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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Os líderes das duas maiores economias da zona euro, durante a cimeira bilateral decidiram convidar o presidente do Conselho Europeu, Van Rompuy, para liderar um governo económico. Mais um rude golpe nas aspirações da Comissão Europeia, que defendia o reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e a criação de obrigações europeias (eurobonds). Penso que Durão Barroso também é leitor deste blog, pois os meus posts dos dias 5 e 10 do mês de Julho falam exactamente sobre o que ele agora vem defender e propor. Sinto-me lisonjeado.
A conversa de Merkel e Sarkozy, em propor um governo económico, para reforçar a coordenação da planificação financeira na união monetária, só interessa mesmo aos alemães, pois estes são veementemente contra a emissão de obrigações europeias. Mas, a solução para crise da dívida pública dos países da zona euro, apesar de estes baronetes considerarem que ainda é cedo, passa mesmo pela emissão das euro-obrigações. Mas não só.
Já agora, pode ser que o presidente da Comissão Europeia também leia, a solução para esta crise terá de contemplar a reforma do sistema bancário. Os bancos da zona euro tornaram-se dos mais endividados do mundo, sendo necessária uma supervisão bancária apertada e poderosa, para acabar com a relação incestuosa entre bancos e agentes reguladores.
Os países endividados não vão conseguir pagar a dívida com estes juros pesados, a os países deficitários têm de poder renegociar a sua dívida, nas
mesmas condições que os países excedentários. Para isso terá de haver um compromisso entre a Europa das duas velocidades.
A Alemanha tem o futuro da Europa nas mãos, e sabe que as euro-obrigações poriam a solvabilidade da Alemanha em risco. O governo alemão tem ideias erradas sobre a política macroeconómica para a própria Alemanha e Europa. A Alemanha só tem uma balança comercial cronicamente superavitária, porque outros países têm défices elevados. Terá de existir uma flexibilização, da parte alemã, para com as regras, pelas quais os outros países se possam também reger, com as suas especificidades. Simultaneamente, a Alemanha terá de fazer uma profunda reflexão interna sobre o euro, caso o queira manter como moeda viável.
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