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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Todas as pessoas que se vêem na iminência de deixar cargos de poder, ou por se reformarem, ou por fim de ciclo, sentem uma sensação muito próxima, daqueles que deixam a droga. A perda do poder é também, uma perda do papel social e de tudo que está associada a ele. O poder vicia as pessoas quer a nível físico, quer a nível psicológico. Isto explica a dificuldade das pessoas, que estão muito tempo no poder, de o deixar quando chega o momento, pois, em certos casos chegam mesmo a resistir à saída.
A excitação, a adrenalina, sentidas nas discussões importantes, que envolvem outros dirigentes de topo, faz com que as pessoas se sintam sempre muito preenchidas interiormente. Quando deixa de acontecer, o vazio começa a ser cada vez maior, deixa-se de sentir o sangue correr nas veias, os indivíduos ficam afectados de forma irremediável. Estar fora do poder corresponde a estar longe das câmaras de televisão, das primeiras páginas dos jornais, ou seja, longe do frenesim social, quase invisível.
Um dos exemplos mais actual é o do ex-presidente Lula, quando afirmou que é difícil voltar à planície, depois de ter trilhado um caminho difícil e tortuoso para chegar ao poder. Esta franqueza não está ao alcance de qualquer um, pois ele consegue, nas suas declarações expor perfeitamente, as grandezas e as debilidades de um ser humano. Pena que todos aqueles que exercem o poder, seja a que nível for, não tenham a mesma humildade, pois o mundo seria bem diferente.
Alemanha e França empurram Portugal para a ajuda externa, pois muito brevemente o país ficará incapaz de se financiar, nos mercados a taxas de juro sustentáveis. Quanto mais medidas, nesta altura forem tomadas para acalmar os mercados, pior será para o futuro de Portugal. O medo de contágio a outros países, como a Espanha, Itália é muito real. Muitos portugueses já estão a pagar a factura, pois vejo cada vez mais pessoas a pedir nas ruas, outras em busca de alimentos nos caixotes do lixo e sei que muitos, por vergonha, sofrem em silêncio. Não podemos sentir vergonha da história que escrevemos.
A factura já chegou em termos económicos, mas ainda vai chegar uma factura mais pesada, pois Portugal está a criar gerações sem preparação, sem valores, sem qualificações necessárias para enfrentar este mundo cada vez mais globalizado. Se o presente é difícil o futuro irá ser tenebroso, pois não conseguimos aprender com os erros do passado, não temos memória da história colectiva do nosso país.
Estamos a passar tempos em que política está mergulhada num lodaçal, onde há uma falta gritante de liderança, capaz de arrepiar caminho para um novo rumo, pois, cada vez mais somos comandados, pela senhora baronesa, como já lhe vi chamar, Angela Merkel.
As pessoas deixaram de estar no centro das atenções, das preocupações, para dar lugar ao sistema financeiro, aos mercados de capital, aos lucros imediatos. Todas as crises criam rupturas, quer na sociedade, quer nas estruturas do Estado, estamos no tempo certo para criar essas rupturas. A revolução, principalmente a da solidariedade tem de ser feita, só em conjunto e com grande união se conseguirão resolver as crises individuais, para depois resolvermos esta crise socioeconómica colectiva. Deixo as sábias palavras de António Aleixo, para reflexão “o pão que sobra à riqueza, distribuído pela razão, matava a fome a pobreza e ainda sobrava pão”.
O centro de tropas de comandos do exército português foi alvo um incidente muito grave. Desapareceram 10 armas de calibre de guerra, duas espingardas automáticas G-3 de 7,62 milímetros, duas pistolas-metralhadoras HK MP5 de nove milímetros e mais seis pistolas USP, não se sabendo até à data o seu paradeiro. Normalmente, os depósitos de armamento nas unidades militares são pela sua natureza, os locais melhor protegidos.
Não ficaria nada surpreso, que se viesse a constatar, que o quartel tenha sido alvo de uma infiltração, por parte do crime organizado e violento, que alastra em Portugal. Hoje, a disciplina que impera, nestas unidades de tropas especiais, nada tem a ver com a que imperou noutros tempos. O facilitismo, a desresponsabilização, a indisciplina, são os novos valores das novas gerações, com reflexo directo nas condutas individuais, no sentimento de pertença, na unidade colectiva e na operacionalidade.
