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Portugal vive a mais de 150 anos em austeridade e tem tido vários programas de ajuda financeira exterior. Hoje, somos um protetorado, em que as políticas são ditadas pelo exterior, por gente desconhecida e de duvidosa qualidade técnica e científica. A fiscalização dessas mesmas políticas é feita também pelo exterior. Nunca houve um programa de austeridade bem-sucedido num país com uma história grande.

Os países ricos da europa exportam dinheiro e os países pobres exportam pessoas, está é a realidade da união europeia em que vivemos. Mas, devemos olhar para a história e tirar algumas ilações, como por exemplo, a união dos fracos, normalmente acaba por vencer os fortes.

A relação de confiança dos governos tem caído drasticamente e a maioria das lideranças europeias são pobres. A grande maioria dos políticos, na europa não estão preparados para lidar com a incerteza e a ultra complexidade dos tempos em que vivemos. A abordagem europeia é, sem dúvida, a menos assertiva. Penso que a Europa caminha para o abismo que culminará em suicídio.

Os governos dos 27 estados-membros da União Europeia estão a aplicar medidas de austeridade cegamente, sem qualquer medida dedicada ao crescimento económico. Mas, não é só na Grécia, Portugal, também no Reino Unido, na França e muitos outros países estão a sofrer com a austeridade, é como se fosse uma austeridade conjunta e as consequências económicas vão ser devastadoras. A austeridade combinada como os constrangimentos do euro é uma combinação que se vai revelar fatal.

Os altos níveis de desemprego, como o de Espanha que atinge 50 por cento nos jovens desde a crise de 2008, sem esperança de melhorias nos próximos tempos, acaba por destruir o capital humano. As lideranças europeias estão a criar jovens alienados. Os sinais vão-se multiplicando pela Europa, em que o ressurgimento de partidos extremistas e com grande expressividade eleitoral deveriam fazer refletir os principais líderes, caso contrário a história pode repetir-se.

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publicado às 22:26

A mistura explosiva de desemprego e desigualdade

por franciscofonseca, em 18.02.12

Muitas têm sido as reuniões e as cimeiras mundiais organizadas por aqueles que criaram a crise e que continuam a clamar que são eles que têm a solução para a crise. E nunca sairemos do mesmo, porque são sempre as mesmas pessoas, não democráticas, que tomam as decisões. Grande parte destes eventos constituem-se como refúgios luxuosos, com grande cobertura dos media, mas com finais vazios de ideias, de como repensar profundamente os sistemas financeiros.

O planeta conta agora com mais de 225 milhões de desempregados, uma em cada três pessoas é pobre, 1% das famílias em todo o mundo carrega no bolso 40% de toda a riqueza existente, os salários, enquanto percentagem do PIB, estão em mínimos históricos e os lucros empresariais, enquanto percentagem do PIB, nos máximos igualmente históricos. Este modelo capitalista terá de ser repensado, enquanto não surgir um novo modelo económico alternativo.

O que é comum ao mundo inteiro na atualidade é a incerteza económica e financeira, o aumento da desigualdade de rendimentos e riqueza, os grandes desafios da pobreza e os efeitos do desemprego provocado pela crise financeira. A crise das dívidas soberanas europeias, em conjunto com os cortes orçamentais, está a piorar sobremaneira a recessão, principalmente na Europa. Estamos a viver um ciclo vicioso e a austeridade fiscal para resolver o problema da dívida só está a tornar tudo pior.

No velho continente europeu a mistura explosiva está a ser cozinhada. Os medos relativos à perda de cultura, competição pelos recursos económicos, desemprego galopante, falência do estado social constituem as principais causas que explicam a intolerância crescente na Europa. E, como seria de esperar, a atual crise económica e financeira, cuja grande consequência é a austeridade irá, muito provavelmente, exacerbar esta intolerância. A globalização corre o sério risco de descarrilar, o que constitui uma ameaça para a economia global.

