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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Nunca a geopolítica teve tanta importância no mundo atual. Os Estados Unidos continuam a impor a sua supremacia em todas as partes do globo, agora estrategicamente virados para o pacífico. A fraude financeira, a propaganda publicitária, os satélites na Europa e na Ásia são sinais claros das intenções dos Estados Unidos. Os fins passam por afundar o mundo árabe e destabilizar a Eurásia com revoluções e guerras permanentes.
A consolidação da liderança global está em curso. Tudo serve para que o Dólar continue a ser a moeda de referência mundial e para isso a Reserva Federal recorre a todas as práticas, legais e ilegais para imprimir dinheiro, efetuar transferências de títulos falsificados, para que a máfia financeira internacional continue a manipular as moedas mundiais de forma a conseguir os objetivos geopolíticos.
Nos negócios assistimos aos aumentos dos preços da energia, dos metais preciosos, dos alimentos, dos minerais, da madeira, enquanto assistimos paulatinamente à conquista das principais reservas petrolíferas do globo. Já em 1881 o presidente americano, James Garfield dizia que ”todo aquele que controla o volume de dinheiro de qualquer país é o senhor absoluto de toda a indústria e comércio, e quando percebemos que a totalidade do sistema é facilmente controlada, de uma forma ou de outra, por um punhado de gente poderosa no topo, não precisaremos que nos expliquem como se originam os períodos de inflação e depressão."
Nesta guerra global as pessoas são definitivamente números e os políticos não são mais que assalariados da economia mundial, sem rosto, sem ideologia ao serviço dos senhores da nova ordem neoliberal, do socialismo para os ricos e da globalização da pobreza. As bases da nova ordem mundial passam por elevar uma elite de gestores e reforçar a liderança global através de armas inovadoras.
Desde que se tenha o controlo sobre o dinheiro não interessa quem faz as leis. O nosso exemplo é paradigmático. Grande parte da crise em Portugal foi causada e continua a ser por aqueles que controlam sistema monetário. O gigantesco buraco financeiro causado pelo BPN, que rondará os 11 mil milhões de euros, o presidente do BES esqueceu-se de declarar 8 milhões de euros, o “regabofe” dos offshores continua, os ordenados milionários que não são tributados integralmente. Esta é a maior fraude deste início de século, que continuará a dominar as nossas vidas.
Em 1971, os EUA tinham uma enorme dívida, resultado da guerra do Vietname. Muitos países exigiram o pagamento das dívidas em ouro, porque não confiavam no dólar, mas Nixon recusou-se a pagar em ouro, pois ele sabia que não tinham essa quantia. Logo de seguida, os EUA fazem um acordo com a Arábia Saudita, instituindo que a OPEP (países exportadores de petróleo) vendessem o petróleo apenas em dólares. De repente, o mundo só pode comprar petróleo com dólares e o dólar torna-se uma moeda muito, muito forte e de implementação mundial.
Atualmente, os EUA, mais uma vez, é um país falido, com dívidas enormes, maiores do que qualquer país alguma vez teve na história do mundo. E se algum desses países pedisse o reembolso dessa dívida, noutra moeda que não seja o dólar, os EUA estariam em grandes apuros. Saddam ameaçou vender petróleo com outras moedas, que não fossem o dólar, teve de ser eliminado. Se ele tivesse cedido, ele ainda estaria à frente do país e os EUA ainda lhe venderiam armas de guerra.
Tenho a certeza que o euro nunca conseguirá destronar o dólar, como moeda de referência, nas transações do petróleo. Isto não pode acontecer, pois seria a queda do império americano. Eles não vão permitir que isso aconteça, doa a quem doer.
Hoje, a grande maioria dos países estão infiltrados pelas "agências americanas”, que influenciam os governos consoante os seus interesses. Quem tem dúvidas basta observar o que está a acontecer com a Europa e com o euro. O modus operandi é sempre o mesmo, ou seja, fazem com determinados países consigam enormes empréstimos a partir do Banco Mundial, ou a partir de uma das suas organizações. Este dinheiro na realidade não vai para os países, mas sim para corporações e multinacionais americanas ai sediadas, que apenas beneficiam os mais ricos desses países.
Aos mais pobres é deixada uma enorme dívida, que eles nunca a vão conseguir pagar. De seguida as “agências” cobram os favores, que podem passar pela venda de petróleo mais barato as companhias americanas, ou condicionar os votos nas Nações Unidas, ou ainda, enviar tropas como foi o caso do Iraque, onde Portugal também teve de participar.
É desta forma que os EUA conseguiram criar o império. São eles que ditam as leis, controlam o Banco Mundial, o FMI, as Nações Unidas, as agências de rating. Como são eles que escrevem as leis, as coisas que as“agências” faz não são ilegais.
Endividar enormemente os países e depois exigir uma troca de favores, isso não é ilegal, deveria de ser mas não é. Uma das características de um império é que força a sua moeda ao resto do mundo e foi isso que fizeram no passado e continuam a fazer presentemente com o dólar.
