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25 de abril do futuro

por franciscofonseca, em 25.04.10

 

 

Qualquer sociedade desenvolvida tem como principal pilar de sustentação a educação e o ensino, seja ele a que nível for.

 

Portugal nunca teve, nem tem um nível de ensino capaz de projectar a sua sociedade para níveis de desenvolvimento que sejam comprováreis as sociedades desenvolvidas.

 

Mais, caminhamos para o abismo completo, pois basta olhar para o nosso sistema de ensino e todos vemos que temos alunos que querem fazer tudo, menos aprender, professores que estão completamente desacreditados, pais que a muito se afastaram do papel de principais educadores e de transmissores de valores.

 

Depois, temos governos que aparecem com crianças escolhidas e pagas por uma empresa de casting para ficarem bonitos (as crianças e os governantes) na televisão.

 

Os nossos alunos estão em estado bruto, estão tal e qual a Natureza os fez, cresceram como silvas que nunca viram uma tesoura de poda. Apesar de terem 15/16 anos parece que nunca conviveram com gente civilizada.

 

Esta é a nossa realidade, quer se acredite ou não, e projecta uma cultura para as gerações futuras.

 

Penso que chegou a hora desta cultura, deste estado de coisas, mudarem radicalmente e, todos nós ao seu nível pugnamos por um patamar superior de desenvolvimento.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 00:26

Gestão e inexperiência

por franciscofonseca, em 04.02.10

Nenhum gestor, nenhum líder pode estar preparado para todas as surpresas, por mais cursos e experiência que tenha.

Para se ter sucesso na gestão como líder é necessário ter uma forte visão, compartilhada por um pequeno número de pessoas. Neste grupo é fundamental haver uma mente de principiante, pois só estes conseguem ver uma situação sob uma luz diferente. É essencial ter mente de principiante, aberta a novas experiências e surpresas, principalmente nos dias que vivemos.

Este factor tem sido ignorado, pelos principais pensadores da gestão, de liderança e dos negócios. Hoje vivemos no tempo de coleccionar currículos, mas isso não é seguramente o mais importante. O que importa é que as pessoas que trabalham em equipa joguem no mesmo espaço e tenham objectivos comuns e leais, mas, infelizmente cada vez é mais raro.

O que me estimula a continuar esta caminhada, é de facto gostar daquilo que faço. Um dia um famoso equilibrista chamado Karl Wallenda disse: “O único momento em que me sinto vivo é quando ando na corda bamba. O resto é espera.” Por isso comigo acontece quase o mesmo, quando somos envolvidos em projectos ambiciosos, quando confiam no nosso trabalho, quando somos reconhecidos pelos melhores motivos, sentimos que estamos vivos, caso contrário estamos em espera…espera essa que cansa muito, mas muito.

Receio que a espera seja demorada, por isso resta esperar e apelar à paciência em grandes doses.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 19:42

Défice de confiança

por franciscofonseca, em 12.07.09

Muito se fala e escreve sobre as relações entre superiores hierárquicos e subordinados, mas existência de confiança entre os membros de uma organização é o pilar fundamental para o seu êxito.

Uma atmosfera de confiança fomenta a cooperação e a participação, e consequentemente, a satisfação dos colaboradores é potencialmente maior, bem como é maior o compromisso com a organização e o rendimento individual e colectivo.

 

Existem comportamentos determinantes que podem gerar confiança por parte dos superiores hierárquicos. Considero que entre muitos, os principais passam pela, consistência no comportamento, ou seja, comportamento coerente ao longo do tempo, e em circunstâncias diferentes.

 

A integridade é outro factor fundamental, principalmente nas praticas, valores, palavras e acções do superior hierárquico.

 

A comunicação para com os subordinados é extremamente importante, pois a compartilha da informação, o ser oportuna e suficientemente detalhada e que explique as decisões tomadas, constitui um dos factores principais para a confiança.

 

Delegação é um factor fundamental para gerar confiança, quando não se delega é porque não existe confiança nos subordinados.

 

A consideração, quer dizer maior respeito pelos subordinados. Esta consideração revela-se no dia-a-dia, pela demonstração de sensibilidade pelas necessidades dos colaboradores, ou seja, o bem-estar do colaborador.

A confiança não se ganha com astúcia, pelo que se carrega nos ombros, mas com exemplaridade.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 23:01

Pobres e felizes

por franciscofonseca, em 06.07.09

Nos últimos tempos, a imprensa nacional repetiu para quem quis ouvir: os portugueses são pobres, mas felizes. Esta conclusão surgiu de um estudo realizado por investigadores do ISCTE.

Assim este estudo conclui que Portugal é um país socialmente frágil, pouco capaz de se mobilizar individual e socialmente mas, estranhamente, com elevados níveis de satisfação e felicidade.

