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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Quando surgem as crises, as divisões ficam mais aparentes. Foi o que se viu nos últimos dias no seio da União Europeia relatimavente aos refugiados. Quando as economias velejavam por mares menos revoltos, os governos europeus incentivavam o consumo exacerbado pela população desses países por meio da concessão de crédito fácil. A mão de obra estrangeira era também muito bem-vinda, na maioria desses países.
As políticas no tempo de crise foram no sentido de tirar o doce da boca de todos, nacionais e estrangeiros. No caso da população nativa, o corte de orçamentos de programas sociais; no caso dos estrangeiros, com medidas restritivas para evitar que cheguem ou “estimular” que saiam.
Uma Europa com um sistema que exclui tanto os seus como os de fora nunca pode dar certo. A prova disso está no grito dos excluídos pelas ruas do velho mundo que, muito provavelmente, vamos continuar a acompanhar por muito tempo.
A crise dos refugiados já começou há muito tempo, onde a Europa tem muitas responsabilidades, mas só agora chegou ao centro da Europa. Enquanto afetava somente países como Itália, Espanha e Grécia, a União Europeia assobiou para o lado. Temo que a velha Europa esteja no fim dos tempos, tal como a conhecemos.
Sou da opinião que o continente europeu deve estender os braços de forma a aliviar esta crise humanitária. Mas devemos ter muito cuidado, pois estas rotas poderão também servir de portas à ameaça terrorista. Não tenho dúvidas que os grupos terroristas extremistas, a operar ao largo da costa mediterrânica, vão aproveitar estas rotas para introduzir operacionais no seio do continente europeu.
Como a Europa não tem uma política de segurança séria de partilha de informação, prevejo que alguns países sejam surpreendidos por ataques terroristas. Será esta discussão entre a ajuda humanitária e o terror que porá fim ao projeto europeu. A Europa mais uma vez não estudou o seu passado e assim sendo, não consegue definir o seu futuro. “Estuda o passado se queres definir o futuro” (Confúcio, 500 a.C.).
Será que estamos a assistir ao último fôlego da Grécia? Eu não acredito e será uma grande surpresa se os credores internacionais deixarem que isso venha a suceder. A Grécia fora do euro provocará demasiados contágios e empurrará o euro - e a própria União - em queda direta para o abismo. Os credores vão assumir uma tal responsabilidade? Se o fizerem não vai existir almofada que ampare a queda de Portugal.
A Europa está sem rumo, sem lideranças capazes de tomar decisões difíceis em momentos de grande incerteza, como aquele que estamos a vivenciar. Se a Grécia sair da zona euro será o fracasso rotundo do chamado projeto europeu, da moeda única, da estafada lenga-lenga do espaço comunitário, democrático e solidário.
Penso que os gregos sabem o que estão a fazer e, como é conhecido, querem, maioritariamente, continuar no euro. Mesmo que futuramente se saia disto, continua a haver um problema que é a dívida. Não podemos esquecer que a dívida da Grécia é brutal e a dívida portuguesa é muito grande.
A memória coletiva da União Europeia e do seu povo está a perder-se, pois aqueles que fracassaram completamente a ver os danos, que a austeridade iria provocar, são os mesmos que estão agora a dar sermões sobre crescimento, simplesmente impressionante.
Senão vejamos, a austeridade em Portugal teve como resultado a expulsão de 300 mil filhos e atirou 1,5 milhões de pessoas para o desemprego. Nada será com dantes, disso ninguém tem dúvidas. O País enfrenta um problema gravíssimo de sustentabilidade de toda a sociedade, que obriga a uma transformação radical da sociedade ao nível político, social e da participação política, que imponha que os recursos públicos são para o usufruto das pessoas.
Não podemos continuar a viver sob o primado do capitalismo selvagem, ou seja, os países podem ir à falência, mas os bancos não. Este princípio de construção social é insustentável. Mais, uma sociedade de baixos salários e precariedade não garantem nenhuma forma de crescimento económico. Pelo contrário, há um desgaste grande na qualidade, na formação e na capacidade de trabalho das pessoas. Se nada mudar, o resultado será devastador e o país passará por um processo de decadência histórica irremediável. Espero que impere o bom senso de todas as partes e que o projeto de construção europeia saia fortalecido e não voltem os tempos da intolerância.
