Copyright Info / Info Adicional
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
As redes sociais tornaram-se omnipresentes, a revolução digital chegou para ficar, os mercados emergentes entraram na economia global, milhões de pessoas com as suas vozes reinventaram mercados e derrubaram governos. As tecnologias sociais transformaram-se em repositórios de informação, de afetos e de partilha.
Os utilizadores começam a mudar-se para redes de nicho, privilegiando o regresso ao sentimento de comunidade e também a uma maior compreensão nas interações sociais. As empresas têm também que perceber que as redes sociais já não são sítios que ligam somente indivíduos mas, e de forma crescente, locais para interagir com os seus clientes, nos seus serviços e nos processos de desenvolvimento de produtos ou vendas.
O Facebook conta já com mais de mil milhões de utilizadores, sendo até a data a rede social com maior sucesso. Mas, a empresa de Mark Zuckerberg terá de se reinventar rapidamente, tal como aconteceu com outros líderes em tecnologia como a Apple, a Google ou a Yahoo, os seus dias de glória podem estar mais perto do fim do que se julga.
Por outro lado, à medida que aumenta a ligação entre as coisas e as pessoas, criam-se volumes astronómicos de dados úteis, mas que muitas empresas não sabem, nem conseguem extrair valor desses dados. Nos dias de hoje, muitas cidades por esse mundo fora utilizam estes dados para controlar o tráfego, os locais de estacionamento ou os consumos de energia pública. O futuro cada vez mais se torna presente, neste mundo global em que quase tudo é social, mas não significa que todos sejam socialmente espertos.
Em Portugal os líderes partidários começam a contabilizar as espingardas para as próximas eleições. Mas um pouco por todo o mundo, a desilusão com os políticos e com as suas eleições está cada vez mais enraizada. Os eleitores estão tentados a votar nos partidos pertencentes às alas extremistas.
A austeridade está a desgastar o acordo que sustentava a democracia. Os eleitores estão ainda a ser alimentados com a dieta da austeridade e continuam a sofrer um desemprego elevado, sem vislumbrarem sinais sólidos de alguma melhoria. Os políticos não têm rebuçados para adoçar a boca aos eleitores, bem pelo contrário, estão a cortar nos serviços e nos benefícios dos quais estes dependiam.
Por outro lado assistimos ao debate político cada vez mais rancoroso, tornando mais difícil selar os acordos dos quais depende a democracia. A democracia moderna teve como base o princípio da representatividade, ou seja, os eleitores delegam as decisões aos que elegem e que podem ser substituídos. Todavia, e de forma crescente, os seus representantes optam por passar as decisões para os tecnocratas.
Os governos perderam um instrumento fundamental, isto é, a política monetária está nas mãos de bancos centrais não eleitos, os quais com uma palavra apenas parecem conseguir mover os mercados, sendo que as suas figuras económicas são mais importantes que os primeiros-ministros. As leis da República são agora sujeitas à subserviência dos tribunais internacionais, seja o Tribunal Europeu da Justiça ou o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. O FMI e a Organização Mundial do Comércio podem determinar a política económica.
Muitos eleitores devem pensar que a sua voz conta muito pouco face a todo este controlo externo, o que poderá explicar a ascensão dos sentimentos de revolta, um pouco por toda a Europa, e que serão depois refletidos no aumento do apoio aos partidos extremistas, nas eleições que irão decorrer em 2014.
Os direitos dos cidadãos têm sido limitados, na medida em que os governos prendem pessoas sem direito a julgamento, monitorizam as chamadas telefónicas e os emails dos cidadãos e voltaram a recorrer à tortura, tudo em nome da guerra ao terror. Assim, não vislumbro outro caminho para tirar a democracia dos cuidados intensivos, que não seja crescer o suficiente para conseguir deitar abaixo o desemprego e aumentar os rendimentos reais, tornando os eleitores mais contentes. Caso contrário, a morte pode mesmo ocorrer a todo o instante.
