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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
O trabalho assume na nossa sociedade um papel fundamental nas nossas vidas. Nada nos diz mais sobre a forma como vivemos na actualidade do que a importância que é dada ao trabalho. Quer queiramos quer não, é em grande parte devido a ele que construímos a nossa identidade e que definimos, perante a sociedade, a nossa imagem, estilos de vida e as elites.
E não falo somente do facto de o trabalho ter ocupado a nossa vida interior. As ansiedades e as fantasias que dominam o nosso monólogo interior e que nos ajudam a encontrar um significado para o dia que passou acabam por nos desviar de outros assuntos das nossas vidas.
E se nos queixamos que somos obrigados a dar prioridade ao trabalho em detrimento de outros aspectos das nossas vidas; especialmente no que diz respeito à família ou às relações pessoais; a verdade é que a razão não reside, como tentamos fazer crer a nós próprios, somente numa necessidade económica, outras razões haverá.
O que realmente acontece é que os demais compromissos acabam por ter um peso menor, na contabilidade subjectiva das nossas vidas, quando os comparamos com os nossos sucessos ou fracassos laborais. Pois o fracasso laboral é sem dúvida muito mais penalizador, do que o fracasso familiar, que hoje em dia até está na moda.
As sociedades têm no seu centro o trabalho, a sociedade ocidental moderna é a única a assumir que uma existência com sentido tem invariavelmente de passar pelos portões do trabalho remunerado. Caso contrário será uma existência sem conteúdo, sem glória e sem qualquer significado. Será mesmo assim, ou poderá ser diferente?
Francisco Fonseca
Começam a chegar alguns sinais visíveis dessa mudança. Por exemplo, um em cada três recém-licenciados espanhóis encontrou o seu emprego através da Internet, o que não deixa de ser bastante significativo.
Num estudo da Universidade Autónoma de Madrid, esta é a forma predominante de acesso ao mercado de trabalho para este segmento no país vizinho.
Ainda nesse estudo é referido que a Internet ultrapassou os contactos de familiares e amigos em 20% e o envio de currículos a empresas seleccionadas em 19%, ou seja, a designada vulgar cunha em Portugal, em Espanha perde 20% da sua influência.
Outros dados relevantes, comprovam que a contratação a termo certo sobressai no primeiro emprego, com 65% dos jovens espanhóis a referir este tipo de vínculo.
Nos salários, 20% já recebe mais de 1.500 euros líquidos por mês, enquanto 12% ganha abaixo de 600 euros.
Em Portugal os recém-licenciados, ainda não aproveitam muito este recurso, que cada vez mais se torna fundamental e indispensável nas nossas vidas.
Penso que num futuro muito próximo, a geração NET vai abordar o mercado de trabalho de forma global, indo à descoberta e assumindo conscientemente o risco das escolhas. Aqueles que assim não pensarem, que não tenham capacidade de adaptabilidade, flexibilidade e disponibilidade para a mudança constante, ficarão irremediavelmente excluídos do mercado de trabalho.
Francisco Fonseca
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