Vivemos tempos conturbados, em que a incerteza se apodera das nossas vidas, as assimetrias sociais se acentuam, os valores que dão dignidade às pessoas estão cada vez mais ausentes da nossa sociedade e como se já não bastasse, assistimos à globalização da indiferença, que está a colocar a nossa civilização na rota dos desastres paradoxais, trágicos, desumanos pela ausência de padrões éticos e morais na governance mundial.
Nos finais do século passado e no início deste, assistimos a um pensamento único, que tem como foco o mercado, como principal regulador das relações sociais, resultando daí um enorme embuste que culmina na ideia que vivemos tempos de paz mundial entre as nações, devido à globalização económica e à cooperação reciproca nas relações internacionais. Daqui resulta, na minha opinião, outro enorme equívoco, ou seja, a ideia de que se vive uma época de estabilidade política e democrática.
Basta estar mais atento às notícias e verificamos que todos os dias centenas de pessoas perdem a vida, em resultado de ataques terroristas, de conflitos regionais, em rotas de imigração ilegal ou até mesmo devido ao abandono social, que a cada dia que passa engrossa as suas fileiras.
A situação agrava-se devido aos países estarem reféns com as suas dívidas externas, sem terem recursos suficientes. Os esforços para arrecadar receitas, através do incremento dos impostos, das privatizações e do aumento das exportações, não podem funcionar enquanto o custo for a precarização do mercado laboral. Daqui resulta mais desemprego e exclusão social, pois os Estados deixam de ter condições para investir na dimensão social.
O avanço da globalização económica esvazia os Estados e promove a degradação das condições de vida de grande parte da população, pois o lucro gerado neste tipo de economias apenas fica concentrado nos mais poderosos, sem que haja produção e distribuição de riquezas geradas pela mão-de-obra precária. O desenvolvimento de um país só é possível quando existe um processo ativo de canalização de forças sociais latentes ou dispersas, capazes de gerar energias de forma convergente, em prol de um processo social e cultural, e secundariamente, económico.
Portugal está no caminho e na mira do terrorismo de matriz jihadista. O terreno europeu foi escolhido pelos radicais islâmicos para o conflito que, afirmam, os opõe aos valores do Ocidente. Sharia4spain (s4s), uma plataforma jihadista criada em 2011 e que tem sido um dos principais alvos das autoridades espanholas, defende a “destruição do sistema constitucional espanhol e português e o restabelecimento da sharia (lei islâmica) e do sistema de califado em toda a península ibérica”. Isto esta plasmado no sétimo dos 18 princípios do grupo, suspeito de aliciar e recrutar jovens muçulmanos espanhóis, franceses, marroquinos e portugueses para as frentes de combate, na síria, contra o regime sírio.
As redes jihadistas transnacionais representam hoje para Portugal uma ameaça real. Já há algum tempo que têm vindo a ser detetados, no nosso país a presença de indivíduos aparentemente com ligações às redes jihadistas europeias, suspeitos de integrarem células terroristas noutros países europeus e de estarem envolvidos em recrutamento e preparação de atentados.
Em relação à comunidade islâmica portuguesa, com cerca de 50.000 muçulmanos perfeitamente integrados, mas que podem constituir uma outra linha de hipotética ameaça, principalmente através de elementos pertencentes ao Tabligh Jamaat, uma organização largamente disseminada no mundo muçulmano que professem ideais extremistas.
Segundo alguns especialistas que estudam o fenómeno referem que, “o nosso país situa-se numa espécie de zona ‘cinzenta’, da qual o máximo que se pode dizer é que não está tão ‘próximo’ do problema que a ocorrência de atentados se situe a nível da grande probabilidade, como em França ou Inglaterra, mas que também não está tão ‘longe’ em termos de essa possibilidade ser considerada negligenciável".
