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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Hoje todos temos opinião sobre tudo, mas a realidade é que nada conhecemos. As pessoas produzem juízos apressados, que levam a condenações precipitantes, baseados em estereótipos, pensamentos tacanhos.
Podemos dizer que vivemos também na época do fast food intelectual e, isto por culpa de comentadores, políticos, jornalistas, escritores e publicitários.
Os espaços informativos de qualquer canal televisivo são autênticos hamburgers, já as novelas e as revistas cor-de-rosa são a sobremesa servida em forma de donuts.
Penso que cada vez mais o problema está na família e na escola que temos hoje. Os pais intoxicam as crianças, desde muito cedo com desenhos animados, videojogos e telenovelas, de forma a não chatearem muito. Depois é normal que estas crianças quando passam a vida adulta, não tenham uma vida saudável e equilibrada em termos de raciocínio.
O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades, ou seja, repleto de hamburgers, donuts e intoxicações de que são vítimas diariamente.
Por isso, nenhuma admiração que nestes tempos de abundância e desenvolvimento tecnológico, os grandes pilares do desenvolvimento humano estejam em decadência. Os valores da família são contestados, as tradições esquecidas, a cultura violentada e a arte passou a ser doentia, fútil e desinteressante.
Por outro lado, floresce a pornografia, a imitação banal, o egoísmo, o individualismo e, os grandes tráficos mundiais. Acho que não é o fim de uma forma de civilização, ou a decadência final, como muitos vão apregoando.
Penso que tudo isto não passa de obesidade mental, isto é, o homem dos nossos tempos está bastante adiposo no pensamento, nos sentimentos e gostos. Como todos os grandes responsáveis pelos desígnios da civilização apregoam, de que o mundo necessita de grandes reformas, desenvolvimento económico e progresso tecnológico. Na minha opinião nada disto é uma necessidade premente. Mas sim, é urgente que o homem comece a fazer uma dieta mental, caso contrário correremos o risco do cérebro humano perder a racionalidade que o caracteriza.
Francisco Fonseca
Acabamos o século XX no auge do desenvolvimento tecnológico, empresarial e, onde o capital financeiro suportava esse desenvolvimento. Esta realidade era compreendida por todos os operadores, quer financeiros, quer empresariais.
Neste inicio de século, muita coisa foi mudando. As empresas começaram a fundir-se e apareceram os grandes grupos empresariais, onde as actividades desenvolvidas se multiplicam e diversificam. Com isto surgem também os grandes grupos económicos e, assim muda-se de paradigma, ou seja, o capital financeiro começa a controlar os destinos das empresas.
É esta mudança de paradigma, que a maior parte dos analistas, economistas, comentadores, políticos, governantes, ainda não conseguiu perceber, nem entender e, desta forma, continuamos a escutar e a visionar enxurradas de asneiras diariamente, vindas de todos os quadrantes.
Hoje, o capital financeiro tomou a dianteira que, até então pertencia ao desenvolvimento empresarial e tecnológico, isto é, os grupos empresariais passaram para segundo plano e as leis são ditadas pelo capital financeiro, usando em alguns casos a especulação para retirar maiores dividendos.
Vivemos na era da capitalismo desenfreado, em que os resultados financeiros e a sua maximização, se sobrepõe a todos os valores e princípios morais e humanos.
Por isso, todos os dias ouvimos ilustres políticos, economistas e, governantes a dizer que o país necessita de mais apoios para a criação de pequenas e médias empresas, ou seja, esta realidade desapareceu, fazia parte do século passado. Depois outra grande parangona defendida por todos é a necessidade de mais desenvolvimento e crescimento económico, mas esta realidade só beneficiará o capital financeiro e por sua vez os grandes grupos económicos, não os simples votantes e contribuintes.
Teremos de viver na incerteza permanente e nesta angústia profunda!
Francisco Fonseca
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