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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Sangue, suor e lágrimas. A situação em Portugal pode tornar-se insustentável em termos de desagregação social, que pode desembocar numa crise do sistema democrático. O movimento global dos “indignados”, que dia 14 de Outubro ocupou 951 cidades em 82 países, entre as quais se destacam Madrid, Londres e Roma, apontou o sistema financeiro, como a principal causa da crise mundial e reivindicam uma mudança globalizante da democracia.
Todos sabemos que o país está insolvente, falido, a braços com uma grave crise financeira. Parece-me que a eliminação dos subsídios de férias e Natal, dos funcionários públicos constitui uma medida violenta, injusta e discriminatória. A vida de muitos portugueses caminhará para a insolvência económica, que deixarão de cumprir alguns compromissos assumidos, assim como serão afectados na sua dignidade.
Este orçamento de Estado vai indignar, revoltar e deprimir um grande número de portugueses, que ficarão desacreditados de todas e quaisquer políticas que venham a ser tomadas. Existe um sentimento generalizado, de que os sacrifícios não vão ser igualmente repartidos, pois o primeiro sinal deveria de ser dado pelos governantes. A equidade foi muito mal tratada.
Dos vergonhosos salários dos principais gestores, de algumas empresas de capital público, ninguém falou em cortes, como são o caso da TAP, CGD, entre outras. As grandes fortunas usam e abusam dos off-shores, para fugirem aos impostos, com o conhecimento dos senhores das finanças.
Isto e muito mais cria um sentimento de desigualdade, indignação, revolta e inquietação, que pode levar o povo a deixar de ter brandos costumes. Os políticos portugueses e europeus estão completamente errados, no modelo que estão a seguir, mas se as pessoas se indignarem, reclamarem e reagirem, provavelmente ainda se poderá evitar o sangue, suor e lágrimas.
Na literatura mais recente, pensadores, investigadores e teóricos comummente afirmam que o mundo está a tornar-se cada vez mais pequeno, unificado e interdependente, mas na verdade, está é cada vez mais fragmentado e desigual. É possível observar sinais por todo o lado. Os países europeus têm em braços uma crise de dívida pública calamitosa, de tal ordem de grandeza, que ameaça não só a sobrevivência do euro, como também a construção europeia.
Muitos são os políticos que já reequacionam a livre circulação de pessoas e bens entre países. Começa a existir um apoio, cada vez mais forte às políticas populistas, no seio da Europa e dos Estados Unidos.
Por outro lado, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo está a fragmentar-se, devido ao aumento das tensões entre sauditas e iranianos, principalmente pelo controlo das fontes energéticas, com o consequente aumento dos preços do petróleo, para todos nós.
Adicionalmente, apesar da queda de alguns nacionalistas no Médio Oriente, o nacionalismo está em crescimento em países como a China, a Rússia e o Brasil. A ira do Brasil relativamente à inundação de importações baratas chinesas é disso um bom exemplo. A medida que os países dos mercados emergentes se tornam mais ricos, o equilíbrio global é alterado, ou seja, entram em contradição com as nações mais ricas, mas também entre si. Estes países têm dinheiro e a confiança para tomarem as suas próprias decisões.
Assim, o regional e o local voltam a ter muita importância. A percepção da nossa própria realidade é moldada em comparação com a dos nossos vizinhos, e não em relação a países que estão longe, que em muitos casos, vivenciam vidas mais ricas, mais felizes e mais prósperas. Com o incremento de medidas de interesse individual e proteccionistas, poderemos assistir ao mergulho do planeta numa recessão muito perigosa, como aconteceu em 1930, depois da Grande Depressão.
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