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Já foram contabilizados 140 milhões de mulheres, que foram mutiladas sexualmente. Estas mulheres são literalmente dilaceradas pela amputação dos seus órgãos sexuais. Cerca de 6 mil meninas, a cada dia, são estropiadas por esta violência. Cortam-lhe o clítoris, com facas, lâminas, vidros, sem a mínima assepsia, nem anestesia.

A mutilação retira a liberdade de escolha para toda a vida. Contra esta aberração, que ceifa milhares de vidas em tenra idade, não há resoluções das Nações Unidas, não há ataques da OTAN, nem sanções internacionais.

Sou defensor, que os usos e costumes não devem ser abandonados. Mais, os símbolos, as identidades culturais, as tradições dos povos devem ser preservadas e documentadas, como património das civilizações. Sou contra aqueles que tentam monopolizar as civilizações e a cultura dos outros, como temos assistido ao longo dos tempos. Mas que me desculpem os defensores desta tradição, esta atrocidade, que continua a ser feita a milhares de mulheres constitui um crime para a humanidade.

Manda a tradição nestes países, que as mulheres que não são excisadas não prestam. Quando morrem, costuma-se atribuir a culpa a menina, porque já era impura, ou aos pais da menina, porque não foi educada na pureza. No Egipto, os genitais femininos externos são considerados “impuros” e a menina que não for circuncisa é chamada de nigsa, isto é, suja.

Segundo dados da Amnistia Internacional, os números são arrepiantes em termos de prevalência. Somália - 99%; Sudão, Gâmbia, Djibuti e Etiópia - 90%; Serra Leoa - 80%; Burkina Faso - 78%; Nigéria e Guiné - 60%; Mauritânia e Libéria - 55%. Países como o Benin, República Centro Africana, Chade, Gana, Guiné-bissau, Mali, Senegal, Uganda, onde a mutilação se dá em proporções que variam de 20% a 45% do total de mulheres nativas. Seria bom, que em pleno século XXI, as mulheres conquistassem, definitivamente, os direitos e liberdades básicas em todo o mundo, pois as sociedades seriam bem mais humanizadas.

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publicado às 17:45


2 comentários

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De Maresia a 06.04.2011 às 10:03

Atrocidade, só prova que o homem não evoluiu.
A meu ver é crime contra humanidade, mas por todo este são cometidos a título de impunidade.
Existe um certo cantinho em África em que violar uma criança, aos olhos de todos é permitido desde que o violador pague um dote, um dote que pode ser um simples lençol, ou uma peça de roupa.
E este animal degradante fica impune aos olhos da justiça, porque existe um foro, um costume.
Costume que prevalece até aos dias de hoje, mesmo esse país tendo assinado a carta das nações unidas.
Costume que não é derrogado porque dá jeito a alguns.
Costume que as autoridades políticas alertadas, dizem que nada podem fazer.
Como não podem fazer, se estão obrigados a derrogar o mesmo.
Pois é inacreditável como estas tradições absurdas se mantém nos dias de hoje.
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De franciscofonseca a 06.04.2011 às 12:01

Obrigado pelo seu comentário. Não poderia estar mais de acordo. O homem ainda vive em esferas muito atrasadas, quase animalescas, onde os direitos humanos são violentamente trucidados em prol de rituais e costumes aterrorizantes.

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