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Uma Europa a preto e branco

por franciscofonseca, em 11.01.15

Europa a preto e Branco.jpg

Os atentados de Paris mostraram a grande ameaça que paira sobre a Europa. Esta ameaça tem duas vertentes, que representam duas realidades antagónicas e com práticas diferentes, mas com um vetor comum: a intolerância. Os atacantes do Charlie Hebdo representam as pessoas, os grupos fanáticos que reivindicam uma versão do islamismo que vai contra os princípios do próprio Islão, ou seja, o terrorismo fundamentalista islâmico de cariz jihadista. Do outro lado estão as pessoas e os grupos neofascistas, de extrema-direita que se agarram a bandeira do anti-islamismo e que representam o terrorismo de cariz antijihadista.

A primeira realidade resulta da desestruturação do Iraque e da Síria, onde o Estado Islâmico encontrou território fértil para enraizar o fanatismo, negando valores e direitos, inclusive o direito à vida como ficou claro no ataque ao Charlie Hebdo. A segunda realidade resulta de uma crise económica e financeira, acompanhada por uma austeridade que se institucionalizou como paisagem social, na maioria dos países europeus, em prol dos mercados financeiros.

Os partidos, os políticos e as instituições europeias têm andado, nesta última década a brincar com o fogo e quer-me parecer que não existe uma verdadeira vontade de mudança, que faça alterar o desenrolar dos acontecimentos. Um bom exemplo disso é o fato de a maioria dos países europeus preferirem exacerbar o sentimento antirrusso e anti-Putin, dando apoio a grupos da Ucrânia que são, declaradamente, fascistas, homofóbicos e até antissemitas.

Neste momento o que aterroriza a Alemanha e muitos países europeus não é que a extrema-direita esteja em ascensão em muitos países da Europa, mas sim se o partido de extrema-esquerda, o Syriza venha a vencer as eleições na Grécia, forme governo, pondo em risco os sacrossantos pilares da austeridade. Assistimos a negação da democracia no seu próprio berço, com ameaças de expulsão da Grécia da zona euro e até da própria União Europeia, chantageado um povo a favor da continuidade da política económica e financeira, que tem arrastado milhões de europeus para a miséria.

Caso não haja, urgentemente, um volte face deste estado de coisas, podemos estar a assistir ao suicídio do projeto e do sonho europeu. Se este suicídio vier a ter lugar, o futuro não será nem bom para a Europa, nem para o mundo. É imperioso que todos os Estados europeus tomem consciência da gravidade da situação, que promovam uma verdadeira cultura de democracia e que pugnem incessantemente pelos valores do multiculturalismo.

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publicado às 12:51

Sarkozy abre champanhe com a prisão de Strauss-Kahn

por franciscofonseca, em 17.05.11

O director-geral do FMI, Strauss-Kahn está acusado formalmente de agressão sexual, sequestro de uma empregada de hotel e tentativa de violação. A juíza ordenou a sua prisão preventiva e recusou a sua libertação, mediante uma caução de um milhão de dólares. Estes crimes podem levar o agora acusado, ao cumprimento de uma pena, que pode chegar aos 74 anos de prisão. Com isto, Sarkozy festeja e abre champanhe, pois terá a tarefa facilitada para a sua reeleição.

Strauss-Kahn era o candidato presidencial escolhido, pelos socialistas franceses para a corrida eleitoral de 2012. Ainda não tinha anunciado a sua candidatura, mas preparava-se para pedir renúncia do cargo no FMI, em finais de Maio ou início de Junho.

Segundo as últimas sondagens, Strauss-Kahn aparecia constantemente como o socialista melhor posicionado para esmagar Le Pen, o candidato da extrema-direita da Frente Nacional, na primeira volta e derrotar, na segunda, o actual presidente Sarkozy.

Por outro lado, a extrema-esquerda apelidava-o frequentemente de ultraliberal, um insulto grave no meio político francês. Não podemos esquecer que esteve vários anos a auferir um salário milionário em Washington e quando assim acontece, perde-se o contacto com as pessoas comuns. Muito recentemente, Strauss-Kahn chegou a declarar que as três principais questões que dificultariam a sua candidatura à presidência francesa seriam: o dinheiro, as mulheres e a sua origem judaica.

Penso que Strauss-Kahn nunca quis ser verdadeiramente candidato. A sua vida principesca falou mais alto, ditou o seu destino, como acaba por acontecer a muitos destes senhores. O lobby judaico controla o capital financeiro no mundo, por isso é que este homem chegou a presidente do FMI, tenho pena que não possa chegar à presidência francesa, seria uma rica experiência, sobretudo para os franceses mais conservadores.

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publicado às 16:03

O COMUNISMO SALVA CAPITALISMO

por franciscofonseca, em 15.11.10

 

Será que o comunismo está a preparar-se para salvar o capitalismo? Esta pergunta a uns 10 anos atrás faria rir meio Mundo. Mas uma década passada tudo se alterou, vemos a poderosa China, interessada em comprar dívida pública, de alguns países capitalistas, como é o caso dos EUA, Alemanha, França, entre outros.

 

Alguns analistas consideram, que esta poderá bem ser, a tábua de salvação para os países com elevada dívida pública, assim como para às respectivas economias.

 

Muitos dirão que esta é uma boa notícia, vista no curto prazo, mas, na minha opinião, no médio e longo prazo, esta solução traduzir-se-á na completa falência de alguns destes países.

 

Brevemente, a segunda maior economia do Mundo, destronará os EUA e as leis de mercado, seguramente serão alteradas.

Francisco Fonseca

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publicado às 18:51

AMEAÇA TERRORISTA EUROPEIA

por franciscofonseca, em 02.11.10

 

A ameaça terrorista volta a pairar sobre o continente europeu. Várias operações antiterroristas foram levadas a cabo em França, Inglaterra, Alemanha e hoje na Grécia.

 

Sim, acredito firmemente que há uma ameaça terrorista na Europa. Na minha opinião esta ameaça não deve ser superestimada ou subestimada e principalmente no caso português, pois tem a responsabilidade de organizar a próxima cimeira da NATO, sem dúvida, um acontecimento de grande mediatismo mundial, que vai colocar Portugal sob o olhar atendo, dos principais grupos terroristas mundiais. Todos eles vão avaliar as vulnerabilidades do sistema de segurança português.

 

Espero bem, que não existam grandes vulnerabilidades, caso contrário podemos assistir a uma estocada arrepiante, nos princípios civilizacionais que a maioria dos países, que vão estar reunidos apregoam e defendem.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 20:09


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