Os arquitectos do euro tiveram consciência dos riscos da moeda única, pois a solidez impulsionou os esbanjadores. Assim, nasceu o Pacto de Estabilidade e Crescimento de 1997, um método rígido, simplista, mas eficaz. A maior flexibilidade reclamada pelos estados membros tornou o euro muito mais frágil.
Se Portugal ainda tivesse o escudo, jamais nos teriam emprestado os milhões que agora nos sufocam, e já há muito tempo, os desequilíbrios orçamentais teriam sido forçosamente corrigidos. Curioso, a segurança que o euro constitui no meio da crise, foi a mesma segurança, que permitiu aos países cometerem os erros, que agora ameaçam a moeda única.
A história fala por si, qualquer moeda, multi-nacional é condenada a explodir quando há desequilíbrios nas economias de quem a partilha, como é o caso da União Monetária. Assim sendo, o euro não fugirá à regra, pois as diferenças culturais e económicas na Europa são enormes. O desnível das economias da zona euro é gigantesco. A bancarrota da Grécia é apenas o primeiro sintoma, outros se seguirão, como é o caso de Portugal, Irlanda, Itália, Espanha, Bélgica e França. As medidas e os planos de austeridade impostas aos países prevaricadores, apenas adiam o fim anunciado. Não vale apena adiar a agonia.
Parece teoria da conspiração, mas a verdade é que os Estados Unidos arquitetaram o euro, com a cumplicidade da Comunidade Europeia, com intenção de infectar a Europa, com o conceito americano de globalização e de lucro máximo a curtíssimo prazo.
A dívida americana é insondável, eles dissociaram o dólar do padrão do ouro, baixaram o valor do dólar em 98% relativamente à onça do ouro. Os EUA ao imprimirem montanhas de dinheiro, para desvalorizar o dólar, arriscam-se a uma terrível hiperinflação, seguida de uma depressão.
A queda da Europa e do euro ao charco, empurrará o mundo para uma segunda grande depressão, onde a ganância de ganhos financeiros rápidos será exterminada e substituída pela sobrevivência do capital. O dólar moribundo, com o desaparecimento do euro, continuará temporariamente vivo.
O presidente Obama ao ver o tempo esgotar-se, para evitar que o país entre em incumprimento da dívida deu uma conferência de imprensa, na Casa Branca, onde apelou ao bom senso dos republicanos, para o aumento do tecto máximo de endividamento do país.
No seu discurso procurou desdramatizar a situação, afirmando que o “tempo urge” para aumentar o limite da dívida e fez uma comparação explosiva, ao afirmar que "Não somos a Grécia! Não somos Portugal!", pois os Estados Unidos não vão ser forçados a pedir nenhum empréstimo à EU, nem ao FMI, porque défice está controlado. Mas Obama esqueceu-se da Irlanda que apresenta um risco de incumprimento superior ao português, eu compreendo, isso seria politicamente muito embaraçoso.
O incumprimento seria uma grande humilhação para a maior economia do mundo, a que não se pode sujeitar, pois representaria uma calamidade para os mercados financeiros e para o sistema especulativo, deitando por terra os objectivos e a geoestratégia da administração norte americana, em relação ao euro.
Se o teto de endividamento vier a ser aumentado, será a 40ª vez que acontece desde 1980. A dívida dos Estados Unidos é superior à dívida de todos os países europeus. Cada dólar gasto pelos americanos, 40 cêntimos representam dívida contraída.
Obama sabe que tem de ter dólares para manter as guerras no Iraque, no Afeganistão, na Líbia, talvez no futuro no Irão e quem sabe até no Paquistão. É destas guerras que é gerado o lucro do sistema capitalista, a acumulação de capital resulta da espoliação de países indefesos, especialmente se tiverem petróleo e minerais valiosos para explorar.
Penso que os Estados Unidos estão no caminho da falência, mas não podem conter a sua agressividade bélica, pois isso aumentaria o risco da sua insolvência.
As agências de notação financeira acabam de dizer aos investidores, para não comprarem dívida pública portuguesa, dívida e títulos das grandes empresas, obrigações dos bancos, passando uma mensagem de aumento de risco, relativamente ao incumprimento. Este jogo que está a ser feito pelas agências de rating faz parte, de um plano mais vasto, de política internacional e geoestratégico.
Estas agências estão a fazer o jogo dos investidores, que querem ganhar dinheiro com os seguros das dívidas soberanas dos países. Quanto mais elevado é o risco de incumprimento dos países, mais dinheiro ganham os investidores.
O euro está a subir em relação ao dólar, já a muito tempo a esta parte. Os Estados Unidos da América têm um problema gravíssimo em relação ao dólar, pois foi emitida muita moeda ultimamente sem a economia crescer, pensando que o Mundo continuava a comprar dólares indefinidamente, mas isso não está a acontecer, o Mundo já percebeu que o dólar está doente.
Estas agências servem também os interesses obscuros dos norte-americanos contra o euro, sendo os alvos mais fáceis de momento a Grécia e Portugal, seguindo-se a Irlanda e Espanha.
Enquanto o euro não cair à mão destes senhores, eles não vão descansar e a especulação vai continuar. Primeiro, a solução passa pelo Banco Central Europeu deixar de ter, como principal critério, as classificações das agências de rating norte-americanas, para avaliação das dívidas públicas dos países.
