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Da indignação ao protesto, um movimento global

por franciscofonseca, em 15.01.12

Qualquer comum dos mortais sonha em ter uma vida melhor. Esta é a aspiração de todos os que, se manifestam das mais variadas formas, nos mais díspares locais do mundo. Até agora temos assistido a manifestações pacíficas, mas são muitos os alertas para uma possível e potencialmente perigosa perda de paciência.

O último ano será recordado como aquele em que milhões de pessoas, dos quatro cantos do mundo ultrapassaram o medo e a indiferença e vieram para as ruas demonstrar a sua indignação, pelo presente difícil e pelo futuro incerto.

Desde o Médio Oriente ao Norte de África, passando pela América Latina, Ásia, Europa e Estados Unidos, de forma progressiva e contagiante, a resistência está a tomar forma e as palavras de ordem centram-se em mais justiça e menos desigualdade. Este movimento poderá tornar-se viral, massificado e global.

Esta onda vai tentar quebrar o poder político que a oligarquia dos ricos, dos mercados financeiros e dos lobbies empresariais possuem não só nos governos, mas nos sistemas políticos. Estes fatores aumentam a frustração face ao clientelismo crescente e ao seu subproduto – a desigualdade - e a perda de confiança na ordem estabelecida. Portugal tem sido um excelente exemplo do clientelismo.

A Alemanha insistiu para que mal comportados engolissem o remédio da austeridade. Mas os cidadãos não vêm as reformas necessárias e o modelo ocidental de democracia parece estar a precisar de revisão, pois os europeus parecem estar muito próximos de perder a paciência.

O modelo atual de crescimento em termos económicos e sociais está condenado ao fracasso e ameaça destruir o planeta, mas nenhuma potência se atreve a implementar um outro modelo alternativo. Dedicarei um novo post a este tema.

Vemos a China, um país com um conjunto de valores políticos totalmente diferente do ocidental, a comprar as consciências e as almas ocidentais. O mundo parece estar perdido numa teia de incertezas, de lideranças fracassadas, de democracias impotentes. A indignação e os protestos do povo, muito provavelmente, continuaram a sair às ruas, veremos com que formas de luta.

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publicado às 16:08

A nova Era das armas biológicas nos alimentos

por franciscofonseca, em 23.06.11

O centro da Europa está a viver momentos difíceis devido a bactéria Escherichia Coli. Esta bactéria já infectou milhares de pessoas e está a provocar o caos nos hospitais da Alemanha. Como é que a E. Coli aparece nos alimentos e resiste a oito diferentes classes de antibióticos? Pensei que os investigadores alemães fossem mais perspicazes, mas pelos vistos não conseguem descobrir a origem desta bactéria.

O saber empírico diz-nos que é praticamente impossível imaginar, como poderia aparecer esta bactéria, de forma espontânea no mundo natural. Assim, se esta bactéria teve origem nos alimentos, como os alemães fazem querer, então como é que ela adquiriu toda esta resistência aos antibióticos, dado que não são usados nos vegetais?

Então só resta uma explicação, se não pode ter sido criada na natureza, apenas pode ter tido origem num laboratório. Mas com que finalidade aparece nos alimentos? Talvez estejamos na presença da velha tríade: problema, reacção e solução. Primeiro causam o problema, depois aguardam a reacção do público e finalmente decretam a solução desejada, ou seja, o controle sobre o abastecimento global de alimentos frescos.

Por conseguinte, se as pessoas tiverem medo de vegetais frescos, a sua alimentação recairá sobre alimentos processados, que normalmente promovem doenças degenerativas e impulsionam os lucros das poderosas companhias farmacêuticas.

Estamos no início de uma nova era global, de novas estirpes de bactérias que não podem ser tratadas com qualquer fármaco conhecido. As mortes causadas pela E. Coli correspondem a uma nova era de armas biológicas usadas nos alimentos, criadas por grupos de cientistas loucos, ao serviço dos laboratórios das principais farmacêuticas.

