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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
A banca continua com os mesmos vícios que levaram à maior crise financeira desde a Grande Depressão. Poucas lições foram aprendidas e os lucros, os bónus, estão de volta para encher os bolsos dos banqueiros, sem que a comunidade internacional tome qualquer iniciativa, no sentido de reconstruir o edifício financeiro.
O que mudou com a crise financeira? Que erros foram corrigidos? Poderá haver uma nova crise? Os banqueiros vão continuar a colocar o lucro acima de tudo o resto? Que regulamentações foram implementadas? As agências de rating mudaram de estratégia? Porquê os bancos não podem falir como a maioria das empresas?
Muitas mais perguntas poderiam ser feitas. Mas o que mais interessa é encontrar as respostas. A meu ver, pouco ou nada mudou nas principais instituições financeiras. Mais, os modelos económicos contemporâneos não compreenderem o papel e o funcionamento dos mercados financeiros, nem a instabilidade das economias capitalistas.
Os Estados continuam a resgatar os vampiros, que continuam a destruir a economia, em vez de cravar-lhes uma estaca no coração. Estes vampiros sabem que serão sempre salvos pelos seus governos, assim, continuam-se a envolver em atividades arriscadas e pouco claras.
Ao longo de 14 trimestres seguidos, os lucros da banca têm vindo a aumentar consecutivamente. Enquanto os transgressores não forem punidos, enquanto a ganância continuar a sobrepor-se à ética e enquanto não se proceder a uma alteração profunda em termos culturais, não serão as normas ou as leis que evitarão uma nova e severa crise. Não creio que os banqueiros prevaricadores tenham sofrido alguma operação ao cérbero.
Desde que a crise do euro estalou nos finais de 2009, a mulher mais poderosa do mundo, tem sofrido ataques de vários quadrantes. Merkel tem sido apologista de uma medicina inutilmente austera, que trouxe níveis de recessão ao continente europeu desnecessários e com resultados brutais na vida dos cidadãos e das empresas. O fracasso da criação de uma união bancária na zona euro deve-se a senhora Merkel.
Em termos políticos são poucos os que se conseguem igualar a Merkel em termos de popularidade e confiança. Por exemplo, Obama e David Cameron têm tido altos e baixos, enquanto François Hollande nem sequer ainda conseguiu levantar voo. Se olharmos friamente, o dedo de Merkel esteve presente na continuidade da Grécia no euro, no pagamento dos resgates pelos países do norte, nas reformas estruturais em Espanha e Portugal e na varredela de políticos como o italiano Silvio Berlusconi.
Durante a campanha Merkel raramente se referiu as questões domésticas, à Europa ou às políticas externas. A tónica foi falar sobre confiança, de que a Alemanha está a prosperar, o desemprego a diminuir e que esta não é a altura para grandes mudanças.
As últimas sondagens sugerem 40% de votos para o seu partido, sinal inequívoco que a mensagem funcionou. Merkel é, de longe, mais popular que o seu principal opositor, Peer Steinbrück. O que fará Merkel com esta mais que certa sua terceira reeleição? O seu instinto reformador tanto para o seu próprio país, como para o exterior, vai tornar as economias europeias mais competitivas.
Mas os europeus que se preparem, pois a chanceler pretende construir uma união financeira mais forte, impulsionar mais políticas liberais para completar o mercado único, reduzir o Estado social e diminuir a regulação. Em conclusão Merkel continuará a ser a política mais dominante da Europa e os seus desígnios serão seguidos pelos outros países, principalmente pelos Estados em crise financeira e intervencionados.
Muito já se escreveu sobre a forma como a grandes empresas farmacêuticas gastam milhões de euros por ano, em avenças a médicos para promoverem os seus medicamentos. Os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada.
A lógica que está por detrás disto é que medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados. E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que se assemelha aos negócios dos grupos mafiosos.
Penso que a investigação sobre a saúde humana não pode depender apenas da sua rentabilidade. O que é bom para os dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas. A indústria farmacêutica quer servir os mercados de capitais, mas nós estamos a falar sobre a nossa saúde, as nossas vidas, as dos nossos filhos e as de milhões de seres humanos.
O grave problema é que as empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as pessoas como em sacar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se deixa de tomar a medicação. A dependência é o objetivo.
Mas por que razão as instituições governamentais não conseguem intervir nesta situação. A verdade é que no nosso sistema, os políticos são meros funcionários dos grandes capitais, que investem o que for preciso para que os seus boys sejam eleitos e, se não forem, compram os eleitos. Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos dependem descaradamente dessas multinacionais farmacêuticas que financiam as suas campanhas. Custa a acreditar que a nossa saúde seja tratada desta forma, mas é nesta dura e crua realidade em que vivemos.
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