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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
O ano de 2012, no zodíaco chinês é o ano de dragão de água. Uma figura mitológica carregada de sucesso e de sorte, mas ao mesmo tempo totalmente imprevisível e arriscada. No caso de português eu diria muito arriscado. A realidade portuguesa é desesperante. No fim da década de 80, Portugal era um país atrasado, não industrializado e de forte emigração; em 2012, Portugal continuará a ser um país sem oportunidades, não desenvolvido e de fortíssima emigração.
A crise em Portugal tem muitos anos. Há quem afirme que a Batalha de São Mamede, em 1128, aconteceu porque D. Afonso Henriques descobriu que a mãe, D. Teresa, deixara um enorme buraco nas contas públicas. Estou em querer que esse buraco nunca foi tapado ao longo dos séculos, ficando cada vez mais fundo com o passar dos anos.
Hoje, a classe política afirma que vivemos num país desenvolvido, moderno e em crise. Mas a realidade é que temos uma gigantesca dívida pública, que ninguém faz a mínima ideia, de como fazer para a pagar. Somos um país sem agricultura, sem pescas, sem indústria, que vive das importações.
Vivemos num país que tem jovens bem preparados, mas sem oportunidades de trabalho para lhes dar. Chegamos ao ponto de ver os principais governantes, a incentivar os jovens a emigrarem, reconhecendo que terão na emigração um melhor futuro, pois Portugal não lhes dá oportunidade de serem úteis à sociedade.
O que custa a engolir não são os discursos aberrantes desta gente, o que me custa é ver milhares de jovens a cortar o seu futuro com Portugal. O que me custa é ver as melhores empresas a sair do país, porque aqui não conseguem crescer. O que me custa é ver a gente mais qualificada, mais preparada desistiram do seu futuro em Portugal. Estes são os grandes problemas, dos quais depende o fado português.
No pré-rescaldo da crise, as empresas necessitam de novos critérios no cenário agora alterado das suas fontes de capital e investimento.
Nas economias emergentes são visíveis novas formas de capital, não só no que respeita a novos mercados de capitais como também através de novos e promissores jogadores da economia mundial.
Por outro lado, a Ásia e o Médio Oriente, economias conhecidas pelos seus elevados níveis de poupança e com os petrodólares e com as receitas astronómicas que recebem devido às suas exportações, são agora exemplo de um novo paraíso de investidores.
Fazer um mapa das novas fontes de investimento, construir relações apropriadas com estes novos investidores, perceber as diferenças existentes nas regras contabilísticas e adaptar os modelos financeiros são passos necessários para que as empresas consigam aceder às oportunidades de curto e longo prazo que este capital vai disponibilizar.
É urgente mudar de hábitos, comportamentos, métodos, estratégias, avaliações, e romper com a velha estrutura mental para os negócios.
Francisco Fonseca
O que assistimos foi que na última década, os Estados Unidos e um pequeno conjunto de outros países forneceram a procura necessária para a economia mundial crescer.
A responsabilidade pela luz ao fundo do túnel está, por isso, nos países que poderão, agora, dinamizar a procura mundial. Serão eles o motor da retoma. A Alemanha, campeã das exportações (9,2% dos fluxos de exportação mundial) e terceira em termos de superávit; a China, número dois nas exportações (9%), e com o segundo maior superávit do mundo; Médio Oriente, com 6,6% das exportações e o maior excedente do ano de 2008 por efeito do choque petrolífero; e o Japão, com 4,9% das exportações mundiais, mas com um excedente da balança comercial muito pequeno.
Assim, por um lado temos a responsabilidade destes novos motores da retoma. Por outro a responsabilidade dos políticos mundiais. E aqui o maior erro político acontecerá se os grandes credores insistirem em continuar a gerir excedentes, pois nesta perspectiva a recessão aprofundar-se-á e será mais longa. Os governos actuais não podem enveredar pelo caminho mais fácil, ou seja, de retomarem o proteccionismo do tempo entre as duas guerras mundiais do século XX.
Ficamos todos a espera que apareça a luz ao fundo do túnel!
Francisco Fonseca
No entanto, na sociedade em que vivemos é necessário mantê-la sempre sob controlo a níveis aceitáveis, pois caso contrário o seu controlo torna-se quase impossível, tendo de ser empregues meios fortemente reactivos por parte das forças de segurança pública.
São crimes contra a vida, contra a honra e contra a integridade física dos cidadãos, roubos ou a simples destruição de bens e haveres, praticados cada vez mais de forma violenta, que fazem aumentar a criminalidade e que causam o sentimento de insegurança generalizado na sociedade portuguesa.
Por outro lado, estamos a assistir em quase todos os países da Europa a uma mudança da relação entre cidadãos e governos, que passa do bem estar social para a segurança, isto devido a dois factores principais, primeiro ao neoliberalismo e ao surgimento de uma nova indústria, a indústria da segurança.
Mais, as relações entre cidadãos nos dias de hoje, também se estão a alterar, ou seja, as solidariedades básicas de cidadania, a hospitalidade, a entreajuda vão sendo substituídas pela suspeita, pelo egoísmo, xenofobia, preferência pelo familiar e privado, como são exemplos os cada vez mais condomínios fechados.
A solução para este mal social, podia passar por termos uma polícia, no exercício estrito da sua finalidade, dinâmica e ágil na sua actuação, tecnicamente versátil, ponderada, com poder de antecipação á pratica de qualquer ilícito criminal, de modo a melhorar efectivamente o nível de segurança dos cidadãos, repondo e mantendo, com pronta eficácia, a ordem e tranquilidade públicas.
Mas, desenganem-se todos os defensores desta teoria, pois esta não é a única receita para este perigo público, pode atenuar alguns efeitos, mas não controla a doença. Penso que a solução passará por uma consciencialização definitiva dos tempos em que vivemos, estabelecer fortes compromissos sinergéticos, entre governos, cidadãos, instituições deste país.
Francisco Fonseca
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