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Os princípios orientadores da gestão moderna nasceram no século XIX e já não respondem as necessidades nem de quem lidera, nem de quem é liderado. Os modelos de gestão ainda são baseados no controlo, na disciplina, na eficiência e eficácia, no seio de organizações ainda muito rígidas, pouco dadas à inovação e desinspiradas para a mudança, devido ao controlo hierárquico obsoleto, principalmente nas organizações sob a alçada do Estado.

Por outro lado, se fizermos uma caraterização do mundo laboral verificamos que cerca de 85% dos trabalhadores não gostam do trabalho que fazem, não se sentem envolvidos, nem comprometidos nos seus postos de trabalho. Estamos a falar de uma realidade, que resulta em grande parte, dos princípios gestionários vigentes, nomeadamente em organizações estatais.

Se não vejamos, a grande maioria das organizações ainda vivem em quatro paredes, onde os seus trabalhadores desenvolvem as suas ações, perante uma supervisão hierárquica que os avalia, mediante critérios de avaliação de desempenho, onde o sucesso se mede pelo número de promoções conseguidas. Esta atmosfera de obediência institucional é baseada no conceito de comando e controlo, que ainda reina na gestão dos tempos modernos, mas que tendencialmente dará lugar a novos paradigmas, quer para quem lidera, quer para quem é liderado.

No mundo laboral de hoje, cada vez mais o nível de mobilidade aumenta, os trabalhadores procuram um trabalho, no qual possam por as suas qualidades empreendedoras em prática e onde a sua liberdade e felicidade sejam cada vez maiores.

O grande desafio que temos de enfrentar, num mundo sem fronteiras, passa por uma rutura com os princípios de gestão do passado, donde as organizações e os líderes do presente têm de projetar novos conceitos de trabalho, com elevada incorporação tecnológica e que sejam ignidores e inspiradores, para que a força humana seja imaginativa, tome a iniciativa e sinta paixão pelo que faz, de uma forma permanente.

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publicado às 12:09

Portugal é um dos países com mais história do continente europeu e do mundo, com um património cultural muito valioso e com um património natural desbaratado constantemente, por gente que nunca soube gerir coisa alguma, que criou um sistema em que as necessidades são muito superiores às suas capacidades.

A nossa geografia, a nossa paisagem, o nosso mar maravilhoso, nunca conseguiram proporcionar um sentimento de felicidade e bem-estar capazes de originar cidadãos mais felizes e consequentemente mais produtivos. Sempre fomos um país do fado triste.

Quando estamos mais felizes, em harmonia com a vida, somos por norma mais produtivos, mais interessados, mais dinâmicos, mais capazes. Por outro lado, as pessoas obscuras, tristes e consequentemente infelizes são normalmente menos produtivas apesar de se acharem as mais espertas.

Atualmente a nossa população está triste, deprimida, frustrada e sem esperança no futuro. O incrível é que todas as gerações estão desiludidas com os caminhos trilhados por Portugal. Os que viveram na ditadura passaram da euforia à depressão, os que sempre viveram em democracia sentem a frustração pelo abandono e falta de respeito por parte dos eleitos.

Por isso os mais novos a convite do governo da república já começaram a abandonar o país, a minha geração questiona-se sobre o seu papel neste lindíssimo e ineficiente país. Os mais velhos refletem sobre o que andam aqui a fazer. Assim, as perguntas mais lógicas sobre as quais devemos todos refletir são: o que vai ser deste país? Quem serão os que terão coragem para ficar por cá? Os gestores que são bem remunerados, mas ficam a gerir o quê? Talvez a gerir os vazios que conseguiram criar durante o tempo que tiveram responsabilidades governativas…

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publicado às 20:44

Como economizar milhões de euros

por franciscofonseca, em 18.01.11

A gestão é sempre um exercício inteligente de congregação de forças e equilíbrios, tendentes a obter o máximo de resultados, com o mínimo dispêndio de recursos. Já Peter Druker dizia que “o propósito de construir o futuro não é decidir o que deve ser feito amanhã, mas o que deve ser feito hoje, para que haja um amanhã”.

Assim, no caso português, algumas medidas poderiam ser tomadas, no sentido de economizar, já hoje, milhões de euros, aumentar a produtividade e os resultados, da gestão pública do amanhã.

De uma forma geral, começando pelo topo, reduzir gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos, carros, motoristas, dos políticos em geral. Isto deveria ser replicado no poder local, nas administrações centrais e regionais, nas forças e serviços de segurança e nas empresas estatais.

Seguidamente, extinguir centenas de institutos públicos, fundações públicas e empresas municipais, que servem unicamente para dar emprego aos boys dos partidos. Proceder à redução das câmaras municipais, das juntas de freguesia. Adoptar o regime de exclusividade para quem cuida do bem público.

Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, estudos, que são caríssimos. Por termo a cultura dos lugares para os amigos, através do tráfico de influências. Cortar com os ordenados de milionários dos gestores de empresas privadas, e por último, fazer um controlo apertado à actividade bancária.