O meu primeiro post de 2014 é sobre a pobreza. Este flagelo global continua a afetar 3 mil milhões de pessoas em todo o mundo, apesar de serem gastos milhares de milhões de euros, em áreas como a saúde, a educação e a habitabilidade. Centenas de organizações sem fins lucrativos têm um impacto real na vida destas pessoas, mas não têm recursos para operarem à escala verdadeiramente global.
As políticas seguidas para acabar com a pobreza têm vindo a falhar amplamente e, tal como Einstein nos disse, continuar a acreditar que elas serão um dia bem-sucedidas seria uma loucura. A solução, passa pelos líderes empresariais, que têm de explorar os mercados de capitais tradicionais para financiar empreendimentos globais e de grande escala, por forma a abordarem as necessidades básicas das pessoas pobres.
Primeiro é necessário determinar aquilo que as pessoas pobres acreditam que poderá ir ao encontro das suas necessidades. Se não se falar com pelo menos 100 clientes sobre aquilo que precisam, é melhor nem sequer pensar em desenhar uma solução para eles.
É necessário criar produtos que possam, realmente, aliviar a pobreza a uma escala global. Por exemplo, a conceção de dispositivos de irrigação gota a gota de baixo custo a sistemas de água potável seguros são produtos brutalmente acessíveis e que chegaram até milhares de milhões de pessoas.
Mas será que as multinacionais estão interessadas em serem o player principal no conturbado cenário do alívio da pobreza. Uma empresa que entre neste mercado terá uma missão social que a diferenciará das demais multinacionais. Por outro lado, o argumento mais convincente são os lucros tremendos que estas empresas poderão vir a recolher.
Por outro lado, temos de alterar as normas sociais e culturais que fazem da pobreza uma questão tão difícil de abordar. Nesta área em concreto, as organizações não lucrativas, as organizações da sociedade civil e os governos estão já a fazer progressos reais. Espero que as empresas possam gerar lucros consideráveis indo ao encontro das necessidades dos mais pobres. Esta é uma oportunidade demasiado grande para ser descartada.
Os portugueses vivem hoje intoxicados por duas mentiras gigantescas; a primeira é a de que não temos alternativa à austeridade. A segunda, já bastante mais antiga, é que os portugueses são responsáveis pela crise, pois gastaram acima das suas possibilidades. A classe política e os seus afilhados foram aqueles que viveram e esbanjaram muito acima das suas possibilidades e na minha opinião alguns continuam a esbanjar.
Mas a verdade é que mergulhamos nesta profunda crise devido à corrupção. Vejamos, mais de um terço dos deputados da casa do povo portuguesa são administradores, diretores, consultores ou advogados de grupos e empresas que mantêm grandes negócios com o Estado. Poucas são as pessoas que falam sem pudores das fragilidades sistémicas, da incapacidade das instituições, da visão de curto prazo e da falta de vontade política no combate a esta chaga social.
Durante os anos de democracia, assistimos a uma festança sem limite com os dinheiros públicos, que foram canalizados, com a cumplicidade de muitos, para os grupos económicos que dominam a vida política nacional. São os mesmos que agora propagandeiam a ideia de que o estado a que chegámos é inevitável e inalterável, ou seja, somente o caminho da austeridade nos pode salvar.
A crise é fruto da corrupção, de ligações perigosas, de relações de poder opacas e insalubres. As alternativas passam por, antes de mais, combater a causa maior da crise: a corrupção. Portugal e os portugueses têm condições que permitem um desenvolvimento sustentado, que proporcionem qualidade de vida a toda a população, em vez de ser desvalorizada e maltratada, como acontece presentemente.
Trabalhemos pois, no sentido de acabar com uma tradição de mau governo crónica, que é simultaneamente consequência e causa da corrupção. Quero uma nova classe política capaz de projetar transparência na vida pública, leis claras e simples, eficácia na justiça, uma solução justa para o défice e, principalmente o fim do esbanjamento de recursos públicos.
