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Traficantes de droga criam novas rotas

por franciscofonseca, em 20.08.12

Segundo as autoridades espanholas, o Algarve passou a ser a principal porta de entrada de haxixe na Europa, após o reforço de vigilância em Espanha, que está a empurrar os traficantes de droga para a costa portuguesa, sem vigilância, estando operacional apenas um radar.

Por outro lado, os países africanos de colonização portuguesa estão a ser cada vez mais utilizados por traficantes de droga sul-americanos, entre eles brasileiros, como ponto de passagem para os mercados da Europa e da África do Sul. A rota da droga, proveniente de vários países da América do Sul, está em diversificação, utilizando agora a Guiné-Bissau e Cabo Verde para abastecer o mercado europeu, e Angola e Moçambique para fazer o narcotráfico chegar à África do Sul.

O corredor lusófono da droga, com importante conexão com o Brasil, tem na Guiné-Bissau um ambiente particularmente propício para os traficantes, devido a sua localização em relação à Europa e à América do Sul, a falta de policiamento e a suas ligações linguísticas com Brasil, Portugal e Cabo Verde.

Particularmente nas ligações aéreas e marítimas, Cabo Verde parece operar como uma escala entre três destinos: o fornecedor (Brasil), o mercado (Portugal e Europa) e o armazém (Guiné-Bissau). Com o rápido desenvolvimento do turismo e de relações com comunidades de imigrantes nos Estados Unidos, Cabo Verde também pode ser um local ideal para lavagem de dinheiro.

Os traficantes brasileiros preferem enviar a cocaína destinada à África do Sul para aeroportos pouco seguros, em Angola ou Moçambique, por meio de mulas (transportadores) africanas. As rotas tradicionais começam a estar muito vigiadas e as apreensões e detenções sucedem-se, cada vez com maior frequência. Os traficantes criam novas rotas onde a droga passa a circular com maior segurança, até chegar aos consumidores finais.

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publicado às 19:27

Made in Portugal

por franciscofonseca, em 05.12.10

Não resisti a esta história, que está deliciosa e decidi compartilhá-la com os leitores deste blog. Mais um longo dia do Dr. Tuga. Os sonhos foram numa almofada de algodão (Made in Egypt) e foi acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã. Seguidamente foi para o banho com shampô (Made in Spain) e enquanto o  café  (Made in Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China), tendo usado perfume (Made in France).
Depois, vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), calças de marca  (Made in Singapore)  e  um relógio (Made in Switzerland). Preparou as torradas de trigo (produced in USA)  na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena  (Made in Poland), pegou na máquina de calcular (Made in  Korea) para ver quanto é que poderia  gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in  Thailand) para ver as previsões meteorológicas. Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India),  ainda bebeu um sumo  de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden)  e  continuou à procura de emprego.
Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do  seu telemóvel (Made in Finland) e após comer uma pizza (Made in Italy), o  Dr. Tuga decidiu relaxar por uns instantes. Calçou as suas havaianas (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made  in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV  (Made in Indonesia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar  um emprego em Portugal…Será que é difícil de adivinhar? Pena que esta pequena história não seja lida pelos nossos governantes, pelos grandes economistas deste país e já agora por todos os portugueses, talvez mudasse alguma coisa!

Francisco Fonseca

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publicado às 14:02


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