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A Nação lusa tem de voltar a redescobrir o seu caminho!

 

A primeira grande greve geral teve lugar, em de 28 de Março de 1988, contra o pacote laboral e o projecto da Lei dos Despedimentos, que viria a ser aprovada pelo governo, do agora Presidente Cavaco Silva.

 

Muitas interrogações se colocam quanto à pertinência desta greve. Sou daqueles que luto e sempre lutarei contra as injustiças. O povo português está a passar por momentos muito complicados, as perspectivas de melhoras não existem, bem pelo contrário. A pergunta que todos devemos colocar é como foi possível deixar o país chegar a este ponto?

 

As minhas respostas são iguais as de quase todos os portugueses. Querem mesmo saber quem deve arcar com as consequências? A minha resposta é todos quantos têm sangue lusitano. Muitos me dirão, que resposta mais absurda. Outros pensarão, a culpa é dos políticos. Muitas mais respostas haverá, sem dúvida.

 

Mas deixo 5 causas que explicam, a meu ver, a situação em que nós encontrámos:

1-    O deslumbramento colectivo com entrada na CEE em 1986 levou à perda do sentido de disciplina e rigor das contas públicas e privadas, devido à enxurrada de dinheiro vindo da Europa, tornando o acesso ao dinheiro fácil;

2-    Aproveitamento dos fundos europeus, em grande parte, para o enriquecimento fácil e individual, dos boys partidários, dos ali babás portugueses;

3-    Não criação de infra-estruturas produtivas, capazes de modernizar o país, implementar e conduzir, as reformas administrativas e sociais de fundo, de que tanto este país necessita;

4-    Desmantelamento da capacidade produtiva, principalmente da agricultura, pesca e industria, devido aos avultados subsídios vindos da União Europeia. Não conheço nenhum país rico e desenvolvido, que não tenha uma agricultura forte;

5-    Falta de qualidade na classe política, neste quarto de século, gente com as vistas muito curtas, políticas eleitoralistas, fracos zeladores da coisa pública, gastadores bacocos, falta de políticos com as vistas largas, capazes de rasgar horizontes e de puro-sangue luso.

 

Muitas mais explicações haverá com certeza, mas deixo para os leitores deste blog. Só nos conseguiremos levantar, erguer das cinzas, se reencontramos colectivamente o espírito combativo, o querer, a determinação, a disciplina, o rigor e a visão dos portugueses, de há quinhentos anos, que colocaram Portugal no Top das mais poderosas Nações do Mundo.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 16:29

Le Monde arrasa Portugal

por franciscofonseca, em 21.11.10

Segundo o jornal Le Monde, