Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


As grandes ameaças do futuro

por franciscofonseca, em 13.01.13

O mundo na última década sofreu grandes transformações e a uma velocidade que aumentará exponencialmente no futuro próximo. Identificar os riscos futuros, de forma a poder antecipá-los é cada vez mais difícil. O problema é que cada vez mais agimos de forma reativa depois dos problemas eclodirem. A grande instabilidade macroeconómica por que passamos é disso um bom exemplo, a par dos eventos climáticos extremos, a fome, os Estados falhados e os conflitos armados.

No curto e médio prazo continuaremos a assistir ao aumento das desigualdades, na distribuição da riqueza e das dívidas públicas insustentáveis, principalmente devido as políticas erróneas do passado e do presente, implementadas a nível nacional e internacional. O risco da disseminação do fracasso financeiro sistémico, em conjunto com os desequilíbrios fiscais crónicos poderá desencadear um stress, no sistema económico global.

Os episódios climáticos extremos serão cada vez mais frequentes, as emissões de gases com efeitos de estufa continuam a aumentar. O sistema ambiental está sob um stress crescente, onde o fornecimento de água potável, a par da escassez alimentar, do aumento das temperaturas globais, a que se junta a crise económica para que aconteça a tempestade perfeita, com consequências insuperáveis.

Apesar dos gigantescos progressos na área da saúde, a humanidade sempre esteve sob ameaça de doenças infeciosas, pandemias, mutação de vírus altamente mortíferos, que estão sempre à frente da investigação científica. A crescente resistência aos antibióticos poderá levar ao desastre em termos de doenças bacteriológicas.

A era digital representa também, um risco para a humanidade, que poderá passar por uma desinformação massiva com riscos tecnológicos e geopolíticos que podem passar pelo terrorismo, disseminação de armas de destruição massiva, ciberataques, até à desgovernação global. A internet coloca online um terço da população mundial e um conteúdo ofensivo ou mal interpretado poderá despoletar crises impensáveis. A humanidade evoluirá de forma radicalmente incerta e dentro de uma complexidade crescente.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 10:49

Ameaças, liberdades e a segurança mundial

por franciscofonseca, em 12.09.11

Ontem foi assinalado o 10º aniversário sobre os atentados terroristas de 11 de Setembro, de 2001, que mudaram o Mundo e principalmente a Nação dos Estados Unidos. Hoje, sem qualquer dúvida, vivemos num mundo caracterizado pela incerteza e circundado por diversas ameaças, que passam pela pobreza, as doenças infecciosas, a poluição a degradação do ambiente, as guerras civis e os conflitos entre Estados, a proliferação de armas nucleares, radiológicas, químicas e biológicas, o terrorismo, a criminalidade transnacional organizada.

A velocidade dos acontecimentos é cada vez mais acelerada. As guerras do Iraque, do Afeganistão estão em fase de estabilização vulnerável, não havendo previsões seguras, do que ainda poderá acontecer. As revoltas que estão a acontecer no mundo árabe, primeiro na Tunísia, Egipto, e mais recentemente na Líbia e na Síria poderão espalhar-se à Arábia Saudita e até ao próprio Irão. Os regimes totalitários ainda existentes vivem inseguros, com o medo da revolta popular. Já diz o velho ditado “o povo é quem mais ordena”.

A relação entre os direitos humanos e o Estado de direito tende a ser cada vez mais respeitada. Uma sociedade que não respeite os direitos humanos ou o Estado de direito, seja ela qual for e por melhor armada que esteja, manter-se-á vulnerável e o seu desenvolvimento, por mais dinâmico que seja, permanecerá precário. A este respeito tenho a certeza que os angolanos ainda vão escrever a sua própria história.

A geoestratégia mundial está em mudança, os Estados Unidos adoptam uma posição defensiva e de retaguarda, o que não deixa de ser uma novidade, nesta última década. A China cada vez mais influente no jogo estratégico condiciona toda a região asiática, incluindo o Japão. Veremos o que nos reserva o próximo decénio, mas não me restam dúvidas que as mudanças vão acontecer de forma ainda mais acelerada e surpreendente.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 19:08

 

O Mundo ainda não compreendeu, os desafios que terá de enfrentar com a mudança deste paradigma. O fim da era do petróleo e o começo de uma nova, reveste-se de grande complexidade e ninguém sabe, ao certo, quanto tempo vai demorar. Os líderes mundiais não estão muito interessados na procura de alternativas, pois a dependência dos seus governos, das suas economias, dos ganhos astronómicos, provenientes do negócio do petróleo, continuam a ditar as leis.

A sociedade baseada numa economia, refém do petróleo enfrenta elevados riscos, como os que estamos a presenciar presentemente. O colapso dos governos do Médio Oriente está a fazer disparar os preços, mas, este combustível de origem fóssil será cada vez mais escasso e mais dispendioso. Um segundo risco, tem a ver com o aumento da população mundial, pois o mundo está a alimentar-se, de forma cada vez mais intensiva. Os recursos necessários para produzir alimentos, como a água, os solos férteis, as condições climáticas e principalmente os energéticos, representam problemas cada vez maiores, para a sustentabilidade humanidade. A maior e devastadora ameaça será as guerras fratricidas que, se irão travar entre as maiores potências, pela luta das reservas existentes.

Na minha opinião, as sociedades actuais não estão devidamente sensibilizadas, nem dispostas a alterar o seu comportamento, relativamente ao consumo dos recursos energéticos, nomeadamente, as classes ocidentais médias altas que, rejeitam alterar o seu estilo de vida.

Nos países europeus, onde os combustíveis atingem preços mais elevados, devido principalmente aos impostos governamentais, os cidadãos estão mais receptivos à mudança. Por outro lado, nos Estados Unidos e outros países onde o petróleo é mais barato, a maioria dos cidadãos são mais relutantes, face à mudança de paradigma. As alternativas, ainda são pouco consistentes, mas terão que passar por opções de carbono zero e economicamente viáveis.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 12:30


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Posts mais comentados



Arquivo

  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2019
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2018
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2017
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2016
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2015
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2014
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2013
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2012
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2011
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2010
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2009
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2008
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D