Muitas mais haveria, mas se estas escolhas e decisões fossem tomadas hoje, tendo em conta a crise que atravessamos, a capacidade de regeneração de valor social e económico, levariam a um processo transformacional, em direcção a construção de um futuro sustentável. O grande problema é que não temos políticos na nossa praça, capazes de implementar tais medidas. Este é o nosso verdadeiro défice.

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publicado às 17:06

Mestrado em gestão e políticas públicas

por franciscofonseca, em 18.12.10

 

O dia 17 de Dezembro de 2010 ficará marcado na minha memória para sempre. Consegui mais um dos objectivos pessoais, deu luta, muitas horas de trabalho, muitas incertezas, alguns sacrifícios familiares, mas as emoções sentidas agora, compensam tudo aquilo que ficou para trás.

Quando comecei a apresentação da minha investigação, os nervos eram mais do que muitos, mas as coisas começaram a correr bem, o júri gostou, e no final da discussão senti que o jogo estava ganho, agora era só esperar uns minutinhos pela nota. Lá chegou o momento, quando a Professora Doutora, presidente do júri anunciou que tinha sido aprovado com 18 valores, que corresponde a excelente, um mar de sentimentos apoderou-se de mim, boas emoções, e acima de tudo a satisfação de tarefa cumprida com distinção, pois acabara de conseguir o grau de Mestre em Gestão e Políticas Públicas.

Deixo um agradecimento muito especial aos meus familiares que sempre me apoiaram e incentivaram nesta caminhada, assim como, a todos os colegas, docentes, funcionários, do Instituto de Ciências Sociais e Políticas, da Universidade Técnica de Lisboa e um até breve, pois como se costuma dizer, um bom filho a casa torna…

Francisco Fonseca

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publicado às 18:15

Não se esqueça de elogiar o seu chefe hoje

por franciscofonseca, em 03.12.10

Política, poder, jogos,  tudo isto tem um fim!

Muitos de nós ainda pensamos que a nossa competência, dedicação, esforço poderão um dia ser recompensados pelos nossos superiores hierárquicos, o melhor mesmo é esquecer. Bom desempenho, bom profissionalismo não chegará para subir na escalada do poder, pois, valores mais altos se levantam quanto à questão do poder.

 

Sou de opinião, que uma boa performance, inteligência, e muita força de vontade não chegam para conseguirmos atingir lugares de destaque em termos hierárquicos. Para que isso aconteça é necessário, que as pessoas se saibam autopromover, cultivar uma imagem de autocontrolo e autoridade, escolher as relações certas, pedir favores as pessoas certas e na hora certa e saber bajular as pessoas com poder de decisão.

 

Hoje, torna-se imperioso sabermos e conhecermos o mundo em que vivemos, e reconhecer que não é o que muitos gostaríamos que fosse, ou seja, é como é, nada mais. Este é um factor fundamental para quem deseja subir uns degraus na escada do poder. Muitas vezes ouvimos dizer que as pessoas têm aquilo que merecem, quem pensar assim não irá muito longe…

 

Assim, a verdade simples e universal é que a política triunfa sempre sobre a performance. Muitos teóricos sobre gestão e liderança, nos seus livros e palestras deveriam colocar o seguinte aviso: Atenção este conteúdo poderá ser prejudicial para a sua carreira. A verdade é que a maior parte destes gestores de sucesso contam as suas histórias, mas escondem e maquilham os jogos de poder, que tiveram de fazer para lá chegar.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 13:51

Gestão e inexperiência

por franciscofonseca, em 04.02.10

Nenhum gestor, nenhum líder pode estar preparado para todas as surpresas, por mais cursos e experiência que tenha.

Para se ter sucesso na gestão como líder é necessário ter uma forte visão, compartilhada por um pequeno número de pessoas. Neste grupo é fundamental haver uma mente de principiante, pois só estes conseguem ver uma situação sob uma luz diferente. É essencial ter mente de principiante, aberta a novas experiências e surpresas, principalmente nos dias que vivemos.

Este factor tem sido ignorado, pelos principais pensadores da gestão, de liderança e dos negócios. Hoje vivemos no tempo de coleccionar currículos, mas isso não é seguramente o mais importante. O que importa é que as pessoas que trabalham em equipa joguem no mesmo espaço e tenham objectivos comuns e leais, mas, infelizmente cada vez é mais raro.

O que me estimula a continuar esta caminhada, é de facto gostar daquilo que faço. Um dia um famoso equilibrista chamado Karl Wallenda disse: “O único momento em que me sinto vivo é quando ando na corda bamba. O resto é espera.” Por isso comigo acontece quase o mesmo, quando somos envolvidos em projectos ambiciosos, quando confiam no nosso trabalho, quando somos reconhecidos pelos melhores motivos, sentimos que estamos vivos, caso contrário estamos em espera…espera essa que cansa muito, mas muito.

