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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
Hoje existe um contraste enorme entre as fortunas das atualmente estagnadas economias ricas e as dos novos mercados emergentes. Os países emergentes têm imprimido uma passada larga no seu desenvolvimento económico. A China, o Brasil e a Índia duplicaram o seu nível de riqueza em apenas uma década, e isso retirou milhões de pessoas da pobreza.
Mas para além destes dois gigantes asiáticos, mesmo antes da crise global ter afetado os países mais ricos, já muitas economias emergentes estavam a ter taxas de crescimento mais elevadas que a dos Estados Unidos, a maior economia do mundo. A crise financeira apenas acentuou os contrastes.
Os últimos dados conhecidos apontam para um abrandamento dos ritmos de crescimento dos países emergentes, podendo mesmo, nalguns casos passarem por sobressaltos. Isto é explicável pelo facto de que à medida que as economias se tornam mais ricas, também a sustentação do seu ritmo de crescimento passa a depender cada vez menos, do investimento intensivo associado a um fluxo contínuo de mão-de-obra desqualificada de baixo custo.
Por outro lado, necessitam de uma mão-de-obra cada vez mais qualificada e de um sistema financeiro mais moderno. O problema reside na massificação das exportações de bens de baixo custo para as nações mais ricas, necessitando agora de se virarem para o seu mercado interno. Aqui reside o perigo, pois têm de evitar os mesmos caminhos que, no passado, levaram à ruína outras economias emergentes: crédito fácil e excessivo; desmesurado investimento do Estado e inflação galopante.
A mudança não será fácil. E os problemas gostam habitualmente de bater à porta dos que, por se terem tornado tão autoconfiantes, não se prepararam para as crises. O peso da economia mundial está a mudar, a uma velocidade considerável, para os mercados emergentes mais populosos. Mas ao contrário do que muita gente julga, a transição não se deverá processar de forma serena, pois no plano geoeconómico, geopolítico e geoestratégico, profundas alterações estão em marcha, a que dedicarei um novo post.
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