Segundo o relatório de ultra riqueza no Mundo 2013, Portugal cresceu em número de multimilionários, assim como, aumentou o valor global das suas fortunas, de 67 para 75 mil milhões de euros (mais 11,1%). O que mais impressiona é que o crescimento de multimilionários em Portugal, país flagelado pela crise, foi maior do que a média europeia, quer em número, quer em valor das suas fortunas.
No ranking europeu de multimilionários Portugal ocupa o 12º lugar, surge à frente de países como a Bélgica, Dinamarca, Luxemburgo e Áustria. A Alemanha é o país europeu com maior número de multimilionários: 17.820. Segue-se o Reino Unido, com 10.910 multimilionários, a Suíça, com 6.330, a França, com 4.490, e a Itália, com 2.075. De acordo ainda com o relatório, o número de multimilionários no mundo aumentou este ano em 6,3%. Quase 200 mil pessoas possuem 40% da riqueza mundial. A isto chama-se desenvolvimento económico e retrocesso civilizacional e humano.
Mas os números reais da esmagadora maioria dos portugueses são bem diferentes. Um quinto dos portugueses vive com menos de 360 euros por mês. E 32% da população ativa entre os 16 e os 34 anos seria pobre se dependesse só do seu trabalho. Mais de meio milhão de crianças portuguesas estão em risco de pobreza. O fosso entre ricos e pobres em Portugal é o maior no conjunto dos países da União Europeia.
Portanto, perante estes números, não posso acreditar que este país tenha futuro. Quanto maior é o índice de desigualdade de um país, menor é o seu índice de desenvolvimento. Este caminho somente acentua as desigualdades, aumenta as assimetrias e compromete o futuro da grande maioria dos portugueses. É necessário urgentemente arrepiar caminho, antes que Portugal seja considerado um Estado falhado, pois falido já está há muito tempo.
O escândalo de espionagem eletrónica encetado pelos Estados Unidos da América, contra os principais membros da ONU tem provocado as mais variadas reações no seio dos Estados e na comunidade internacional. O Mundo acordou devido as revelações feitas por Edward Snowden, ex-técnico da CIA e ex-consultor da Agência Nacional de Inteligência (NSA). A agência tem acesso a e-mails, serviços de chat, vídeos, fotos, downloads, senhas e dados armazenados dos usuários de nove empresas da internet: Microsoft, Yahoo, Google, Facebook, PalTalk, YouTube, Skype, AOL e Apple, com o aval do Congresso dos EUA e da própria Casa Branca.
A NSA teve acesso a telefonemas, e-mails e mensagens do telemóvel de Dilma e dos principais assessores do governo brasileiro. Este escândalo causou extrema insegurança e desconfiança nas relações entre os países, uma vez que interfere diretamente no conceito de Soberania dos Estados. Mais recentemente foi revelado que a espionagem norte-americana chegou à chanceler alemã, Ângela Merkel. Esta prática é um atentado contra aos direitos dos indivíduos, bem como ameaça a soberania dos países, ferindo claramente o conceito de Soberania dos Estados.
Existem suspeitas fundamentadas que os Estados Unidos estão a vender hardware comprometido, com portas dos fundos secretas em chips, para ajudar no trabalho de espionagem. Se o hardware está comprometido de alguma forma, a segurança perde-se de uma forma brutal. Evitar ou detetar todas essas ameaças, evitando a inserção de portas dos fundos no hardware é uma tarefa quase impossível.
Muitos países já estão a utilizar técnicas de guerra cibernética para lançar ataques uns contra os outros e há necessidade de vigilância contínua para proteger sistemas críticos de computadores. O ciberespaço é disputado a cada hora, a cada dia, a cada minuto, a cada segundo. A internet reduziu as barreiras de acesso aos jogos da espionagem. A sua expansão eleva o risco de perturbações em infraestruturas, por exemplo em centrais nucleares e serviços financeiros.
Esta nova guerra fria tem múltiplos atores e objetivos diferentes da anterior. Agora os objetivos das nações passam por ampliar o seu poder no mundo e obter vantagens económicas para os governos e empresas. Sem sombra de dúvidas, que o propósito principal dos EUA não é o combate ao terrorismo, não é a segurança nacional, não é o combate a outros crimes como a pedofilia ou o tráfico de seres humanos. É para aumentar o seu poder no Mundo e tirar vantagens financeiras. Estamos em tempo de guerra e espião que engana espião tem mil anos de perdão.
