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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Muito se fala e escreve sobre as relações entre superiores hierárquicos e subordinados, mas existência de confiança entre os membros de uma organização é o pilar fundamental para o seu êxito.
Uma atmosfera de confiança fomenta a cooperação e a participação, e consequentemente, a satisfação dos colaboradores é potencialmente maior, bem como é maior o compromisso com a organização e o rendimento individual e colectivo.
Existem comportamentos determinantes que podem gerar confiança por parte dos superiores hierárquicos. Considero que entre muitos, os principais passam pela, consistência no comportamento, ou seja, comportamento coerente ao longo do tempo, e em circunstâncias diferentes.
A integridade é outro factor fundamental, principalmente nas praticas, valores, palavras e acções do superior hierárquico.
A comunicação para com os subordinados é extremamente importante, pois a compartilha da informação, o ser oportuna e suficientemente detalhada e que explique as decisões tomadas, constitui um dos factores principais para a confiança.
Delegação é um factor fundamental para gerar confiança, quando não se delega é porque não existe confiança nos subordinados.
A consideração, quer dizer maior respeito pelos subordinados. Esta consideração revela-se no dia-a-dia, pela demonstração de sensibilidade pelas necessidades dos colaboradores, ou seja, o bem-estar do colaborador.
A confiança não se ganha com astúcia, pelo que se carrega nos ombros, mas com exemplaridade.
Francisco Fonseca
Vivemos num mundo, sem dúvida em contra-mão, onde os problemas mundiais têm escala local e onde os problemas locais se podem transformar em problemas globais.
Vivemos num mundo, que em 2025 terá 8 mil milhões de habitantes, ou seja, temos um aumento de 35% de população no globo.
Vivemos num mundo de contrastes. Por um lado morrem 8 milhões de pessoas por ano com fome, cerca de 65% da população mundial vive em pobreza extrema e existem 160 milhões de crianças a trabalhar por esse mundo fora.
Vivemos num mundo em que, nos países desenvolvidos, cada um de nós tem vários telemóveis, vários computadores e “brinquedos” que nos ligam à tecnologia, mas que nos afastam da reflexão sobre os verdadeiros problemas do globo.
Vivemos num mundo onde o conceito de família está a mudar. O papel da mulher alterou-se, o papel do homem também. Isso implica alterações profundas no funcionamento da sociedade que está a ter dificuldades em se adaptar.
Vivemos num mundo em que, os partidos políticos são vistos como aquelas organizações mais afectadas pela corrupção.
Estes são alguns dos principais problemas que nos afectam a todos. São estes os temas que os nossos políticos deveriam debater seriamente. Mas para isso é necessário pessoas que acreditem no que fazem, que não têm de realizar favores a ninguém e que sintam verdadeiramente que podem fazer a mudança.
São estas utopias que fazem a diferença entre um político e um cidadão do mundo. Talvez hoje necessitemos de cidadãos do mundo a gerir os países de uma forma livre e sem ter as mãos atadas a interesses ou a ambições pessoais, e com uma visão global e aberta do mundo em que vivemos.
Estamos em contra-mão ou não? Ou será esta minha visão que vai em sentido contrário?
Francisco Fonseca
Nos últimos tempos, a imprensa nacional repetiu para quem quis ouvir: os portugueses são pobres, mas felizes. Esta conclusão surgiu de um estudo realizado por investigadores do ISCTE.
Assim este estudo conclui que Portugal é um país socialmente frágil, pouco capaz de se mobilizar individual e socialmente mas, estranhamente, com elevados níveis de satisfação e felicidade.
Por outro lado, este estudo refere que no nosso país vive-se um clima de desconfiança nos outros e nas instituições.
Isto é um sinal perigoso para a construção do futuro, pois quando não se confia nos outros dificilmente se constituem laços comuns de conforto ou de solidariedade.
Este facto é chocante, do ponto de vista das possibilidades de acção colectiva e de todos os desafios que Portugal terá que enfrentar no curto e longo prazo.
Para explicar esta felicidade e satisfação os portugueses recorrem muitas vezes a comparações temporais - “eu já vivi pior”, por outro, fazem comparações sociais - “ eu vivo mal, mas há quem viva pior”.
Temos em Portugal muitas populações com níveis de aspirações ainda francamente baixos, isto é, com expectativas que ainda não atingiram um nível suficiente para as pessoas sentirem outro tipo de necessidades, para serem mais exigentes com a sua qualidade de vida.
Se perguntarmos o que poderia melhorar a qualidade de vida dos portugueses as respostas são: mais dinheiro, mais saúde e encontrar emprego.
Trata-se de necessidades ainda muito primárias, tradicionais, muito dominadas pelos traços da privação e da precariedade nos rendimentos e da incerteza face ao futuro.
Mas sem dúvida alguma, quem faz um país é o seu povo. Seja para a o bem, seja para o mal.
Francisco Fonseca
O trabalho assume na nossa sociedade um papel fundamental nas nossas vidas. Nada nos diz mais sobre a forma como vivemos na actualidade do que a importância que é dada ao trabalho. Quer queiramos quer não, é em grande parte devido a ele que construímos a nossa identidade e que definimos, perante a sociedade, a nossa imagem, estilos de vida e as elites.
E não falo somente do facto de o trabalho ter ocupado a nossa vida interior. As ansiedades e as fantasias que dominam o nosso monólogo interior e que nos ajudam a encontrar um significado para o dia que passou acabam por nos desviar de outros assuntos das nossas vidas.
