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Morrer do mal ou da cura!

por franciscofonseca, em 14.05.09

Um sorriso com alguma esperança, que a mudança aconteça!

 

Ontem tive de recorrer a saúde pública, fui ao hospital Francisco Xavier, por apresentar alguns sintomas febris.

Na triagem, o primeiro diagnóstico, resfriado acompanho de febre, mas nada de urgente. Interpelei a enfremeira dizendo-lhe que tinha chegado do Chade fazia 4 dias. Ela, muito admirada, perguntou: “onde fica isso?” e, o meu caso passou a ser muito urgente, tive de colocar uma mascara e ir para uma sala isolada.

De imediato sou chamado e a doutora que me esperava, só de ouvir a história da viagem, sem me fazer qualquer auscultação, começa a ler um protocolo assinado pela respectiva ministra e, diz-me: "o senhor vai ser transferido para o hospital Curri Cabral, pois é um caso suspeito da Gripe A."

Por uns segundos fico perplexo, mudo de cor, fico gelado, a ferver, mas consigo pensar por uns segundos. Perguntei a médica como é que ela fundamentava a suspeita, sem me fazer qualquer exame. Mais, caso ela não explica-se eu sairia de imediato do hospital.

Foi então que chega a chefe do serviço e manda-me fazer uma quantidade de exames. Chegados os exames, a médica faz mais um diagnóstico brilhante e, diz: "o senhor está com uma pneumonia avançada ou tuberculose."

Bem, pensei, a coisa já melhorou. Entretanto chega um outro médico e diz: "isto será melhor encaminhar para o pneumologista."

Nisto tudo já tinham passado 5 horas. Chega finalmente uma especialista na matéria, vê os exames, manda fazer mais um e, passa-me uma mensagem de tranquilidade. Concluído o exame, vem um novo diagnóstico. Infecção pulmonar causada por uma bactéria ou virose.

Eu que procurava a ajuda na saúde pública, quase entrava pelas portas da morte, pois a médica ainda teve o desplante de dizer: “o que mais me custa é que se o senhor não estiver infectado, vai acabar por ficar”. Obrigado senhora pneumologista! Menos pânico, senhora doutora!

Francisco Fonseca

 

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publicado às 18:29

As belas vistas

por franciscofonseca, em 11.05.09

 

De regresso a realidade portuguesa, constato que a criminalidade, a insegurança em cerca de 53 bairros problemáticos é cada vez mais preocupante.

Ainda estamos longe da realidade das favelas do Brasil, mas por este andar, se não forem tomadas medidas urgentes e eficazes no combate a este fenómeno, muito em breve se tornará incontrolável.

O trabalho das polícias é cada vez mais exigente, para além de ser feito, quase sempre, com a cobertura dos meios de comunicação social. Mas desenganem-se aqueles que pensam que as policias são a solução para estes problemas sociais.

Nas últimas décadas em Portugal, a estrutura da família, da economia e do mercado de trabalho sofreu alterações profundas. E se fizermos uma análise mais demorada, somos levados a concluir que a sociedade actual é bem mais complexa que a sociedade dos nossos pais e avós.

Desta forma soluções simples para problemas complexos não dão bom resultado.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 14:02

O mercado de estupefacientes continua em alta!

por franciscofonseca, em 27.12.08

O fenómeno da toxicodependência é, actualmente, um problema macro-social, no qual se encontram correlacionados factores individuais, familiares, económicos, políticos e civilizacionais.

É um dos problemas sociais mais graves do nosso tempo, visto que afecta directamente a sociedade, ou seja, mesmo aqueles que não têm uma relação directa com o problema, acabam por se ver envolvidos pela criminalidade a ele associada.

No tocante à relação da criminalidade com a droga, podemos dizer que a droga constitui, conjuntamente com o terrorismo e a delinquência económica, o principal fenómeno criminal da segunda metade do presente século.

Esta realidade do século passado mantêm-se perfeitamente actualizada no inicio deste.

De acordo com dados do Gabinete sobre Drogas e Crime das Nações Unidas (UNDOC), o número de pessoas em todo o mundo que consomem drogas duras, consideradas mais nocivas para a saúde, é de aproximadamente 25 milhões, o equivalente a 0,5% da população mundial.

Actualmente, no mundo todo, “cerca de 200 milhões de pessoas – quase 5% da população, entre os 15 e os 64 anos – usam drogas ilícitas, pelo menos uma vez por ano, e, cerca de metade destes, usa drogas regularmente, pelo menos uma vez por mês. A droga mais consumida no mundo é a cannabis, maconha ou haxixe.

Cerca de 4% da população mundial, entre 15-64 anos, usa cannabis enquanto 1% usa estimulantes do grupo anfetamínico – cocaína e apiáceos.

O uso de heroína é um grave problema em grande parte do planeta: 75% dos países enfrentam problemas com o consumo da droga.

No total, os narcotraficantes têm 200 milhões de clientes em todo o mundo. A Clientela da droga mundial em 2005.

O enorme poder económico dos narcotraficantes, a sua ligação à economia legal, a penetração em áreas do poder político e económico e no sistema policial, permitem-lhes escapar facilmente ao controlo policial que, comparativamente, dispõe de fracos recursos.

Este flagelo continuará a fazer parte das nossas vidas e a arruinar milhares de vidas humanas diariamente!

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publicado às 15:59


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