Na Alemanha há quem pense que se tratou de um ataque terrorista. Concordo, mas que foi perpetrado pelas companhias farmacêuticas contra pessoas inocentes, como sempre acontece nos ataques terroristas.

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publicado às 09:56

Qual vai ser a idade dos jovens em 2050

por franciscofonseca, em 24.05.11

O nosso planeta está em fase de transformação acelerada. Os milhões de jovens vão herdar uma pesada herança, legada por gerações, que tiveram um único pensamento durante décadas, que consistiu no desenvolvimento e crescimento económico a todo o custo, sem qualquer preocupação em relação à sustentabilidade dos recursos naturais e dignidade humana.

Existem neste momento 1,3 mil milhões de jovens que vivem na fronteira entre a infância e a vida adulta. Embora a esmagadora maioria destes adolescentes vivam em países em desenvolvimento, enfrentam riscos elevados, nomeadamente ao nível da saúde, da alimentação, do abuso de substâncias psicotrópicas, da empregabilidade, do clima e da sua própria desestruturação.

Actualmente no mundo existem cerca de 100 milhões de jovens sem trabalho, os países desenvolvidos e em desenvolvimento correm o risco de perder o seu recurso mais valioso, que é a força produtiva de trabalho e talento dos jovens, ou seja, vamos assistir à perda de gerações. Esta força de trabalho poderia contribuir muito significativamente para o crescimento das economias destes países e para o equilíbrio e sustentabilidade dos sistemas de segurança social.

Inevitavelmente, os jovens de hoje têm pela frente enormes desafios mundiais, que terão implicações muito profundas no seu futuro. A começar pelo sistema financeiro arquitectado, a turbulência económica global, as alterações climáticas, a degradação ambiental e a desertificação de grandes áreas, o envelhecimento das sociedades, uma urbanização desregrada e explosiva e por fim, as frequentes calamidades humanitárias.

O homem de hoje perdeu o sentido de responsabilidade individual e colectiva, não assegurando os direitos básicos do futuro dos jovens, principalmente o direito à sobrevivência, ao desenvolvimento sustentado, à protecção e à participação cívica nas comunidades globais. Os jovens de hoje serão muito mais velhos em 2050, independentemente da própria idade.

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publicado às 20:15

MEDIDAS DO G20

por franciscofonseca, em 12.11.10

Durante os dois últimos dias, os países que formam o G20 comprometeram-se a tomar medidas para evitar a chamada guerra cambial, fortalecer a cooperação internacional, no sentido de reduzir os principais desequilíbrios globais.

 

Na minha opinião, esta cimeira traduziu-se num fracasso total, pois nenhum acordo concreto foi anunciado, pelos líderes das maiores economias do mundo. O que vamos assistir é a adopção de medidas proteccionistas unilaterais, como a que os EUA anunciaram na semana passada ao a Federal Reserve americana injectar 600 biliões de dólares no mercado financeiro, desvalorizando assim a moeda, para estimular as próprias exportações.

 

Os principais países temem as economias emergentes, mas a nova ordem é inevitável e, Portugal pode vir a beneficiar muito se for adoptada uma estratégia sustentada de expansão empresarial, em três eixos fundamentais, América do sul, África e oriente.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 22:49

QUE TRISTE REALIDADE LUSA

por franciscofonseca, em 12.02.10

Que triste realidade Lusa. Temos muitos, mas muitos portugueses a viver com pensões de 200 ou menos euros por mês. A pergunta que se coloca é como seria a vida dos políticos, administradores, banqueiros com 450 euros por mês? Será que eles já imaginaram, alguma vez lhes passou pela cabeça! Acredito que nunca.

Depois, muitos acumulam reformas que podem chegar aos 20 mil euros, alguns dos quais apregoam todos os dias que as reformas tem de baixar, mas excepto as deles, pois já são direitos garantidos.

Portugal tem uma pobreza estruturada acima dos 40%, é outra coisa que me envergonha. Quando conhecemos a realidade do Portugal profundo e, ficamos a saber que existem pessoas que ainda não tem electricidade, nem assistência social, sinto mais uma vez vergonha!

