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A morte do estado social europeu

por franciscofonseca, em 18.04.11

A manutenção do estado social na velha Europa é insustentável. Com Portugal em estado de sítio, o debate sobre o tema, em época de fantochada eleitoral é pouco sério. Quer me parecer, que os portugueses não estão muito interessados nas questões de ordem político-ideológicas, mas sim, nas repercussões que se vão fazer sentir nas suas vidas, nomeadamente, os aumentos de impostos, cortes nos benefícios socais, redução das prestações sociais e o aumento do desemprego.

Para manter um estado social sustentável é necessário uma boa organização do Estado e dispor de uma economia de boa saúde. Portugal não tem nem uma coisa, nem outra. Os sucessivos eleitos não souberam cuidar da organização do Estado, nem da saúde da economia, muitos apenas se aproveitaram e, ainda teimam em escudar-se na crise internacional, acordem, envergonhem-se e arrepiem caminho.

Existem quatro fortes tendências, que empurram o estado social para a extinção. O nosso país é campeão no envelhecimento dentro da Europa. Brevemente, 30 por cento da população portuguesa terá mais de 65 anos. Pergunta-se, quem vai pagar as pensões e a saúde dessas pessoas? Não faço a mínima ideia.

O desemprego crónico, uma das maiores chagas sociais dos nossos tempos, constitui-se como um dos grandes responsáveis pelos gastos avultados do Estado. Espanha já contabiliza 22% de desemprego e Portugal aproxima-se dos 12%.

O peso dos funcionários públicos é gigantesco, em Portugal, só a administração central conta com 600 mil. Em muitos países europeus 25 por cento da força de trabalho pertence ao sector público.

Por último, como o contrato social não é escrito, tem permitido uma troca de favores entre as elites governantes e eleitores, que deu origem a uma classe política fraca, especializada em subornar eleitores, com o dinheirinho emprestado. Vamos entrar novamente, numa época de promessas eleitorais, de caça ao voto, que já se tornaram habituais e que ninguém questiona, mas desta feita, acho que nos deveríamos questionar todos, sem excepções.

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publicado às 16:33



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