A Europa continua em plano inclinado, ignorando a verdadeira raiz dos problemas e a terapia da austeridade tem falhado em todos os quadrantes. O exemplo português serve bem para ilustrar esta anarquia economia e social. O Governo sob o chapéu da troika continua a cortar nos salários, nas despesas de capital, na saúde, e na educação, passando por cima da redução brutal das receitas correntes e dos juros.
Vivemos um tempo de retirada desorganizada dos direitos sociais e estamos a construir uma sociedade, onde cabem cada vez mais lutas sociais. Caminhamos no sentido de termos uma Europa dos ricos e uma Europa dos pobres, como mostram os números. As manifestações populares não enquadradas revelam a falta de confiança no poder instituído e nas leis.
No momento não temos todos de ser políticos mas, perante a situação, temos todos de fazer política em defesa própria. Numa sociedade onde falta o trabalho, falta dignidade. A decadência mundial do sistema económico, que nos levou a esta tragédia em que o ídolo é o dinheiro tem de ser ultrapassada. A Europa e o mundo precisam de um regresso aos valores essenciais: os humanos e não os financeiros.
A União Europeia sofre de um problema congénito, a que já fiz referência em outros posts. A União Económica e Monetária é uma utopia, pela simples razão, que uma união que arranca aos seus Estados-membros o poder soberano sobre a emissão de moeda e sobre o seu valor, sem criar uma soberania partilhada nos domínios fiscal, orçamental e de governação económica, é uma ilusão colossal.
Os tempos são de grandes disrupções impostas pelo globalismo. Os centros de poder que comandam a crise financeira, não têm cobertura jurídica, como é o caso do G20. O Conselho Económico e Social da ONU nunca foi convocado, ou seja, sendo a crise mundial, porque este não toma conta da situação. Possivelmente porque a 3ª Guerra Mundial já começou, como se lê num texto da autoria de Nixon, com a luta pela hegemonia, que ocorre hoje no mundo. Em tempos de guerra nunca pare de lutar.
A banca continua com os mesmos vícios que levaram à maior crise financeira desde a Grande Depressão. Poucas lições foram aprendidas e os lucros, os bónus, estão de volta para encher os bolsos dos banqueiros, sem que a comunidade internacional tome qualquer iniciativa, no sentido de reconstruir o edifício financeiro.
O que mudou com a crise financeira? Que erros foram corrigidos? Poderá haver uma nova crise? Os banqueiros vão continuar a colocar o lucro acima de tudo o resto? Que regulamentações foram implementadas? As agências de rating mudaram de estratégia? Porquê os bancos não podem falir como a maioria das empresas?
Muitas mais perguntas poderiam ser feitas. Mas o que mais interessa é encontrar as respostas. A meu ver, pouco ou nada mudou nas principais instituições financeiras. Mais, os modelos económicos contemporâneos não compreenderem o papel e o funcionamento dos mercados financeiros, nem a instabilidade das economias capitalistas.
Os Estados continuam a resgatar os vampiros, que continuam a destruir a economia, em vez de cravar-lhes uma estaca no coração. Estes vampiros sabem que serão sempre salvos pelos seus governos, assim, continuam-se a envolver em atividades arriscadas e pouco claras.
Ao longo de 14 trimestres seguidos, os lucros da banca têm vindo a aumentar consecutivamente. Enquanto os transgressores não forem punidos, enquanto a ganância continuar a sobrepor-se à ética e enquanto não se proceder a uma alteração profunda em termos culturais, não serão as normas ou as leis que evitarão uma nova e severa crise. Não creio que os banqueiros prevaricadores tenham sofrido alguma operação ao cérbero.