E se nos queixamos que somos obrigados a dar prioridade ao trabalho em detrimento de outros aspectos das nossas vidas; especialmente no que diz respeito à família ou às relações pessoais; a verdade é que a razão não reside, como tentamos fazer crer a nós próprios, somente numa necessidade económica, outras razões haverá.
O que realmente acontece é que os demais compromissos acabam por ter um peso menor, na contabilidade subjectiva das nossas vidas, quando os comparamos com os nossos sucessos ou fracassos laborais. Pois o fracasso laboral é sem dúvida muito mais penalizador, do que o fracasso familiar, que hoje em dia até está na moda.
As sociedades têm no seu centro o trabalho, a sociedade ocidental moderna é a única a assumir que uma existência com sentido tem invariavelmente de passar pelos portões do trabalho remunerado. Caso contrário será uma existência sem conteúdo, sem glória e sem qualquer significado. Será mesmo assim, ou poderá ser diferente?
Francisco Fonseca
Muito se tem publicado sobre as intenções da Coreia do Norte, mas quase nunca acertando, sobre as possíveis evoluções da postura internacional. Quando todos esperavam que aproveitasse a disponibilidade da administração Obama para dialogar foi tomar precisamente o caminho contrário.
É necessário ao mundo perceber a lógica da insistência no desenvolvimento de um arsenal nuclear à custa de manter a população a passar fome, sob uma implacável ditadura e em regime de total isolamento com o exterior.
A grave crise em que o Irão está mergulhado, pela contestação popular das eleições presidenciais que, de modo inesperado, deram uma vitória esmagadora ao Presidente Ahmadinejad, está relacionada com uma estrutura política de Estado única no mundo. O Irão tem um sistema híbrido que combina a liderança religiosa islâmica com a liderança resultante de um processo democrático, mas garantindo que a componente religiosa prevalece, em qualquer circunstância, sobre a republicana.
O Irão tem um papel fundamental a desempenhar na situação do Afeganistão, e de estabilização de toda a zona do médio oriente.
África, que nas últimas décadas tem sido devastada por guerras civis, que colocam o continente africano numa situação humanitária extremamente difícil, necessita urgentemente de medidas estruturais na agricultura, no desenvolvimento social e na saúde. África Central talvez seja a parte do território onde a situação seja mais grave actualmente.
De outro lado a Europa em que Portugal está inserido não está exposta a qualquer ameaça credível de forças convencionais mas não está livre de quatro grandes tipos de riscos que, mesmo distantes, podem afectar a estabilidade de que necessita para ter progresso social e económico, e para cuja solução pode ser necessário o envolvimento directo dos europeus.
São os riscos da instabilidade e caos provenientes de áreas de insegurança crónica, onde persistem vulnerabilidades económicas, demográficas, ambientais e graves desigualdades sociais; são os riscos provenientes de zonas de conflito que continuam por resolver; são os riscos de estados falhados cujos governos não conseguem controlar a totalidade do território, proteger as minorias e manter a lei e a ordem e, finalmente, é o risco do terrorismo transnacional levado a cabo por actores não estatais.
Mais alguns casos de instabilidade poderia referir, mas estes afiguram-se-me como os principais, num mundo cada vez com mais contrastes sociais e civilizacionais, mas que todos nós acreditamos que se trata de um mundo desenvolvido! Eu não embarco nessa caravela do desenvolvimento.
Francisco Fonseca
De regresso a realidade portuguesa, constato que a criminalidade, a insegurança em cerca de 53 bairros problemáticos é cada vez mais preocupante.
Ainda estamos longe da realidade das favelas do Brasil, mas por este andar, se não forem tomadas medidas urgentes e eficazes no combate a este fenómeno, muito em breve se tornará incontrolável.
O trabalho das polícias é cada vez mais exigente, para além de ser feito, quase sempre, com a cobertura dos meios de comunicação social. Mas desenganem-se aqueles que pensam que as policias são a solução para estes problemas sociais.
Nas últimas décadas em Portugal, a estrutura da família, da economia e do mercado de trabalho sofreu alterações profundas. E se fizermos uma análise mais demorada, somos levados a concluir que a sociedade actual é bem mais complexa que a sociedade dos nossos pais e avós.
Desta forma soluções simples para problemas complexos não dão bom resultado.
Francisco Fonseca
Hoje deixo o Chade, ao fim de seis meses de missão na MINURCAT. Missão excelentemente bem dirigida pelo Dr. Victor Ângelo, pessoa especial, com uma força de vida contagiante, uma assertividade invulgar, com quem foi um prazer colaborar e aprender, aqui deixo a minha homenagem.
Foi sem dúvida alguma uma experiência fantástica, muito enriquecedora em termos pessoais e profissionais.
Foram seis meses curtos, que passaram rápido, intensos em termos de trabalho e de relacionamento interpessoal.
Levo daqui uma aprendizagem de vida, que fui assimilando ao longo do contacto com duríssimas realidades de formas de vida, infelizmente, ainda existentes neste mundo desenvolvido e civilizado.
Parto com uma boa sensação, o principal objectivo foi alcançado e, quando assim acontece o nosso interior sai fortalecido.
Para todos os que ficam, o desejo sincero de muitas realizações, muita sorte e uma excelente missão.
Arrepiar caminho é urgente, necessário e sinal de vitalidade. Acreditar é o primeiro passo, para tudo que pretendemos fazer na vida!
Francisco Fonseca
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