O tráfico de armas é um problema gravíssimo para a segurança dos Estados, sendo um dos principais negócios do crime organizado, acabando por gerar desvios graves nas sociedades. As estatísticas oficiais da UN dizem que andam em circulação no mundo, 640 milhões de armas, que são responsáveis por meio milhão de mortos por ano.
Bem, se os nossos quartéis não apresentam condições de segurança, o melhor é mesmo fechá-los. Poupa-se muito dinheiro e podem servir outras causas muito nobres. Por exemplo, albergar todos aqueles que vivem nas ruas, dos principais centros urbanos, servir de abrigo provisório para centenas de imigrantes ilegais, que aterram no nosso país, trazidos pelas redes de tráfico internacional de seres humanos. Acho que poderia ser uma boa solução.
A criminalidade violenta e grave teve um decréscimo de 10% no ano transacto em Portugal no número de crimes participados. A primeira vista parece ser uma boa notícia, mas houve um aumento qualitativo sustentado da violência e da organização imprimida pelos grupos criminosos, na sua actividade.
Os últimos assaltos a ourivesarias que ocorreram por todo o país demonstram bem a preparação, o planeamento elaborado, o profissionalismo e a eficácia com que estas acções são executadas. Outras das características fundamentais destas organizações são a sua capacidade de adaptabilidade e regeneração, em curtos espaços de tempo.
Muitos se recordarão dos famosos anos 80, onde a criminalidade violenta e organizada teve um grande crescimento, que por sua vez coincidiu com uma das mais fortes crises económicas sentidas no nosso país. Na minha opinião estamos a entrar num novo ciclo, de aumento qualitativo deste tipo de crime.
Por outro lado, considero que a investigação criminal necessita urgentemente de uma profunda reestruturação e reorganização, pois actualmente, o que existe é um lodaçal onde várias forças e serviços detêm competências de investigação diferenciadas, mas que não existe qualquer coordenação e troca de informações, ao nível táctico, conducentes a uma melhor operacionalização e rentabilização dos meios humanos e materiais, a disposição do Estado. É necessário urgentemente repensar a estrutura da investigação criminal, adaptando-a às novas realidades criminais, caso contrário, o nosso país poderá transformar-se, a muito curto prazo, num paraíso para estes grupos criminosos transnacionais.
Em 2011 vai ser distribuído gratuitamente o sniff kit aos toxicodependentes. Esta grande medida está devidamente orçamentada. O sniff kit vai ter dois canudos para cheirar cocaína, uma seringa para injectar heroína, um cachimbo para fumar crack, dois preservativos para evitar o contágio da AIDS/SIDA e outras doenças sexualmente transmissíveis, um tubo de lubrificante, para facilitar as relações de risco!
Segundo o relatório de 2010 do United Nations Office on Drugs and Crime, Portugal aparece cada vez mais como uma porta de entrada de drogas com destino ao centro da Europa. A rota da cocaína e da cannabis, proveniente da América Latina, privilegia a via marítima através de contentores, a rota da heroína faz-se por via terrestre com origem no médio oriente. No mundo existem cerca de 190 milhões de clientes de Cannabis, 52 milhões de anfetaminas e êxtase, 19 milhões de cocaína e 21 milhões de heroína, ou seja, os narcotraficantes têm cerca de 280 milhões de clientes.
Temos um país que define bem as prioridades, investe mais no consumo de drogas sem riscos, do que em matéria de combate ao tráfico e aos narcotraficantes, que cada vez mais proliferam e ramificam os seus tentáculos, sem que seja feito um sério investimento em políticas e estratégias, que permitam às policias um combate eficiente e eficaz a este flagelo social. Se Portugal fosse um país de fortes recursos financeiros, até seria atendível esta medida, mas neste momento, para a maior parte sofrível, penso que é uma prioridade muito, mas muito discutível...
Francisco Fonseca
Não resisti a esta história, que está deliciosa e decidi compartilhá-la com os leitores deste blog. Mais um longo dia do Dr. Tuga. Os sonhos foram numa almofada de algodão (Made in Egypt) e foi acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã. Seguidamente foi para o banho com shampô (Made in Spain) e enquanto o café (Made in Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China), tendo usado perfume (Made in France).
