Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


A escravatura e as prisões económicas

por franciscofonseca, em 10.08.13

Atualmente, com o refúgio na “dívida” tudo se pode fazer, em nome do regaste dos bancos e do Estado. Mas, o que verdadeiramente importa é resgatar as famílias e as empresas. O governo português continua a implementar políticas para resgatar os bancos e o Estado, reestruturando a economia para servir os interesses da dívida. Penso que necessitámos exatamente do contrário, ou seja, reestruturar os bancos e o Estado para servir o bem comum dos cidadãos e só assim se conseguirá resolver o problema da dívida.

Esta escravatura moderna sequestrou as famílias e as empresas, para um limbo de sobre-endividamento crónico, onde o livre arbítrio político e bancário criaram prisões financeiras e económicas, que, na maioria das vezes acabam em tragédia humana. Para sair destas prisões é necessário quebrar os ciclos viciosos e viciados, arreigados em grupos de interesses muito fortes, que dominam a nossa sociedade.

É necessário criar uma consciência coletiva, de que este caminho não nos levará a bom porto, bem pelo contrário. A insolvência das empresas e das famílias, só contribuem para o aumento do empobrecimento do próprio Estado. Os políticos deste país já perceberam isso, mas também eles estão aprisionados, nas teias que infiltram o poder político e o próprio Estado.

Neste sentido, precisamos de construir uma sociedade, que ponha de lado os burguesismos bacocos, que deixe de branquear os crimes financeiros, que acabe com as incubadoras dos partidos políticos, donde saem os membros do poder central e local, sem qualquer experiencia de vida e completamente impreparados para governar.

Temos de sair deste colete-de-forças, deixar de olhar para a vida social e política com a indiferença de um encolher de ombros, típico da maioria dos portugueses e tomar consciência de que é necessário sermos intolerantes, com a condução dos destinos de Portugal. Todos juntos não vamos conseguir mudar o mundo, mas conseguiremos envoltos numa consciência coletiva construir uma sociedade mais inclusa, equitativa e verdadeiramente democrática.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 12:36

Nova fase da escravatura moderna do século XXI

por franciscofonseca, em 01.05.12

Neste dia, de luta, quero prestar a minha homenagem a todos os trabalhadores do mundo inteiro. Mas quero, acima de tudo, solidarizar-me com os 200 milhões de desempregados, por esse mundo fora, que sofrem angustiados, que são desrespeitados, humilhados na sua condição humana, sendo a incerteza a única garantia de futuro. As notícias não são animadoras, manifestações acontecem por toda a parte. Estamos numa era de grande convulsão social, em que é necessário rasgar horizontes, na busca de novos paradigmas de vivência em sociedade.

Mas a ganância dos predadores, contínua e com a feroz competitividade económica, os produtos finais têm de chegar aos consumidores aos melhores preços, com os mais baixos custos de produção. Em plano século XXI, neste mundo chamado de desenvolvido, continuam a existir milhões de seres humanos, que são escravizados pelas grandes multinacionais, pois só dessa forma se consegue uma produção a baixo custo e produtos a preços competitivos de mercado.

A teia geoestratégica de interesses económicos das grandes potências está fortemente implementada e estruturada, e não permite qualquer reajustamento dos mercados financeiros. A regra de ouro passa pela maximização dos lucros, custe a quem custar e seja a custa de quem for, não existem complacências. Hoje o poder destes abutres corrói e silencia tudo e todos.

O momento particularmente difícil, em que a crueza da situação em que vivemos na sociedade de mercado e a perspetiva de uma mais que certa deterioração da situação suscitam sentimentos de pessimismo, desânimo e desesperança. É chegado o tempo de fazer das fraquezas forças e das dificuldades oportunidades, no sentido de construirmos uma sociedade mais equilibrada e com novos valores morais e éticos, custe o que custar e a quem custar.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:44

A escravatura moderna alimenta as multinacionais

por franciscofonseca, em 19.08.11

A palavra trabalho tem a sua origem no vocábulo latino “tripalium”, que é a denominação de um instrumento de tortura formado por três (tri) paus (palium). Originalmente, trabalhar significava ser torturado no tripalium. Mas, à luz do direito do trabalho, trabalho significa labor no sentido de contraprestação, ou seja, há trabalho e, em contrapartida há o pagamento justo por esse serviço.