Desde que a crise do euro estalou nos finais de 2009, a mulher mais poderosa do mundo, tem sofrido ataques de vários quadrantes. Merkel tem sido apologista de uma medicina inutilmente austera, que trouxe níveis de recessão ao continente europeu desnecessários e com resultados brutais na vida dos cidadãos e das empresas. O fracasso da criação de uma união bancária na zona euro deve-se a senhora Merkel.
Em termos políticos são poucos os que se conseguem igualar a Merkel em termos de popularidade e confiança. Por exemplo, Obama e David Cameron têm tido altos e baixos, enquanto François Hollande nem sequer ainda conseguiu levantar voo. Se olharmos friamente, o dedo de Merkel esteve presente na continuidade da Grécia no euro, no pagamento dos resgates pelos países do norte, nas reformas estruturais em Espanha e Portugal e na varredela de políticos como o italiano Silvio Berlusconi.
Durante a campanha Merkel raramente se referiu as questões domésticas, à Europa ou às políticas externas. A tónica foi falar sobre confiança, de que a Alemanha está a prosperar, o desemprego a diminuir e que esta não é a altura para grandes mudanças.
As últimas sondagens sugerem 40% de votos para o seu partido, sinal inequívoco que a mensagem funcionou. Merkel é, de longe, mais popular que o seu principal opositor, Peer Steinbrück. O que fará Merkel com esta mais que certa sua terceira reeleição? O seu instinto reformador tanto para o seu próprio país, como para o exterior, vai tornar as economias europeias mais competitivas.
Mas os europeus que se preparem, pois a chanceler pretende construir uma união financeira mais forte, impulsionar mais políticas liberais para completar o mercado único, reduzir o Estado social e diminuir a regulação. Em conclusão Merkel continuará a ser a política mais dominante da Europa e os seus desígnios serão seguidos pelos outros países, principalmente pelos Estados em crise financeira e intervencionados.
Os sinais de que vivemos num apartheid social não são evidentes para a maioria das pessoas. Mas fazendo uma análise mais cuidada da dura realidade, que é muito mais trágica e escandalosa do que os dados do INE e do EUROSTAT sugerem, conseguimos vislumbrar sinais muito fortes, de que o apartheid social está-se a implementar na sociedade portuguesa e em muitos países europeus.
Muitos exemplos poderia aqui enumerar. Se olharmos para os hipermercados, cada vez mais vemos zonas diferenciadas, ou seja, espaços com produtos low cost para clientes pobres e espaços com produtos gourmet para clientes com elevado poder de compra. Nos centros das cidades, onde outrora habitava a esmagadora maioria da população, hoje, florescem guetos luxuosos onde só os mais afortunados têm o direito de entrar.
Vejo cada vez mais pessoas despejadas e abandonadas nas ruas, sem saúde, sem medicação, sem assistência social, esgravatando o lixo à procura de alimentos. Por outro lado, assistimos ao florescimento de clinicas e hospitais de luxo, onde trabalham os melhores médicos, onde está instalada a melhor tecnologia de diagnóstico, enquanto isso, a rede hospitalar pública degrada-se e os cuidados prestados são cada vez mais paupérrimos.
Outro contraste, enquanto as desigualdades se acentuam, Portugal continua a ser o país que mais carros e casas de luxo se vendem, comparativamente à média dos países da União Europeia. As vendas de carros de gama baixa caíram abruptamente e os seus proprietários prolongam a sua vida útil recorrendo as oficinas de reparações rápidas.
Os governantes acenam com o crescimento económico para a resolução de todos os males, de que a nossa sociedade padece. Nada mais errado, pois o crescimento económico não diminui automaticamente a pobreza, nem resolve os graves problemas estruturais, nem a desordem e o caos social.
Necessitamos de uma educação centrada na dignidade humana, assente em valores estruturantes de uma sociedade próspera, desenvolvida e corporativa, completamente diferenciados daqueles que apenas servem os mercados financeiros, desregulados e gananciosos. É urgente que seja definida uma agenda de médio e longo prazo, fora do controlo das agendas partidárias, onde estejam inscritas as políticas públicas regeneradoras, para por termo ao apartheid social e que respeitem a Constituição.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.