 

Por outro lado, este estudo refere que no nosso país vive-se um clima de desconfiança nos outros e nas instituições.

Isto é um sinal perigoso para a construção do futuro, pois quando não se confia nos outros dificilmente se constituem laços comuns de conforto ou de solidariedade.

Este facto é chocante, do ponto de vista das possibilidades de acção colectiva e de todos os desafios que Portugal terá que enfrentar no curto e longo prazo.

 

Para explicar esta felicidade e satisfação os portugueses recorrem muitas vezes a comparações temporais - “eu já vivi pior”, por outro, fazem comparações sociais - “ eu vivo mal, mas há quem viva pior”.

Temos em Portugal muitas populações com níveis de aspirações ainda francamente baixos, isto é, com expectativas que ainda não atingiram um nível suficiente para as pessoas sentirem outro tipo de necessidades, para serem mais exigentes com a sua qualidade de vida.

 

Se perguntarmos o que poderia melhorar a qualidade de vida dos portugueses as respostas são: mais dinheiro, mais saúde e encontrar emprego.

Trata-se de necessidades ainda muito primárias, tradicionais, muito dominadas pelos traços da privação e da precariedade nos rendimentos e da incerteza face ao futuro.

Mas sem dúvida alguma, quem faz um país é o seu povo. Seja para a o bem, seja para o mal.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 19:00

Os novos motores da economia

por franciscofonseca, em 15.06.09

Os EUA deixaram definitivamente de ser o motor económico da retoma. A estratégia do aumento das importações baseada na acumulação de um défice externo gigante esgotou-se; a actual crise deu o golpe de misericórdia nesse esquema de dinamização do comércio internacional.


O que assistimos foi que na última década, os Estados Unidos e um pequeno conjunto de outros países forneceram a procura necessária para a economia mundial crescer.

 

A responsabilidade pela luz ao fundo do túnel está, por isso, nos países que poderão, agora, dinamizar a procura mundial. Serão eles o motor da retoma. A Alemanha, campeã das exportações (9,2% dos fluxos de exportação mundial) e terceira em termos de superávit; a China, número dois nas exportações (9%), e com o segundo maior superávit do mundo; Médio Oriente, com 6,6% das exportações e o maior excedente do ano de 2008 por efeito do choque petrolífero; e o Japão, com 4,9% das exportações mundiais, mas com um excedente da balança comercial muito pequeno.

 

Assim, por um lado temos a responsabilidade destes novos motores da retoma. Por outro a responsabilidade dos políticos mundiais. E aqui o maior erro político acontecerá se os grandes credores insistirem em continuar a gerir excedentes, pois nesta perspectiva a recessão aprofundar-se-á e será mais longa. Os governos actuais não podem enveredar pelo caminho mais fácil, ou seja, de retomarem o proteccionismo do tempo entre as duas guerras mundiais do século XX.

 

Ficamos todos a espera que apareça a luz ao fundo do túnel!

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 17:36

O fim da linha

por franciscofonseca, em 02.05.09

 

 

Estive há dois dias no leste do Chade, junto a fronteira com o Darfur, em Goz Beida no campo de refugiados de Djabal, local de areias quentes e de gente a viver no fim da linha.

Uma delegação da União Africana foi ouvir as reivindicações dos refugiados do Darfur. Homens e mulheres falaram, num discurso esclarecido e inteligente, mostraram as suas inquietudes e preocupações com o seu futuro.

Os ex-presidentes da África do Sul Thabo Mbeki, da Nigéria Abubacar e do Burundi Buyoya escutaram atentamente, tomaram as suas notas e deixaram uma brisa de esperança nestas gentes.

Mas como acontece em quase todos os conflitos a nível mundial, creio que este não foge a regra, a solução terá de sair dentro das partes beligerantes. Pode haver pressões exteriores, mediação, negociações e acompanhamento internacional, mas a solução só chegara quando as partes tomarem consciência que a violência, descriminação, jamais conduzira os povos ao bem-estar, progresso e desenvolvimento.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 18:40

A guerra assimétrica

por franciscofonseca, em 19.04.09

Durante os últimos três séculos, os estados entravam em conflito de acordo com princípios e métodos baseados em estratégias de guerra clássica, suportadas pelo conceito de compromisso hostil entre dois estados soberanos vistos como únicas entidades. Esta definição está agora obsoleta.

O dealbar deste terceiro milénio continua cheio de incertezas. Num mundo hoje marcado pela volatilidade identitária, as zonas de interesse estratégico fundamentais alteraram-se, e passaram a ser aquelas que são capazes de exportar a sua própria instabilidade.

A actual conjuntura internacional, onde o papel do Estado soberano está em crise, também se caracteriza pela flexibilização do conceito de fronteira e pela aceitação de situações de cidadanias múltiplas e de governança partilhada.

