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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Decorria o ano de 1969, quando Kadhafi, jovem, carismático militar, formado nas academias militares do Reino Unido e da Grécia, comandou um súbito golpe, para derrubar a monarquia pro-ocidental liderada pelo rei Idris. Logo se promoveu de capitão a coronel, após o golpe. Passou a ser considerado herói revolucionário, depois terrorista internacional, mais recentemente, aliado estratégico do ocidente e agora perseguido pelos seus aliados.
Nos anos 70 escreve o livro “Green Book”, nele desenvolve uma nova filosofia política, que pretendia ser uma teoria universal, onde defendia uma revolução política, económica e social em todos os povos oprimidos. Muito recentemente, autoproclamou-se como um líder internacional, o rei dos reis de África.
O atentado bombista ao voo 103, que se despenhou em Lockerbie, onde morreram 270 pessoas, revelou-se um acto de terrorismo internacional. Kadhafi recusou-se inicialmente entregar os dois suspeitos líbios à jurisdição escocesa. Durante o longo período de negociações, a Líbia sofreu várias sanções, impostas pela ONU.
Em 1999, as sanções foram levantadas e Kadhafi volta ao palco internacional. Vários líderes mundiais visitaram o líder líbio, na sua famosa e luxuosa tenda, que o acompanhou nas viagens para a Europa e EUA. Mas a sua excentricidade foi vista em 2010, na Assembleia Geral da Nações Unidas, quando tinha apenas 10 minutos para o discurso de abertura, mas demorou 1H15.
Quando os ventos de revolta e mudança começaram a soprar no mundo árabe, primeiro na Tunísia e depois no Egipto, a Líbia não estava nas cogitações dos apostadores, como o próximo país a ser alvo da vaga de turbulência. O grande equívoco de Kadhafi teve a ver com a distribuição de riqueza, a sua família arrecadou a maior parte das receitas do petróleo, as que distribuiu foi com espírito de comprar lealdade, sem promover maior igualdade entre o povo líbio.
É inevitável que o coronel vai lutar até ao fim, nada no seu passado sugere que fosse diferente. Já diz o velho ditado, na vida ou somos pombos ou estátua, temos de aproveitar o tempo enquanto somos pombos. Agora o coronel virou estátua e, os que o acolheram nas visitas extravagantes a Nova Iorque, as principais capitais europeias e ao mundo árabe, estão agora a tentar pousar na estátua do coronel.
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