A escravidão aparece como forma de trabalho na sociedade pré-industrial, em que o trabalhador era considerado coisa e não sujeito de direito. No Império Romano e na Grécia Antiga a escravidão era considerada coisa justa e necessária e o trabalho não era remunerado. Na Idade Moderna os colonizadores obrigavam os nativos a trabalhar para seu proveito. Após a Revolução Francesa a escravidão começa a ser abolida, mas ainda hoje perdura nos cinco continentes, de forma obscura.

Actualmente, nos países denominados BRIC (Brasil, Rússia; Índia e China) consideradas as economias emergentes, muita da sua foça de trabalho é escrava. O caso mais recente passou-se em São Paulo, onde foram encontrados bolivianos e peruanos presos em pequenas confecções de roupa, que fabricavam roupa para a Zara, trabalhando 14 horas por dia, sem qualquer dignidade, ganhando apenas para a sua sobrevivência.

Esta escravidão chega a ser mais horrenda, pois o trabalhador não tem qualquer valor monetário para o empregador, podendo ser facilmente substituído. Estes trabalhadores são vítimas da imigração ilegal, que tem vindo a crescer, sendo um próspero negócio para as redes de tráfico de seres humanos, que operam nesta aldeia global, a seu belo prazer.

Não será por acaso, que as poderosas multinacionais deslocaram a sua produção para países localizados principalmente na Ásia e América do Sul. O neoliberalismo económico exerce muita pressão para que as empresas produzam mais, num curto espaço de tempo, a um ritmo mais elevado e a menor custo. Para cortar nos custos de produção, as empresas cortam direitos dos trabalhadores e a pagam cada vez menos, até ao ponto que os trabalhadores deixam de ter qualquer dignidade. É esta a escravidão dos nossos dias.

Mas o que fazer perante notícias destas? Vamos deixar de comprar na Zara? Vamos parar de comprar Nike, Adidas, Nokia? Parar de comprar tudo? O caminho não será esse, mas é urgente que as instâncias internacionais adoptem sanções duríssimas para com os regimes, que não respeitem os direitos humanos, principalmente ao nível laboral.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:26

A escravatura encoberta do século XXI

por franciscofonseca, em 01.05.11

Hoje, comemora-se o dia do trabalhador por todo o mundo. As notícias não são animadoras, manifestações acontecem por toda a parte, imagens de confrontos com a polícia, estamos numa era de convulsão social.

Mas a ganância dos predadores, contínua e com a feroz competitividade económica, os produtos finais têm de chegar aos consumidores aos melhores preços, com os mais baixos custos de produção. 

Em plano século XXI, neste mundo desenvolvido, continuam a existir milhões de crianças, que são escravizadas por grandes multinacionais, pois só dessa forma se consegue uma produção a baixo custo e produtos a preços competitivos.

Por isso assistimos a deslocalização de grandes grupos económicos, para países onde o trabalho infantil é permitido, os predadores sabem disso, mas a desculpa é sempre a mesma, tudo se fica a dever a competitividade económica.

Espantoso, porque será que o grupo do G8 não faz cimeiras para discutir este problema? Porque será que as organizações de protecção dos direitos humanos estão silenciadas? Hoje o poder destes abutres corrói e silencia tudo e todos.

Nestas fotos estão algumas das vítimas do poder económico, do capital financeiro, que continuam a usar a escravatura, para conseguirem os seus objectivos.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:21


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.




Arquivo

  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2019
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2018
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2017
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2016
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2015
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2014
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2013
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2012
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2011
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2010
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2009
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2008
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D