Depois, temos todos os dias notícias, onde o patronato assume que o salário mínimo não pode subir, seria o caos para a economia, sejam sérios, arrepiem caminho meus senhores!

Temos cerca 100 jovens licenciados a sair do país por mês. Portugal enfrenta uma nova onda emigratória, quase comparável com os anos 60. Mas isto não é notícia. Mais uma vez sinto vergonha.

Esperanças perdidas, já ninguém acredita nas palavras ocas dos políticos, e o futuro deste país procura novos horizontes, fora de terras lusas.

Passamos um momento muito mau na sociedade portuguesa, seria bom que todos nós não aceitássemos que tudo fique na mesma.

A este propósito, Sophia de Mello Breyner disse que "Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado”.

Temos de criar um sentimento colectivo de que assumir a realidade não é pessimismo, é antes de mais uma necessidade premente. Reduza-se os deputados, reduzia-se os assessores, os staffs. Os salários dos níveis mais elevados têm de descer, quer públicos quer privados.

Estamos muito próximo de uma ruptura social profunda, urge que políticos e empresários deixem de ser autistas e se dêem ao respeito dos portugueses. Necessitamos de exemplos vindo de cima. Peçam sacrifícios, mas sintam-nos também.

Vemos todos os dias, intelectuais, académicos, notáveis da nossa sociedade dizer que tudo está mal, mas ficam-se pelas palavras, passem aos actos meus senhores. Saiam desse comodismo mórbido, e deitem mãos a obra. Já ontem era muito tarde.

Não podemos continuar a empurrar mais o problema com a barriga.

Chegou a hora de mostrar de que massa os portugueses são feitos, caso contrário sou obrigado a dar razão ao administrador enviado por Napoleão, que disse “eles nem governam, nem se deixam governar”.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 21:47

visão curta

por franciscofonseca, em 23.09.09

Faltam mais dois dias para terminar a campanha eleitoral. Os futuros decisores políticos, nada têm dito relativamente aos graves problemas sistémicos que atravessam o país. Por isso não posso deixar de manifestar preocupação e uma profunda tristeza. Até a data, nenhum deles abordou a questão que eu considero fundamental para o nosso futuro: o desenvolvimento sustentável.

 

Gostaria muito de ouvir quais as propostas em matéria de sustentabilidade do desenvolvimento. Apregoam-se medidas, promessas e intenções, mas todos esquecem que são os quadros normativos dos homens que têm de obedecer às leis da Natureza e não o inverso como tem acontecido.

Ainda hoje não somos capazes de entender o alcance dos sinais de alarme que são bens visíveis na nossa sociedade, pois insiste-se na visão de curto prazo e simplista. Tem sido aliás, devido a este tipo de visão que atravessa todos os sectores do Estado, sem excepção, que as ”soluções” do passado se tornaram problemas graves dos nossos dias.

Temo que a evolução da nossa economia e da sociedade, neste contexto persistente nesta visão redutora, nos conduza a desgraça colectiva. O desenvolvimento sustentando, requer mudanças radicais de atitudes e comportamentos a todos os níveis sociais, assim seria de esperar também dos candidatos.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 22:22

Tempo de ganhar raízes

por franciscofonseca, em 13.09.09

 

Vivemos no tempo em que as perspectivas do médio e longo prazo comecem a ganhar raízes mais profundas no que toca à gestão das pessoas. Anteriormente as carreiras faziam-se em 10 anos, com contratos milionários e com a passagem por umas tantas empresas.

 

A actual crise também trás coisas boas, sem dúvida esta é uma delas, ou seja, não vale muito a pena despedir pessoas se logo é necessário contratar outras para os mesmos lugares. As pessoas não são desatentas, nem muito menos estúpidas, percebem que quem lhes deu oportunidades no passado, vai continuar a fazê-lo no futuro.