Receio que a espera seja demorada, por isso resta esperar e apelar à paciência em grandes doses.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 19:42

Qualidades do bom gestor ou do bom político

por franciscofonseca, em 19.10.09

Hoje aprendi numa aula de políticas públicas leccionada pelo Professor José Oliveira Rocha, os 3 princípios para se chegar longe em muitas situações na nossa vida em Portugal:

1 – Estar sempre pronto para o serviço;

2 – Não fazer nada;

3 – Como vossa excelência quiser.

Para quem como eu, que já passou alguns anos numa instituição da Administração Pública, percebe isto perfeitamente.

Para quem nunca ouviu falar, este Professor Catedrático é o “super sumo” em termos de políticas públicas e administração pública em Portugal.

Posto isto, devo dizer que nos tempos que se avizinham, mais importante se constituem estes princípios, principalmente para quem quer construir grandes carreiras e nunca perder o lugar.

Somos um país onde crescemos numa cultura, em que temos muita dificuldade em harmonizar direitos com deveres, liberdade com responsabilidade, sistema político com o sistema judicial, ética com comportamentos e valores com princípios.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 23:15

Tempo de ganhar raízes

por franciscofonseca, em 13.09.09

 

Vivemos no tempo em que as perspectivas do médio e longo prazo comecem a ganhar raízes mais profundas no que toca à gestão das pessoas. Anteriormente as carreiras faziam-se em 10 anos, com contratos milionários e com a passagem por umas tantas empresas.

 

A actual crise também trás coisas boas, sem dúvida esta é uma delas, ou seja, não vale muito a pena despedir pessoas se logo é necessário contratar outras para os mesmos lugares. As pessoas não são desatentas, nem muito menos estúpidas, percebem que quem lhes deu oportunidades no passado, vai continuar a fazê-lo no futuro.

 

Mas hoje a grande maioria dos gestores, chefias, hierarquias, estão demasiado preocupados em proteger o seu posto e por isso não gostam de dar oportunidades a ninguém. Mas com este pensar de “minhoca” tipicamente português, essas mesmas pessoas vão irremediavelmente cavar a sua pobre “sepultura”.

 

Aproveitem estes ventos fortes, que se fazem sentir para arejar esses salões vazios de neurónios e com cheiro a mofo do século passado.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 19:13

Polícia que futuro

por franciscofonseca, em 21.08.09

Esta semana foi publicado o relatório elaborado, pelo Departamento de Recursos Humanos da PSP, onde se refere que a idade média do pessoal com funções policiais é de 39 anos. Os cargos de chefia estão a ficar vazios e sem oficias de topo.

 

É com preocupação que vejo este estado de coisas, pois quando os 1.ºs Oficiais oriundos da Escola Superior de Polícia chegarem aos cargos de chefia e direcção, vão lutar com a inexperiência para este tipo de funções.

 

Por outro lado existe uma tendência de abandono da instituição, por parte daqueles com mais qualificações, pois vão para organismos do estado ou privados onde as suas qualificações são mais bem remuneradas e as perspectivas de progressão na carreira são mais favoráveis.

Não existe na Polícia uma política de aproveitamento destes quadros, pois o curso de formação de oficiais de polícia dá para tudo, desde a economia, contabilidade, passando pelo direito, psicologia, sociologia até a gestão de recursos humanos.

 

O próximo governo de Portugal terá de prestar uma atenção especial às polícias portuguesas, caso queira evoluir para uma polícia de futuro, em que a sua actuação seja sempre centrada e focalizada no cidadão, na sua segurança

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 20:39

Défice de confiança

por franciscofonseca, em 12.07.09

Muito se fala e escreve sobre as relações entre superiores hierárquicos e subordinados, mas existência de confiança entre os membros de uma organização é o pilar fundamental para o seu êxito.

Uma atmosfera de confiança fomenta a cooperação e a participação, e consequentemente, a satisfação dos colaboradores é potencialmente maior, bem como é maior o compromisso com a organização e o rendimento individual e colectivo.

 

Existem comportamentos determinantes que podem gerar confiança por parte dos superiores hierárquicos. Considero que entre muitos, os principais passam pela, consistência no comportamento, ou seja, comportamento coerente ao longo do tempo, e em circunstâncias diferentes.

 

A integridade é outro factor fundamental, principalmente nas praticas, valores, palavras e acções do superior hierárquico.

 

A comunicação para com os subordinados é extremamente importante, pois a compartilha da informação, o ser oportuna e suficientemente detalhada e que explique as decisões tomadas, constitui um dos factores principais para a confiança.

 

Delegação é um factor fundamental para gerar confiança, quando não se delega é porque não existe confiança nos subordinados.

 

A consideração, quer dizer maior respeito pelos subordinados. Esta consideração revela-se no dia-a-dia, pela demonstração de sensibilidade pelas necessidades dos colaboradores, ou seja, o bem-estar do colaborador.

A confiança não se ganha com astúcia, pelo que se carrega nos ombros, mas com exemplaridade.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 23:01


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