A ameaça terrorista é definida com base numa avaliação da intenção e capacidade de grupos terroristas em levar a cabo ataques bem-sucedidos. Portugal está muito próximo dos países do sul do mediterrâneo, onde a primavera árabe deixou território fértil para o radicalismo se implementar e com a agravante da ameaça do terrorismo do Sahel, com espacial relevo para os movimentos terroristas cada vez mais radicalizados, que desencadeiam ações nesses territórios e que a todo o momento podem levar a cabo iniciativas em países como Portugal, Espanha e Itália. Importa levar esta ameaça muito a sério, sem entrar em delírios, ainda mais que em Portugal não existe uma cultura securitária.
Os atentados de Paris mostraram a grande ameaça que paira sobre a Europa. Esta ameaça tem duas vertentes, que representam duas realidades antagónicas e com práticas diferentes, mas com um vetor comum: a intolerância. Os atacantes do Charlie Hebdo representam as pessoas, os grupos fanáticos que reivindicam uma versão do islamismo que vai contra os princípios do próprio Islão, ou seja, o terrorismo fundamentalista islâmico de cariz jihadista. Do outro lado estão as pessoas e os grupos neofascistas, de extrema-direita que se agarram a bandeira do anti-islamismo e que representam o terrorismo de cariz antijihadista.
A primeira realidade resulta da desestruturação do Iraque e da Síria, onde o Estado Islâmico encontrou território fértil para enraizar o fanatismo, negando valores e direitos, inclusive o direito à vida como ficou claro no ataque ao Charlie Hebdo. A segunda realidade resulta de uma crise económica e financeira, acompanhada por uma austeridade que se institucionalizou como paisagem social, na maioria dos países europeus, em prol dos mercados financeiros.
Os partidos, os políticos e as instituições europeias têm andado, nesta última década a brincar com o fogo e quer-me parecer que não existe uma verdadeira vontade de mudança, que faça alterar o desenrolar dos acontecimentos. Um bom exemplo disso é o fato de a maioria dos países europeus preferirem exacerbar o sentimento antirrusso e anti-Putin, dando apoio a grupos da Ucrânia que são, declaradamente, fascistas, homofóbicos e até antissemitas.
Neste momento o que aterroriza a Alemanha e muitos países europeus não é que a extrema-direita esteja em ascensão em muitos países da Europa, mas sim se o partido de extrema-esquerda, o Syriza venha a vencer as eleições na Grécia, forme governo, pondo em risco os sacrossantos pilares da austeridade. Assistimos a negação da democracia no seu próprio berço, com ameaças de expulsão da Grécia da zona euro e até da própria União Europeia, chantageado um povo a favor da continuidade da política económica e financeira, que tem arrastado milhões de europeus para a miséria.
Caso não haja, urgentemente, um volte face deste estado de coisas, podemos estar a assistir ao suicídio do projeto e do sonho europeu. Se este suicídio vier a ter lugar, o futuro não será nem bom para a Europa, nem para o mundo. É imperioso que todos os Estados europeus tomem consciência da gravidade da situação, que promovam uma verdadeira cultura de democracia e que pugnem incessantemente pelos valores do multiculturalismo.
Mais um ano da caminha da vida chega ao fim e outro começa. O caminho é feito pelos nossos próprios passos… Mas a beleza da caminhada depende dos que vão ao nosso lado. Chega de velhas desculpas e velhas atitudes. Que 2015 traga vida nova, como o rio que vai lavando e levando tudo por onde passa.
Dê muito amor e carinho e receberá igual ou mais ... Brinde sem exageros e terá o equilíbrio na vida... Creia que é capaz e alcançará os seus objetivos. Acredite... e as realizações acontecerão... Preserve a própria vida e respeite a vida alheia. Faça ecomonias, mas com sabedoria. Não deixe de viver a vida pela economia a pouco dinheiro e nem se venda por ele. Ame com intensidade. E o mais importante são os ingredientes que escolhemos para temperar a nossa vida!
A todos os leitores deste blog desejo um feliz 2015 repleto de bons ventos e boas tempestades!
Ser caluniado dói, magoa, fere a alma, destrói a nossa autoestima, traz indignação, revolta e até mesmo vontade de desistir. A vontade de passar informações faz parte do homem, é a comunicação, é uma ação humana natural e normal, mas na maioria das vezes esquecemo-nos do outro e não medimos as consequências das nossas palavras.