A superioridade tecnológica dos meios militares ocidentais, e principalmente americanos, induz qualquer adversário a refugiar-se em respostas assimétricas, socorrendo-se de métodos tradicionais, por vezes rudimentares, à mistura com meios de alta tecnologia disponíveis no mercado civil.

São inúmeros os exemplos, da operação Restore Hope na Somália, das operações da KFOR no Kosovo e mais recentemente as operações Enduring Freedoom, no Afeganistão e Operation Iraqi Freedoom, no Iraque.

Esta forma de enfrentar o poder convencional, está cada vez mais a expandir-se, pois o destaque dado pela imprensa internacional e a incapacidade de uma resposta adequada potenciam o aparecimento deste modus operandi.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 21:25

O jogo dos valores

por franciscofonseca, em 17.04.09

A liderança não é uma questão de personalidade, mas na minha opinião uma questão de atitudes e comportamentos.

Constato que é muito difícil transmitir aquilo que vemos e sentimos. Temos de ter cuidado para a comunicação não fazer estragos. Outra dificuldade é fazer com que a mensagem que se pretendia fazer passar, venha a ser assimilada.

Depois, existe uma clara divisão entre os que mesmo às cegas procuram soluções e os restantes, que se escondem atrás da reserva ou de uma pretensa discrição. Outros ainda preferem desde logo dizer, isto não é possível, terminando por aqui a seu contributo.

Outros hesitantes dizem, acho que…a solução é… mas não se chega a perceber nada. Quando a discussão aquece mais um pouco, uns gritam para terem razão. Os que procuram mesmo às cegas as soluções dizem, vamos fazer assim…, mas logo os críticos atacam, não dá! Assim não dá! Não consegues… muitas cabeças abanam e de facto o que está a dar é ser do contra.

Assim, jamais conseguiremos encontrar as melhores soluções, só um trabalho de equipa produzirá as melhores práticas e contribuirá para resolução dos problemas.

Todos falamos muito da necessidade de mudança, mas praticamo-la pouco. A mudança, de que tanto se fala no mundo e que é precisa, tem de facto a ver com atitudes e comportamentos.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 17:44

Confiança e desconfiança

por franciscofonseca, em 11.04.09

De facto não somos suficientemente virtuosos, desde tenra idade que somos levados a desconfiar, pela mão dos nossos pais. Eu próprio, que ultimamente tenho reflectido sobre o tema da confiança, chego a conclusão que é muito difícil confiar totalmente numa pessoa.

Em alturas de maior tensão ou crise como a que vivemos presentemente, em que as instituições não confiam, elas próprias, umas nas outras, que as pessoas não confiam nas instituições, nos governantes, nos políticos, nos bancos, nem em si próprias…sem qualquer margem de dúvida, está na moda não confiar!

Neste estado de coisas, caminhamos para a destruição do capital social, abrem-se grandes feridas na coesão social, nas redes sociais, na cooperação. Ou seja, temos vindo a ferir o relacionamento entre as pessoas e a levar à morte as instituições.

Por outro lado a autoconfiança é fundamental para tudo que queiramos fazer na vida, para qualquer trabalho que queiramos realizar. Temos de ter esperança que vamos conseguir, que vamos ser capazes. Penso, que deveríamos colectivamente enveredar pelo caminho da confiança.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 18:40

Confiança, inteligência e aprendizagem

por franciscofonseca, em 13.12.08

Hoje, mudando de tema, apetece-me relatar algumas emoções, que consideramos fundamentais para conseguir um equilíbrio da minha inteligência Emocional. A inteligência emocional tornou-se muito mais crucial num ambiente cada vez mais incerto e volátil. A confiança não se decreta, mas é ela que leva a assumir riscos, que nos torna mais sociáveis e inclinados à colaboração mútua.

Com ela a associação é mais espontânea, o espírito de equipa maior, os hábitos cooperativos mais eficazes, que são os alicerces das grandes equipas. A confiança não se decreta, não se ordena, no entanto, comanda tudo.

Para mim hoje é claro que nascemos puros e iluminados, porque o que aprendemos é a desconfiança, pois nascemos confiantes e a vida, muitas vezes por aprendizagens negativas, ensina-nos a desconfiar. Mas a desconfiança não é original, é ensinada. E é uma má pedagogia. A força que mantém unida uma Equipa é a empatia, a aprendizagem, a confiança e a lealdade.

Ninguém confia automaticamente no líder. Já não se aceita a liderança comando e controlo, naturalmente. O falhanço, o êxito, não são episódicos, são trajectórias vitais. Viver é constantemente decidir o que vamos ser, hoje e amanhã.

A confiança vem a pé e parte a galope…

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publicado às 15:37


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