Depois, vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), calças de marca (Made in Singapore) e um relógio (Made in Switzerland). Preparou as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Poland), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas. Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.
Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e após comer uma pizza (Made in Italy), o Dr. Tuga decidiu relaxar por uns instantes. Calçou as suas havaianas (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonesia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em Portugal…Será que é difícil de adivinhar? Pena que esta pequena história não seja lida pelos nossos governantes, pelos grandes economistas deste país e já agora por todos os portugueses, talvez mudasse alguma coisa!
Francisco Fonseca
Política, poder, jogos, tudo isto tem um fim!
Muitos de nós ainda pensamos que a nossa competência, dedicação, esforço poderão um dia ser recompensados pelos nossos superiores hierárquicos, o melhor mesmo é esquecer. Bom desempenho, bom profissionalismo não chegará para subir na escalada do poder, pois, valores mais altos se levantam quanto à questão do poder.
Sou de opinião, que uma boa performance, inteligência, e muita força de vontade não chegam para conseguirmos atingir lugares de destaque em termos hierárquicos. Para que isso aconteça é necessário, que as pessoas se saibam autopromover, cultivar uma imagem de autocontrolo e autoridade, escolher as relações certas, pedir favores as pessoas certas e na hora certa e saber bajular as pessoas com poder de decisão.
Hoje, torna-se imperioso sabermos e conhecermos o mundo em que vivemos, e reconhecer que não é o que muitos gostaríamos que fosse, ou seja, é como é, nada mais. Este é um factor fundamental para quem deseja subir uns degraus na escada do poder. Muitas vezes ouvimos dizer que as pessoas têm aquilo que merecem, quem pensar assim não irá muito longe…
Assim, a verdade simples e universal é que a política triunfa sempre sobre a performance. Muitos teóricos sobre gestão e liderança, nos seus livros e palestras deveriam colocar o seguinte aviso: Atenção este conteúdo poderá ser prejudicial para a sua carreira. A verdade é que a maior parte destes gestores de sucesso contam as suas histórias, mas escondem e maquilham os jogos de poder, que tiveram de fazer para lá chegar.
Francisco Fonseca
Grande embaraço para a diplomacia dos Estados Unidos, o site WikiLeaks, responsável pela divulgação de outros documentos secretos, divulgou cerca 250 mil telegramas enviados pelos representantes diplomáticos de todo o Mundo, para o departamento de Estado dos Estados Unidos.
Muitas personalidades e líderes mundiais foram espiados. Até Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, não escapou, apesar de esta organização ser um território neutral onde a espionagem está proibida. Seguiram-se, Sarkosy, Angela Merkel, Putin, David Cameron, Berlusconni, entre outros. Sarkosy é considerado um político birrento, David Cameron um peso leve, Angela Merkel pouco flexível, Putin e Berlusconi gostam de festas selvagens. Até aqui nada de surpreendente, tudo isto é do conhecimento público.
Outra revelação explosiva refere, que um alguns estados árabes sunitas, entre os quais, Arábia Saudita, Emirados árabes Unidos e Egipto, pressionaram os Estados Unidos para uma intervenção militar no Irão, o que pode fazer estalar o verniz na situação do Médio Oriente. Num desses documentos o Rei Abdullah exorta os EUA para atacar o Irão.
As reacções tem sido prudentes, cautelosas, da maioria dos representantes políticos dos países visados, mas uma coisa é certa, as fontes dos serviços secretos dos Estados Unidos perderão a confiança nos seus agentes. A secretária de Estado Hillary Clinton disse que este caso constitui um grave ataque contra os Estados Unidos e contra a comunidade internacional. Com certeza, que as relações de confiança entre as nações sai minada. Mas uma coisa é certa, se alguém ainda tinha dúvidas de quem controla o Mundo, economicamente, militarmente, socialmente e culturalmente, hoje ficou bem claro. O Mundo continua a ser unipolar, talvez um dia deixe de ser, mas esse dia está muito longe…pena que assim seja! Novo ataque está a ser preparado, agora contra a banca internacional.
