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Vemos cada vez mais políticos, dirigentes de instituições nacionais e internacionais a utilizarem a retorica de que é possível ter duas realidades conflituantes, ou seja, um Estado de bem-estar e a uma economia de capital intensivo. Mas, as políticas que estão a ser implementadas nos países mais desenvolvidos e industrializados são completamente contrárias. Assim, a tendência presente é para termos Estados de mal-estar e economias de capital intensivo.

No contexto nacional e europeu dominado por constrangimentos de diversa natureza, mas principalmente de ordem financeira e económica, é feito o apelo à excelência de atuação das autoridades públicas para implementarem políticas públicas em prol da igualdade, justiça social e redução da pobreza através da introdução de critérios sociais no apoio as pessoas mais desfavorecidas. Na realidade o que se tem visto é um agravamento generalizado de pobreza.

Na minha opinião, tudo isto não passa de operações de cosmética, que passam por atirar areia para os olhos dos cidadãos. A realidade é bem mais dura, pois a pobreza emergente, o trabalho precário, o aumento do desemprego, o esgotamento de recursos naturais causado pela pressão industrial induzida pelo consumo desenfreado, a destruição da biodiversidade ou as alterações climáticas são fatores que dominam a nossa realidade.

Todos aqueles que defendem que é possível reverter esta tendência através de práticas de produção industrial e consumo mais sustentáveis, aliadas à utilização racional dos recursos, vivem numa realidade virtual distante do mundo real. Por outro lado, a história tem sofrido ruturas violentas que interrompem os ciclos. Poderemos estar próximos duma dessas ruturas pois os povos começam a tomar consciência que as suas poupanças são usadas pelos gigantes financeiros, para a especulação e servir os interesses dos banqueiros e da economia de capital intensivo. Vale a pena lutar porque um futuro melhor pode começar hoje.

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publicado às 21:50

Os líderes europeus acreditam no conto de fadas

por franciscofonseca, em 11.06.13

A doença da economia da zona euro continua a ser o encolhimento do PIB. O pior é que a doença está a espalhar-se para além dos países do sul da Europa. Apesar dos cortes brutais na despesa pública, os défices dos governos são persistentes e continuam elevados. As dívidas pública, das famílias e das empresas continuam excessivas de uma forma generalizada. As empresas estão a sofrer um bloqueio violento ao crédito, apesar das taxas de juro permanecerem muito baixas.

Todos estes fatores potenciam um enorme sofrimento aos cidadãos no presente e corroem as perspetivas de futuro. A zona euro, segundo os políticos europeus, não está a beira do colapso, mas a sua letargia arrepiante não é sinal de convalescença, mas sim de decadência. Os líderes europeus têm de ser sacudidos, abanados para saírem da sonolência, para agirem e enfrentarem os problemas que trouxeram a zona euro à estagnação e poderão levar a sua dissolução.

A américa recuperou mais depressa que a Europa não só porque foi menos austera, mas também porque sanou rapidamente os problemas da sua banca, para que esta estivesse em melhores condições de conceder crédito á sua economia. Os bancos europeus necessitam de financiamento a qualquer custo, mas os fantasmas do passado ainda pairam no ar, relativamente à desconfiança em relação à especulação financeira e principalmente bancaria.

A representatividade política europeia está em crise, pois, os eleitores sentem-se cada vez mais ressentidos e revoltados tanto com os seus próprios políticos como com a própria União Europeia. Por um lado, defendem que a zona euro se mantenha unida, por outro, são contra as reformas complexas que estão em curso. Aqui está a principal receita para a inação dos políticos europeus.

As grandes decisões para a reforma da zona euro esperam pelas eleições alemãs. Mas a relutância germânica em relação ao euro é cada vez mais profunda. E o relacionamento franco-germânico, que sempre foi crucial para a evolução da Europa, está bloqueado. Se depois das eleições alemãs a zona euro tropeçar, o custo será gigantesco, quer em desilusões, comunidades arruinadas e vidas e gerações desperdiçadas. Enquanto a estagnação e a recessão pairarem sobre a democracia, a zona euro arrisca-se a uma rejeição popular fatal. Acordar para a realidade é extremamente urgente.

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publicado às 22:56

Os números do desemprego são alarmantes. Quase 200 milhões de desempregados e 75 milhões de jovens inativos. As desigualdades aumentam nas economias desenvolvidas, sendo os salários dos presidentes das grandes empresas cotadas nos EUA, 500 vezes superiores aos do trabalhador norte-americano médio. Estas tendências globais vão acabar numa grande tragédia humana.

A classe média está cada vez mais definhada devido à divergência entre os salários mais elevados e os mais baixos, contribuindo para o agravamento da desigualdade social. Passados quatro anos da crise global, os desequilíbrios no mercado laboral são agora estruturais e muito mais difíceis de combater. Por exemplo, os desempregados de longa duração estão a ser empurrados para a exclusão do mercado do trabalho. Assinalar que o emprego está a tornar-se cada vez mais instável e precário.

Esta tragédia humana que os trabalhadores estão a enfrentar, principalmente na Europa, afeta a capacidade produtiva dos países e a perda de competências. A Europa está presa na armadilha da austeridade, concentrada apenas no corte a todo o custo dos défices orçamentais e sem qualquer estratégia para a criação e melhoria do emprego. Os países que seguiram à risca a receita da austeridade e da flexibilização laboral apresentam um crescimento económico negativo e uma deterioração das suas economias.

A urgência urgente passa por redefinir a política macroeconómica europeia. Depois as instituições europeias, os seus dirigentes e os políticos míopes em geral terão de realinhar as políticas no sentido do aumento da produtividade, restaurar as condições de crédito para as empresas, diminuir a carga fiscal para as empresas que enfatizem o investimento e a criação de emprego e por fim, os governos têm de fazer investimento público no sentido de reduzir a pobreza, a desigualdade de rendimentos e estimular a procura agregada. Só desta forma será possível evitar mais uma grande tragédia humana, em palco europeu.

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publicado às 22:31


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