Em segundo, o senhor Durão Barroso, em vez de vir fazer declarações politicamente enfadonhas, deverá rapidamente tocar os sinos a rebate e juntar a baronesa Merkel, o príncipe Sarkozy, e os restantes vassalos, pegar em fundos europeus, ir ao mercado, emitir obrigações em nome da Europa e emprestar esse dinheiro, directamente a Portugal, à Grécia, à Irlanda e a quem necessitar dele, pagando os países apenas uma taxa administrativa, relativa aos custos da emissão desse dinheiro. Se isto não for feito, o euro acabará por cair aos pés daqueles que lideram esta guerra obscura, mas muito determinada e objectiva.
Estes dois gigantes económicos são aliados ou adversários? O dólar americano e o yuan são moedas concorrentes no comércio internacional? Após a crise mundial de 2008 a economia norte-americana ainda não conseguiu reerguer-se. Os EUA querem mudar de paradigma, ou seja, de maior consumidor mundial, para grande exportador internacional. A China é uma porta para escoar as suas exportações, mas a constante desvalorização do yuan face ao dólar faz com que os preços, dos produtos americanos sejam elevados, isto explica, em parte o deficit da balança comercial com a China.
Quando a china se constipa, o mundo fica com febre. Uma China forte pode representar uma ameaça, para o futuro dos Estados Unidos. Mas actualmente os dois países são dependentes um do outro. O desenvolvimento da China depende muito dos investimentos norte-americanos e o governo norte-americano não funcionaria, se o Banco Central chinês não comprasse boa parte da dívida dos EUA.
Por outro lado, podemos estar a assistir a uma mudança geopolítica do Atlântico para o Pacífico. Hoje, existe uma grande ansiedade nos homens de negócios e políticos norte-americanos, devido a uma sensação pouco familiar, pois assistem a tomada de decisões, numa parte do mundo muito distante e por comunistas. Na minha opinião, esta aliança estratégica chegará ao fim, resta saber se o divórcio será litigioso.
Muitos analistas olham esta intervenção da OTAN na Líbia, com o aval da UN, como uma forma de afastar a China do Mediterrâneo. A economia chinesa cada vez mais necessita de energia, os seus investimentos na Líbia eram avultados e representava a porta de entrada em África, para explorar fontes energéticas. Por outro lado, o controle da costa mediterrânica não está nas mãos dos EUA e assim ficará.
Este bloqueio energético, de que a China está a ser alvo pode trazer consequências imprevisíveis. A ganância, a arrogância e a busca da hegemonia norte-americana, pode arrastar o mundo para um conflito mundial.
A Europa deveria ter uma palavra a dizer, mas está completamente acorrentada, pois os países da OTAN, como a Alemanha, França, Grã-Bretanha e Itália são autênticas marionetas de Washington. A grande ambição dos EUA do século XXI, passará por mandar na China, Rússia, América do Sul, África e no Médio Oriente e, ninguém duvide que esse objectivo será perseguido a todo o custo, se o vão conseguir, a ver vamos.
A 100 anos (Hilferding, 1910) dizia que o “capital financeiro é o capital que se encontra à disposição dos bancos e que os industriais utilizam".
O crescimento do sistema financeiro é uma das principais consequências da globalização.
Por outro lado, a acumulação de capital financeiro tem-se mostrado cada vez mais forte, sem que, os governantes dos principais países nada consigam fazer.
Todos somos testemunhas, de como o sistema financeiro através da especulação conseguiu fabricar uma crise, aproveitando a desregulamentação dos mercados financeiros, devido à inércia dos governantes mundiais.
Um dos principais elementos definidores, do sistema financeiro contemporâneo é o papel central dos EUA e o predomínio do capital financeiro na economia e políticas mundiais.
Posto isto, será que as mais altas instâncias europeias estão infiltradas pelos serviços secretos norte americanos? Será que toda está gente está a viver numa outra dimensão? Como é possível, ouvir ilustres políticos, todos os dias, anunciarem mais medidas de austeridade, para conseguir a confiança de quem nos colocou em crise e nos mantém refém dela, ou seja, o sistema financeiro, os mercados financeiros.
Será que ninguém consegue vislumbrar, entre os iluminados das nossas praças, de que a fragmentação da zona euro é um dos objectivos imediatos de quem controla o sistema financeiro. O Dólar não pode deixar de ser a moeda dominante, em todos os mercados financeiros. O euro começou a ameaçar essa realidade.
O reforço mútuo, entre o predomínio do capital financeiro e o poder americano mostra-se cada vez mais como uma realidade, do presente e do futuro.
Já escrevi que esta crise foi fabricada, foi montada e, os sinais começam a estar bem à vista. É verdade, Portugal é um país falhado economicamente, mas isso não é de agora, já lá vai muito tempo. Acho que chegou o tempo de todos os ilustres economistas, políticos, fiscalistas, entre outros, deixarem os comentários fáceis nos media e passem a dar o corpo ao manifesto, isto é, arregacem as mangas!
Francisco Fonseca
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