Francisco Fonseca
Batalhão de Operações especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro
Hoje, muitos brasileiros estão frustrados com as expectativas criadas em torno desta mega operação de combate aos traficantes. Muitos queriam que o exército, a marinha e as polícias massacrassem todos quantos aparentassem ser suspeitos, ou seja, os mediatalistas e os justiceiros advogavam para os bandidos o mesmo tratamento que é dado às vítimas do tráfico. Mas os resultados até agora são bem diferentes, assistimos a uma operação responsável e competente, onde foram presos mais de 400 suspeitos, apreendidas 40 toneladas de drogas, centenas de armas e mortos mais de 50 traficantes, por terem oferecido resistência as forças policiais.
Pois, mas muitos pensam que os chefes do tráfico nas favelas fugiram, os verdadeiros donos do tráfico nunca estiveram na favela, nem sequer foram descobertos, continuando a viver em segurança e luxuosamente. Um grande objetivo acho que já foi conseguido, isto é, acabou-se com a inércia, com a posição de vítimas ao ser tomada esta atitude. Claro que o tráfico não vai acabar, isso em lugar nenhum do Mundo, mas se for dada continuidade a este trabalho pelas autoridades brasileiras, pode ser reduzido a níveis socialmente aceitáveis.
Outro objetivo, na minha opinião também foi conseguido, que passa pelo fato de os traficantes perderem o sossego e o sentimento de impunidade que acreditavam ter. Por outro lado, a confiança das populações e das polícias sai reforçada, o que pode ser um bom sinal para o estabelecimento do controlo social nestas áreas de grande vulnerabilidade social.
Deixo o meu reconhecimento a todos os operacionais do BOPE, pelos longos anos de trabalho nesta dura realidade, com grande profissionalismo, de que os brasileiros se devem orgulhar, sem reservas.
Francisco Fonseca
A Nação lusa tem de voltar a redescobrir o seu caminho!
A primeira grande greve geral teve lugar, em de 28 de Março de 1988, contra o pacote laboral e o projecto da Lei dos Despedimentos, que viria a ser aprovada pelo governo, do agora Presidente Cavaco Silva.
Muitas interrogações se colocam quanto à pertinência desta greve. Sou daqueles que luto e sempre lutarei contra as injustiças. O povo português está a passar por momentos muito complicados, as perspectivas de melhoras não existem, bem pelo contrário. A pergunta que todos devemos colocar é como foi possível deixar o país chegar a este ponto?
As minhas respostas são iguais as de quase todos os portugueses. Querem mesmo saber quem deve arcar com as consequências? A minha resposta é todos quantos têm sangue lusitano. Muitos me dirão, que resposta mais absurda. Outros pensarão, a culpa é dos políticos. Muitas mais respostas haverá, sem dúvida.
Mas deixo 5 causas que explicam, a meu ver, a situação em que nós encontrámos:
1- O deslumbramento colectivo com entrada na CEE em 1986 levou à perda do sentido de disciplina e rigor das contas públicas e privadas, devido à enxurrada de dinheiro vindo da Europa, tornando o acesso ao dinheiro fácil;
2- Aproveitamento dos fundos europeus, em grande parte, para o enriquecimento fácil e individual, dos boys partidários, dos ali babás portugueses;
3- Não criação de infra-estruturas produtivas, capazes de modernizar o país, implementar e conduzir, as reformas administrativas e sociais de fundo, de que tanto este país necessita;
4- Desmantelamento da capacidade produtiva, principalmente da agricultura, pesca e industria, devido aos avultados subsídios vindos da União Europeia. Não conheço nenhum país rico e desenvolvido, que não tenha uma agricultura forte;
5- Falta de qualidade na classe política, neste quarto de século, gente com as vistas muito curtas, políticas eleitoralistas, fracos zeladores da coisa pública, gastadores bacocos, falta de políticos com as vistas largas, capazes de rasgar horizontes e de puro-sangue luso.
Muitas mais explicações haverá com certeza, mas deixo para os leitores deste blog. Só nos conseguiremos levantar, erguer das cinzas, se reencontramos colectivamente o espírito combativo, o querer, a determinação, a disciplina, o rigor e a visão dos portugueses, de há quinhentos anos, que colocaram Portugal no Top das mais poderosas Nações do Mundo.
Francisco Fonseca
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