 

Mas hoje a grande maioria dos gestores, chefias, hierarquias, estão demasiado preocupados em proteger o seu posto e por isso não gostam de dar oportunidades a ninguém. Mas com este pensar de “minhoca” tipicamente português, essas mesmas pessoas vão irremediavelmente cavar a sua pobre “sepultura”.

 

Aproveitem estes ventos fortes, que se fazem sentir para arejar esses salões vazios de neurónios e com cheiro a mofo do século passado.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 19:13

Motivação

por franciscofonseca, em 30.08.09

Aqui o principal agente motivador ainda consiste na "moca"

 

Existem princípios sobre motivação que já tão velhinhos, mas mesmo assim existem muitos dirigentes que sobre isto nada sabem!

Um que me parece fundamental consiste no facto de as pessoas mal dirigidas desperdiçarem muita energia.

Outro diz-nos que as pessoas só se esforçam porque querem, o tempo da “moca” foi no século passado.

Depois as pessoas só escolhem trabalhar mais quando isso for mais gratificante, caso contrário a escolha é óbvia.

Compete aos dirigentes criar uma atitude pró-activa e de confiança nos seus dirigidos, pois se isso não for conseguido, não é com determinações escritas em resmas de papel que se consegue.

Os dirigentes têm de ser justos na atribuição de recompensas.

Identificar sinais de frustração e desmotivação e ajudar a eliminá-los e, aqui não chega a velha política que o ordenado chega para resolver todos os males.

Os dirigentes tem de ser claros na definição dos objectivos mediante as expectativas, o que normalmente acontece é que os objectivos são escritos numa das folhas da pesada resma de papel.

Vai demorar mais algum tempo, para que os dirigentes quando falam de motivação saibam na realidade do que estão a falar.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 23:18

A epidemia social

por franciscofonseca, em 17.08.09

O mundo em que vivemos está cheio de ambiguidades, transformações muito rápidas a todos os níveis, tecnológico, político, social e cultural.

 

As pressões que se exercem sobre a vivência das pessoas, torna a vida das mesmas mais complicada e difícil do que antigamente.

 

Vivemos apressadamente e sob o desígnio da competição doentia, gerando desequilíbrios emocionais graves, que afectam as pessoas de forma irreversível.

 

Assistimos cada vez mais a pessoas assoladas por perturbações, como são exemplo a ansiedade, pânico, instabilidade, irritabilidade e transtornos psíquicos e comportamentais que acabam por levar à depressão.

 

As pessoas sofrem muito com o negativismo, preocupações existenciais, imagem pessoal, estética e a sua carreira.

 

É necessário uma reflexão profunda sobre o caminho que estamos a seguir e que tipos de pessoas estamos a formar para o futuro.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 22:14

O lado cinzento

por franciscofonseca, em 11.08.09

 

Há um exagero de desânimo e de crítica na nossa vivência actual que é destruidor e nos leva a ruína mental. Não traz nenhum benefício e tem muitos prejuízos para a evolução da nossa sociedade em todos os quadrantes.

 

Este excesso de atenção aos problemas de curto prazo; pois ninguém tem paciência para pensar nos problemas de médio e longo prazo, faz-nos esquecer os problemas de fundo, que até se acabam por se ir resolvendo, mas com custos e tempo muito elevados.

A minha dúvida é se os políticos, os governos, as autoridades, as reflexões dos brilhantes comentadores, e as elites ajudam a resolver ou complicam a resolução. E até agora tem sido ao contrário, na minha modesta opinião.

O que me assusta e preocupa mais é a sensação clara de que quem está a discutir os assuntos fundamentais da economia portuguesa, não faça a mínima ideia de quais são as questões fundamentais.

Como é que queremos Portugal daqui a 10 anos? A resposta simples é: ninguém faz ideia. Mas acho que é fundamental que alguém diga isto para que as elites comecem a perceber onde está o problema.

Será que ainda há portugueses com géneses do tempo dos descobrimentos? Portugal precisa urgentemente de gente com fibra, engenho e orgulho nacional.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 21:28


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