Quando alguém não controla a cobiça, o resultado é a inveja, que desperta o instinto animal de prejudicar o próximo pela difamação. O vaidoso que é infestado pelo orgulho e pela arrogância, é muito propenso a usar a intriga. O egoísmo é o resultado da maldade, da indiferença para com o próximo e, portanto, pela falta de escrúpulos pode-se criar as mais gigantescas mentiras com a idéia de prejudicar o seu semelhante.
O caluniador é uma pessoa que está sempre em conflito consigo mesmo. Quem está de bem com a vida não tem sequer vontade de caluniar, quer apreciar as coisas boas da vida. Assim, no caso da intriga esquecemos as qualidades boas das pessoas e exaltamos as más.
Ditados populares como "onde há fumo há fogo", em verdade são armas utilizadas pelos caluniadores. O correto é: "onde há fumo há um caluniador". Para bom entendedor, quem está sendo exposto não é o caluniado, mas sim o caluniador: revela-se e desvenda um interior em permanente conflito.
A calúnia mostra o forte instinto maldoso de usurpação da dignidade do outro pelo engodo e o embuste. Contudo, mesmo que a calúnia possa enegrecer a reputação, não pode nunca manchar o caráter. Scheakespeare escreveu: "Mesmo que sejas tão puro quanto a neve, não escaparás à calúnia". No meu caso sou mais parecido com o açucar amarelo.
Os princípios orientadores da gestão moderna nasceram no século XIX e já não respondem as necessidades nem de quem lidera, nem de quem é liderado. Os modelos de gestão ainda são baseados no controlo, na disciplina, na eficiência e eficácia, no seio de organizações ainda muito rígidas, pouco dadas à inovação e desinspiradas para a mudança, devido ao controlo hierárquico obsoleto, principalmente nas organizações sob a alçada do Estado.
Por outro lado, se fizermos uma caraterização do mundo laboral verificamos que cerca de 85% dos trabalhadores não gostam do trabalho que fazem, não se sentem envolvidos, nem comprometidos nos seus postos de trabalho. Estamos a falar de uma realidade, que resulta em grande parte, dos princípios gestionários vigentes, nomeadamente em organizações estatais.
Se não vejamos, a grande maioria das organizações ainda vivem em quatro paredes, onde os seus trabalhadores desenvolvem as suas ações, perante uma supervisão hierárquica que os avalia, mediante critérios de avaliação de desempenho, onde o sucesso se mede pelo número de promoções conseguidas. Esta atmosfera de obediência institucional é baseada no conceito de comando e controlo, que ainda reina na gestão dos tempos modernos, mas que tendencialmente dará lugar a novos paradigmas, quer para quem lidera, quer para quem é liderado.
No mundo laboral de hoje, cada vez mais o nível de mobilidade aumenta, os trabalhadores procuram um trabalho, no qual possam por as suas qualidades empreendedoras em prática e onde a sua liberdade e felicidade sejam cada vez maiores.
O grande desafio que temos de enfrentar, num mundo sem fronteiras, passa por uma rutura com os princípios de gestão do passado, donde as organizações e os líderes do presente têm de projetar novos conceitos de trabalho, com elevada incorporação tecnológica e que sejam ignidores e inspiradores, para que a força humana seja imaginativa, tome a iniciativa e sinta paixão pelo que faz, de uma forma permanente.
O misterioso líder do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Bagdadi, designado "califa de todos os muçulmanos" no dia 29 de junho, distancia-se cada vez mais da Al-Qaeda e pode, em breve, tornar-se o jihadista mais influente do mundo. Ninguém quer que uma organização terrorista tenha um território, controle poços de petróleo e tenha armas pesadas.
Desde a retirada das tropas americanas estamos a olhar para o colapso do Iraque enquanto Estado. E a assistir à emergência de um Sul xiita, próximo do Irão; de uma entidade curda independente a norte; e de uma zona sunita, no meio, fora de controlo.
O objetivo é claro em termos internacionais, destruir o EI através de uma estratégia abrangente e sustentável de contraterrorismo, mas em minha opinião esta estratégia apenas visa conter em parte o Estado Islâmico. Este tem um território que domina, relativamente vasto e em crescimento, que tem mostrado capacidades assinaláveis em termos de progredir nos seus objetivos e temos uma chamada coligação mundial que não tem sido capaz de conter os seus avanços.
