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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Como escreveu um grande economista “o sistema monetário de um país é o reflexo de tudo o que a nação quer, faz, sofre, é”. A crise que se abateu sobre a União Europeia vai muito mais além do que o euro. À medida que os títulos da dívida, as cotações das ações e dos bancos se afundam, que a probabilidade do mundo vir a enfrentar uma nova recessão se avoluma, a principal preocupação dos dirigentes europeus está centrada, na tentativa de evitar que ocorra um colapso económico e financeiro.
O euro só se pode tornar numa moeda sólida se os europeus conseguirem obter respostas sobre algumas questões fundamentais, das quais tem fugido como o diabo foge da cruz. E na sua essência está a forma como os diferentes países pretendem enfrentar um mundo em mudança contínua e acelerada. Como enfrentar um processo de globalização que tem retirado ao Ocidente a supremacia tecnológica que o tornou rico? Como lidar com o problema de uma Europa envelhecida que cada vez mais se assemelha à península ocidental de uma Ásia pujante?
Os europeus estão envolvidos num debate intenso, do qual resultará o estabelecimento de novos limites para o estado social; um novo balanceamento entre a Alemanha, a França, e a Inglaterra, que estabelecerá o novo rumo da EU e do euro. O receio que alguns países não consigam honrar os compromissos assumidos pela sua dívida está a arruinar os bancos europeus, principais detentores dessas dívidas.
As medidas de austeridade que estão a ser implementadas, que conduzirão necessariamente ao abrandamento da atividade económica, agravam mais o problema. Se os países entrarem em recessão, as dificuldades dos governos em honrarem os seus compromissos aumentarão. E essa possibilidade enfraquece ainda mais a posição dos bancos, com consequências ao nível do investimento e do crédito disponível.
Será que a Europa é capaz de se afastar do abismo? Só se um grupo de países decidir apoiar os outros, desde que estes estejam dispostos a submeter-se a reformas políticas, sociais e económicas radicais. E que ninguém tenha a mínima dúvida sobre quão difícil será levá-las a cabo. Já agora alguém sabe dizer-me que reformas estão a ser feitas em Portugal?
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