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A banca contínua com alzheimer

por franciscofonseca, em 30.09.13

A banca continua com os mesmos vícios que levaram à maior crise financeira desde a Grande Depressão. Poucas lições foram aprendidas e os lucros, os bónus, estão de volta para encher os bolsos dos banqueiros, sem que a comunidade internacional tome qualquer iniciativa, no sentido de reconstruir o edifício financeiro.

O que mudou com a crise financeira? Que erros foram corrigidos? Poderá haver uma nova crise? Os banqueiros vão continuar a colocar o lucro acima de tudo o resto? Que regulamentações foram implementadas? As agências de rating mudaram de estratégia? Porquê os bancos não podem falir como a maioria das empresas?

Muitas mais perguntas poderiam ser feitas. Mas o que mais interessa é encontrar as respostas. A meu ver, pouco ou nada mudou nas principais instituições financeiras. Mais, os modelos económicos contemporâneos não compreenderem o papel e o funcionamento dos mercados financeiros, nem a instabilidade das economias capitalistas.

Os Estados continuam a resgatar os vampiros, que continuam a destruir a economia, em vez de cravar-lhes uma estaca no coração. Estes vampiros sabem que serão sempre salvos pelos seus governos, assim, continuam-se a envolver em atividades arriscadas e pouco claras.

Ao longo de 14 trimestres seguidos, os lucros da banca têm vindo a aumentar consecutivamente. Enquanto os transgressores não forem punidos, enquanto a ganância continuar a sobrepor-se à ética e enquanto não se proceder a uma alteração profunda em termos culturais, não serão as normas ou as leis que evitarão uma nova e severa crise. Não creio que os banqueiros prevaricadores tenham sofrido alguma operação ao cérbero.

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publicado às 18:30

Tragédia humana fruto do capitalismo especulativo

por franciscofonseca, em 01.05.13

Comemorou-se o Dia Internacional dos trabalhadores por todo o mundo, que foi decretado no 1º de Maio de 1889, no Congresso Operário Internacional, reunido em Paris. Mas, o 1º de Maio teve a sua origem em 1886, quando cerca de 500 mil trabalhadores se manifestaram nas ruas de Chicago, nos EUA, exigindo a redução da jornada de trabalho para oito horas. Os manifestantes foram reprimidos e dispersados pela polícia violentamente, acabando por ferir e matar dezenas de trabalhadores.

Passados 116 anos o 1º de Maio mantém todo o seu significado e atualidade, numa época em que cada vez mais pessoas são atiradas para o desemprego, em nome dos interesses do capital financeiro. O capitalismo tem hoje como característica básica a financeirização, ou seja, uma predominância das finanças em comparação com as atividades substantivas do capital. Karl Marx dizia que "Todas as nações capitalistas são periodicamente acometidas de um desvario: o de procurar fazer dinheiro sem recorrer ao processo de produção." Esta fase trágica que vivemos deve-se ao desvario da especulação, que resultou na crise financeira. Mas a especulação ainda não terminou e o incremento da exploração do trabalho acarretará níveis insustentáveis de exploração para os trabalhadores.

É nesta conjuntura que continuam a existir milhões de adultos e crianças, que são escravizados por grandes multinacionais, pois só dessa forma se consegue uma produção a baixo custo e produtos a preços competitivos.

Por isso assistimos a deslocalização de grandes grupos económicos, para países onde se pratica a mão-de-obra barata, a ganância dos predadores, contínua e com a feroz competitividade económica, os produtos finais têm de chegar aos consumidores aos melhores preços, com os mais baixos custos de produção.

O futuro é demasiado inserto para fazer previsões, mas não vislumbro, no curto e médio prazo, um retorno a um capitalismo menos violento do que aquele que sofremos todos nós atualmente. Por isso penso que a tragédia humana vai continuar a agravar-se e tentar sustentar o contrário é viver no mundo de ilusões.

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publicado às 13:29


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