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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Portugal colocou hoje, no mercado mais uma emissão de divida, no valor de 1.242 milhões de euros, a uma taxa de juro mais alta de sempre.
Alguns analistas conceituados estavam preocupados, como o mercado iria reagir a esta operação financeira. A procura duplicou a oferta, logo podemos dizer, que ainda existe muita gente interessada, em emprestar dinheiro ao nosso país.
O problema é que este ritmo de endividamento não pode continuar, com a taxa de juro que vamos pagar, o dinheiro fica muito caro e esta prática terá inevitavelmente de passar a constituir o último recurso.
Isto quer dizer, que as medidas de austeridade anunciadas são manifestamente insuficientes, para recolocar as finanças públicas em ordem. Mais cortes, do lado da despesa terão de ser feitos e, meus senhores, nesta matéria, muita coisa é possível cortar, desde que os nossos governantes se reeduquem e façam com que o seu exemplo seja seguido, no sentido descendente, da máquina administrativa do Estado.
Houve um inquilino do palácio de S. Bento, que tinha dois contadores de electricidade e de água, pois, o que ele gastava em proveito próprio pagava do seu bolso. Mas não era preciso chegar a tanto, bastava que a frota automóvel, os salários dos seus condutores, os cartões de crédito, os subsídios de representação, de habitação, as portagens, as telecomunicações móveis, as comemorações de simbologia feitas quase diariamente, as viagens em primeira classe, os hotéis de 5 estrelas, os jantares e os almoços de trabalho, fossem reduzidos em 50%, em tudo que diga respeito a gastos de dinheiros públicos.
Mas, este “monstro” que se chama Estado e a sua administração pública está impregnado de sanguessugas, que secam tudo quanto for coisa pública, sendo esta cultura muito difícil de mudar. Por isso, não me restam grandes dúvidas, aqueles que quiserem verdadeiramente alterar este figurino terão de dar um exemplo muito forte e replicá-lo em todos os sectores, onde seja gerida a coisa pública.
Francisco Fonseca
A sociedade francesa está viva, manifesta-se, reage, luta contra as políticas prometidas pelo poder político.
A sociedade portuguesa vem sendo afectada, por várias políticas de austeridade e com promessas de mais impostos, menos salários, tudo em prol do sistema financeiro internacional, sem esboçar qualquer reacção.
Como disse o ministro das finanças hoje, se não ganharmos a confiança do sistema financeiro, Portugal fica sem financiamento e segundo ele isso seria desastroso! Será? Eu acho que isso seria óptimo, pois todos passaríamos a viver com os rendimentos que produzimos. Caso contrário, este ciclo ruinoso do endividamento das gerações futuras, isso sim, será o desastre da Nação.
Portugal comemorou 100 anos de república, mas a sociedade continua a viver de valores e princípios monárquicos. Vejamos a importância que é dada a algumas famílias da nossa sociedade, ao comportamento dos nossos políticos, a forma como a comunicação social aborda o quotidiano, a ostentação evidenciada pelos quadros superiores da administração pública, desde políticos, gestores públicos, directores de serviços, comandantes militares e policiais. Muitos destes passeiam-se todos os dias em viaturas de luxo, à custa dos nossos impostos, quando podiam muito bem, deslocarem-se nas suas próprias viaturas, conforme fazem a maior parte dos contribuintes. Este bacoquismo provinciano está muito enraizado na sociedade portuguesa.
Por outro lado, o amorfismo instalado na colectividade contribui para que as grandes rupturas, necessárias na cultura vivencial portuguesa fiquem adiadas indefinidamente.
Francisco Fonseca
Hoje aprendi numa aula de políticas públicas leccionada pelo Professor José Oliveira Rocha, os 3 princípios para se chegar longe em muitas situações na nossa vida em Portugal:
1 – Estar sempre pronto para o serviço;
2 – Não fazer nada;
3 – Como vossa excelência quiser.
Para quem como eu, que já passou alguns anos numa instituição da Administração Pública, percebe isto perfeitamente.
Para quem nunca ouviu falar, este Professor Catedrático é o “super sumo” em termos de políticas públicas e administração pública em Portugal.
Posto isto, devo dizer que nos tempos que se avizinham, mais importante se constituem estes princípios, principalmente para quem quer construir grandes carreiras e nunca perder o lugar.
Somos um país onde crescemos numa cultura, em que temos muita dificuldade em harmonizar direitos com deveres, liberdade com responsabilidade, sistema político com o sistema judicial, ética com comportamentos e valores com princípios.
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