Há problemas que não têm solução. Este pode ser um deles. O outro dilema da Europa e do mundo ocidental é que devíamos receber mais refugiados sírios e curdos. Isto é impopular. Seriam bons cidadãos, mas se os abandonarmos em campos de refugiados estaremos a criar terroristas.
Em Portugal vivemos num clima de tranquilidade, com a comunidade islâmica bastante pacífica. Mas é evidente que estamos a falar do presente, mas temos que pensar no futuro: no futuro, podem acontecer situações que agravem o risco, que, neste momento, não é elevado no nosso país.
O Estado Islâmico refunda-se em identidades político-religiosas radicais que constituem um desafio às normas e valores ocidentais como o fundamento de um sistema global. Estamos perante uma nova geração de terroristas tendo em vista o atacar aqueles opostos ao califado, dentro ou fora do Mundo Muçulmano, onde o recrutamento de terroristas nunca foi tão evidente e claro como o que está acontecer presentemente, pois chegam todos os dias jovens de todo o mundo, para engrossar as fileiras de operacionais, nos campos de treinos do Estado Islâmico.
O Mundo Ocidental tem de rever urgentemente a sua política de atuação contra o EI, nomeadamente, no que diz respeito às alianças com países de grupos armados, a projeção de tropas no terreno e a recolha de informações.
O mundo denominado desenvolvido, humanizado, assiste pávido e sereno, com uma surdez hipócrita ao genocídio de cristãos, no berço do cristianismo. No Iraque, no tempo de Sadam existiam 4 milhões de cristãos, hoje são cerca de 300 mil e com tendência para a extinção. São estes cristãos que ainda preservam a língua que cristo falava, o aramaico.
Os sistemas políticos ocidentais são perfeitamente ignorantes relativamente ao médio oriente. A intervenção militar no Iraque deixou um país com as instituições completamente destruídas, vazios de poder e incrementou os radicalismos extremistas. Hoje temos um país controlado por terroristas jihadistas, que aderiram ao Estado Islâmico, de matriz iIslamofascista, que espalham o terror com práticas medievais.
O chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, do mesmo nome do sucessor do profeta Maomé quer restaurar o califado, com um mapa ambicioso dentro de cinco anos, conquistando todo o territótio do Iraque, Síria, Jordania, Israel, Palestina, norte de África, os Balcãs até à Áustria e Espanha e Portugal.
O Qatar e a Arábia Saudita estão a financiar o Estado Islâmico, no sentido de espalhar este jihadismo salafista por toda a região. A Europa muito em breve sofrerá as consequências deste radicalismo, que não aceita mais nenhuma religião. As fileiras do Estado Islâmico contam com 50 mil combatentes que se converteram ao islamismo, provenientes na sua esmagadora maioria da Europa e dos Estados Unidos. São jovens sem identidade, sem pertença grupal, desenraizados dos valores ocidentais, que procuram acima de tudo obter reconhecimento e uma identidade.
A aliança agora constituída por 10 países pertencentes à NATO, com a intenção de acabar com o Estado Islâmico e por um fim ao genocídio de cristãos no Iraque e às decapitações de jornalistas, na minha opinião, não passa apenas de uma estratégia de maquilhagem, para tranquilizar os espíritos mais sobressaltados. É necessário colocar milhares de botas no terreno para poder desalojar estes extremistas e não vejo nenhuma coligação, nem nenhum país com capacidade para levar a cabo uma intervenção militar desta natureza.
Estamos a beira de presenciar mais um paradoxo protagonizado pelos Estados Unidos, com as alianças que estão prestes a acontecer com o Irão e a Síria, ou seja, uma aliança entre três inimigos eternos. Mas como os EUA têm cometido erros estratégicos sucessivos nestes territórios, será de prever que aconteça mais um erro colossal, que marcará, porventura, a história da humanidade. Já agora espero que não se esqueçam de se coligar também com a Rússia, de forma a tornar o passo mais curto para o caos global.
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