destruidor, pois fica sempre algo mais importante por tratar.

A máquina governativa sente-se esmagada e com todas as mudanças que se estão a dar, tudo piora. As horas são insuficientes para resolver todos os problemas. As responsabilidades governativas exigem criatividade e pensamento estratégico, mas não conseguem lá chegar. São tantas as reuniões agendadas, que não conseguem realizar trabalho na realidade, devido às urgências diárias e constantes.

Assim, o governo português sente que não está a dar importância devida ao que é mais importante e não admite que não consegue continuar assim, por isso chamou as instâncias internacionais, Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial, para fazer o trabalho de casa, que os governos portugueses já a muito deveriam ter feito. Entendo que o governo não se sinta bem relativamente ao que não consegue fazer, mas vai ser feito com muito autismo.

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publicado às 13:31


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