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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Azulejo do século XVI, do Palácio Real de Sintra, representando a Esfera Armilar.
O diagnóstico da realidade portuguesa é muito fácil de traçar. Temos uma dívida gigantesca às nossas costas para pagar, um Estado demasiado burocrático e excessivamente pesado, responsável pelo crescimento económico nulo. Para agravar a situação temos uma população cada vez mais envelhecida, a tender para a pobreza extrema e sem perspectivas de trabalho futuro. Tudo isto se explica através da enorme irresponsabilidade, impreparação aliada a incompetência e uma fuga constante à verdade, de políticos e governantes, que apenas zelaram pelos seus interesses pessoais e partidários, em detrimento dos interesses nacionais.
Como se isso não bastasse, nas últimas décadas foram implementadas políticas neoliberais, que promoveram o individualismo e o consumismo exacerbados. Com este estado de coisas, o endividamento das famílias foi-se acumulando, o facilitismo apoderou-se de valores fundamentais da nossa sociedade, instalando-se uma cultura de direitos sem o cumprimento mínimo dos deveres e, o sucesso fácil passou a ser denominador comum, enquanto a exigência, a dedicação, o empenho e competência no trabalho passaram a não ter qualquer valor, pois o sucesso é alcançado através de métodos, que nada têm a ver com a meritocracia.
Ao longo da história, as crises acabaram por constituir excelentes oportunidades, em termos de inovação, evolução e empreendorismo. Portugal terá de tomar importantes opções no sentido de perspectivar um futuro melhor. As sociedades envelhecidas não têm futuro, pois são os jovens que asseguram a sustentabilidade e a força de trabalho de um país.
O modelo de estado social terá de ser radicalmente alterado, o Estado não tem mais capacidade para sustentar o desemprego, as situações de pobreza e as reformas. Novos mecanismos terão de ser encontrados urgentemente, no seio da sociedade, para fazer face a esta nova realidade, que poderá passar por sermos mais solidários e menos individualistas.
Existe um ditado popular de que eu gosto muito: “de pequenino é que se troce o pepino” e para mim aqui está é a chave para ultrapassar a crise actual. Enquanto as famílias não forem capazes de se constituir como indústrias, de preparação de crianças e jovens, pautadas pelo crescimento e desenvolvimento humano, fundadas na competência, desenvolvendo uma cultura de valores baseada na verdade, confiança, exigência e rigor, o nosso futuro colectivo dos portugueses continuará
hipotecado, por longos anos.
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