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A solução para a Europa passa por um new deal

por franciscofonseca, em 05.07.11

Os políticos em Portugal, ainda se admiram de apresentarem a taxa mais elevada de desconfiança, da zona euro. O novo programa de governo agora discutido, mais uma vez bate, nos de sempre, nos contribuintes. Este trajecto agora definido só vai servir para cavar ainda mais o buraco, em que o país se encontra. Portugal é praticamente igual a Grécia, a recessão irá agravar-se e o financiamento negociado vai ser manifestamente insuficiente. O tempo encarregar-se-á de me dar razão.

Nunca vi uma economia crescer, em parte nenhuma do Mundo, quando o rendimento disponível das famílias é cada vez menor, seja através de cortes salariais, seja através do aumento de impostos. O exemplo grego é um bem elucidativo.

A União Europeia não faz a mínima ideia como sair deste sufoco, mas terá urgentemente de arranjar novas soluções para apoiar os países em dificuldades. Sou daqueles que acredito que os mercados não vão resolver coisa alguma, bem pelo contrário, vão somente agravar os problemas dos países, que se encontram em dificuldades.

Foi apresentado em Berlim, um programa, inspirado no “new deal” norte-americano, que se destina a garantir a sobrevivência da zona euro e a sua coesão económica. As verbas necessárias para os investimentos na Europa, feitos pelos estados seriam recolhidas através da emissão de obrigações do tesouro, de todos os estados da moeda única, os chamados euro-bonds. A Alemanha, a França, a Holanda e os países escandinavos estão contra esta medida.

Os países com maiores dívidas soberanas, Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália defendem a emissão de euro-bonds, pois conseguiriam empréstimos em condições mais favoráveis, do que as apresentadas pela União Europeia e FMI.

Mas esta medida não seria tão benéfica para os países do núcleo duro da Europa, e muito menos para os senhores do FMI. As obrigações do tesouro europeias acabariam por atrair grandes excedentes de fundos estatais e capitais de países emergentes, como são o caso da China, Brasil, Índia e Rússia, com juros relativamente baixos. Estas obrigações poderiam também servir para aliviar a dívida contraída pelos países da zona euro. Só desta forma os estados voltarão a ter capacidade de investimento, conseguirão aliviar a pressão dos mercados, criando condições para o crescimento económico sustentado.

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