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Mais um escândalo nacional

por franciscofonseca, em 02.01.13

O Estado português prepara-se para nacionalizar mais um banco. Em plena crise, quando se pedem duros sacrifícios a maioria dos portugueses, o governo nacionaliza o que dá prejuízo e privatiza as empresas que dão lucro. Gostava de conseguir vislumbrar esta estratégia de negócio, mas sinceramente não consigo.

O ano de 2012 ficou marcado por vários escândalos milionários no sistema bancário internacional. A manipulação da taxa interbancária Libor atinge os maiores bancos mundiais, como o HSBC, Royal Bank of Scotland e Barclays do Reino Unido, Citigroup e JP Morgan dos Estados Unidos, Deutsche Bank da Alemanha e UBS da Suíça, entre outros que estão a ser investigados.

Agora as atenções voltam-se para a taxa de referência europeia a Euribor, que também existem suspeitas de ser manipulada, por grandes bancos como são o caso do Société Générale, Crédit Agricole, Deutsche Bank e HSBC.

Alguns bancos europeus permitiram que traficantes de droga e supostos terroristas depositassem e levantassem enormes quantidades de dinheiro, mas os respetivos processos de investigação foram todos abafados, com mais uns milhões de euros de multa.

No centro da fiança europeia, Frankfurt os escândalos com o Deutsche Bank sucedem-se, mas também se sucedem os contatos entre os políticos alemães para abafar os casos. Quer as promessas venham de Frankfurt, Londres ou Nova Iorque, para acabar com estes crimes, os grandes magnatas continuam a dominar e controlar os governos e políticos de todo o mundo. O caso português não foge à regra e a nação continuará em processo de empobrecimento. “A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos.” (Mia Couto)

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publicado às 22:21

A banca à moda portuguesa

por franciscofonseca, em 30.06.09

 

O Estado Português está preocupado com a diminuição dos lucros da banca que nos últimos anos têm crescido, em média, mais de 30% ao ano. O ministro das finanças disse que a banca é um sector fundamental na economia. Nos últimos anos os lucros têm sido notáveis e mesmo com a crise continuam a ter lucro, mas muito abaixo dos anos anteriores e do que seria expectável para os accionistas, por isso os bancos precisam de ajuda do Governo.

 

Os bancos espanhóis reduziram os lucros, no primeiro trimestre deste ano, em 21,5%, para os quatro mil milhões de euros, face aos 5,2 mil milhões um ano antes, de acordo com os dados revelados pela Asociación Española de Banca. Foi uma medida estratégica para combater o crédito mal parado.

Em Portugal aumentam-se as margens dos lucros, pois necessitamos de uma banca forte, mesmo que 60% dos lares portugueses sejam obrigados a viver com 900€ por mês, ou seja, 60% dos portugueses a tender para a pobreza extrema.

 

A banca à moda portuguesa, apenas nos três primeiros meses deste ano os cinco maiores bancos que operam em Portugal (CGD, BES, BCP, BPI e Santander Totta) obtiveram 533 milhões de euros de lucro. Estes milhões de lucros foram conseguidos, em grande parte, à custa do aumento do preço dos serviços bancários e das elevadas margens impostas no crédito à habitação. A crise, portanto, não é para todos: a pobreza crescente da população trabalhadora é o reverso da acumulação de capital. Hoje mesmo, podemos confirmar na imprensa que os Bancos triplicaram as suas margens de lucro com os sucessivos aumentos dos spreads, de forma a compensar as sucessivas baixas das taxas de juro indexadas à euribor.

 

Assim vai este belo país plantado a beira-mar. Haja coragem e patriotismo para se continuar a viver aqui!

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 18:44


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