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publicado às 12:04

 

As medidas de austeridade, colocam os portugueses em grandes dificuldades económicas, com muitas interrogações quando ao futuro e com elevados níveis de insegurança na sua vida quotidiana. Portugal chegou à presente crise, principalmente devido à muito pouca transparência com que foi conduzido o Estado durante estes anos. Numa altura em que são pedidos tantos sacrifícios a todos os portugueses, o país não aceita que a corrupção continue a minar os pilares da “democracia”.

A principal fonte de corrupção está identificada, envolve elevadas verbas e, reside sobretudo no financiamento dos partidos por empresas a troco do respectivo favorecimento quando o partido alcançar o poder. É perfeitamente perceptível a estreita conexão entre o sistema económico e o financiamento do sistema político, através do financiamento dos partidos políticos como interlocutores privilegiados de acesso ao poder.

A legislação feita pelos deputados é perfeitamente imperceptível, com muitas regras para ninguém perceber nada, muitas excepções para beneficiar os amigos e um ilimitado poder discricionário para quem aplica a lei. A lei é feita à medida, para poder ser driblada, pelos advogados que a "cozinham". Os representantes do povo estão ao serviço de quem os financiou e não de quem os elegeu, sendo a lei do financiamento dos partidos uma vergonha nacional. Todos vemos a troca constante de cadeiras entre o governo, bancos, empresas com peso na bolsa e as grandes construtoras.

Quantos casos de corrupção envolvendo políticos, empresários com fortes ligações ao sistema político foram noticiados, tornados públicos, mas são muito poucos os que tenha havido acusação, julgamento e condenação. Nunca lhes acontece nada, continuam a multiplicar o património de forma inexplicável, os julgamentos são constantemente adiados, pelo uso de subterfúgios manhosos que a lei consente, até à prescrição dos crimes. A impunidade é a regra.

Esta é uma realidade incontornável, a corrupção existe em todos os sectores da sociedade, sendo um problema do modo como é bem ou mal governada. Os ministérios estão tomados e infiltrados por estes poderes obscuros, que acabam por conduzir os destinos de todos os portugueses. Sinto que os portugueses estão a ficar cada vez mais asfixiados, pois a factura de tudo isto vem parar sempre às mãos dos mesmos. Cuidado que o povo também se cansa e as revoltas acontecem, quando menos se espera.

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publicado às 11:25

A velha Europa no caminho do abismo

por franciscofonseca, em 30.05.11

Os líderes europeus acreditam piamente nas medidas de austeridade, como sendo a única solução para sair da crise financeira mundial que surgiu em 2008, nos Estados Unidos, principalmente, devido ao descontrolo do mercado de capitais, flexibilização do mercado de trabalho, liberalização das finanças e dos mercados.

Na minha opinião, a Europa escolheu o caminho errado, pois está a implementar as medidas que são responsáveis pela disseminação da crise, nomeadamente, na Grécia, Irlanda e Portugal, mas outros países se perfilam.

Os senhores que conduzem os destinos da Europa ignoram, o descontentamento entre os jovens, que se tem manifestado em diversos países contra estas políticas. Até ao momento, não tem havido violência, mas estes movimentos partilham um sentimento de saturação, que podem vir a resultar em graves convulsões sociais.

No dia que os 100 milhões de jovens europeus, sem perspectivas de futuro deixarem de protestar no Facebook e no Twitter e saírem para as ruas, estará em marcha uma revolução, para procurar um novo modelo de democracia através de meios pacificos.

Os eurocépticos consideram que o projecto europeu falhou. As medidas de austeridade agravam a tragédia anunciada, agudizam-se as desigualdades sociais, aumentam os impostos, perdem-se apoios sociais, aumenta o desemprego, as famílias deixam de ter rendimentos para suportar o endividamento e o sentimento de penosidade em relação ao futuro é generalizado.

Os jovens habituados à globalização, nascidos na era digital percebem a necessidade de lutar, por novas formas, de regulação dos mercados, das taxas de transacções financeiras, da distribuição mais equitativa da riqueza produzida, diminuição da pobreza, acabar com a exploração, com os poderes instalados, mas tudo isto, aterroriza os manipuladores e especuladores da economia mundial, que controlam todo o sistema e fluxo de capitais.

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publicado às 20:48


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