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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
O trabalho assume na nossa sociedade um papel fundamental nas nossas vidas. Nada nos diz mais sobre a forma como vivemos na actualidade do que a importância que é dada ao trabalho. Quer queiramos quer não, é em grande parte devido a ele que construímos a nossa identidade e que definimos, perante a sociedade, a nossa imagem, estilos de vida e as elites.
E não falo somente do facto de o trabalho ter ocupado a nossa vida interior. As ansiedades e as fantasias que dominam o nosso monólogo interior e que nos ajudam a encontrar um significado para o dia que passou acabam por nos desviar de outros assuntos das nossas vidas.
E se nos queixamos que somos obrigados a dar prioridade ao trabalho em detrimento de outros aspectos das nossas vidas; especialmente no que diz respeito à família ou às relações pessoais; a verdade é que a razão não reside, como tentamos fazer crer a nós próprios, somente numa necessidade económica, outras razões haverá.
O que realmente acontece é que os demais compromissos acabam por ter um peso menor, na contabilidade subjectiva das nossas vidas, quando os comparamos com os nossos sucessos ou fracassos laborais. Pois o fracasso laboral é sem dúvida muito mais penalizador, do que o fracasso familiar, que hoje em dia até está na moda.
As sociedades têm no seu centro o trabalho, a sociedade ocidental moderna é a única a assumir que uma existência com sentido tem invariavelmente de passar pelos portões do trabalho remunerado. Caso contrário será uma existência sem conteúdo, sem glória e sem qualquer significado. Será mesmo assim, ou poderá ser diferente?
Francisco Fonseca
O homem continua a trilhar caminhos, pelos quais jamais chegará ao desenvolvimento integrado, ou seja, ao desenvolvimento humano e tecnológico.
Se não vejamos alguns números arrepiantes. Segundo a UNICEF em 2006, morreram 9,2 milhões de crianças, sendo as principais causas de morte os problemas neonatais, a pneumonia, as doenças diarreicas, a malária, o sarampo, o HIV.
A mesma fonte refere que existem 133 milhões de crianças órfãs em todo o mundo, 15 milhões das quais por causa do vírus da SIDA.
Neste mesmo ano o número de crianças com peso abaixo do normal excedeu os 140 milhões em todo o mundo.
Outro vector essencial é a educação, que é um direito humano básico, fundamental para o desenvolvimento e bem-estar dos indivíduos e das sociedades como um todo. A maior parte da população que abandona a escola encontra-se na África Subsariana, onde cerca de 45,5 milhões de crianças de idade escolar primária não a frequentam. É seguida pelo Sul da Ásia (35 milhões), Médio Oriente e Norte da África (6,7 milhões), Ásia Oriental e Pacífico (4,7 milhões) e pela América Latina e Caraíbas (4,2 milhões).
Proteger as crianças contra a violência, a exploração e abusos diversos, constituem factores essenciais para protecção do seu direito à sobrevivência, crescimento e desenvolvimento. Estima-se que 300 milhões de crianças no mundo inteiro estão sujeitas à violência, exploração e abusos de várias espécies.
Destes 158 milhões de crianças, são obrigadas a trabalhar.
Cerca de dois milhões de crianças, no ano 2007, foram exploradas no negócio multimilionário da indústria sexual, especificamente em prostituição e pornografia.
Estimativas da União Europeia indicam que, no último decénio, os conflitos armados custaram a vida a mais de 2 milhões de crianças, mutilaram 6 milhões, tornaram órfãs 1 milhão e originaram cerca de 20 milhões de crianças deslocadas ou refugiadas.
Perante estes números, como pode o homem, os senhores do desenvolvimento e da prosperidade, acalentar a viver num mundo melhor!
Francisco Fonseca
De facto não somos suficientemente virtuosos, desde tenra idade que somos levados a desconfiar, pela mão dos nossos pais. Eu próprio, que ultimamente tenho reflectido sobre o tema da confiança, chego a conclusão que é muito difícil confiar totalmente numa pessoa.
Em alturas de maior tensão ou crise como a que vivemos presentemente, em que as instituições não confiam, elas próprias, umas nas outras, que as pessoas não confiam nas instituições, nos governantes, nos políticos, nos bancos, nem em si próprias…sem qualquer margem de dúvida, está na moda não confiar!
Neste estado de coisas, caminhamos para a destruição do capital social, abrem-se grandes feridas na coesão social, nas redes sociais, na cooperação. Ou seja, temos vindo a ferir o relacionamento entre as pessoas e a levar à morte as instituições.
Por outro lado a autoconfiança é fundamental para tudo que queiramos fazer na vida, para qualquer trabalho que queiramos realizar. Temos de ter esperança que vamos conseguir, que vamos ser capazes. Penso, que deveríamos colectivamente enveredar pelo caminho da confiança.
Francisco Fonseca
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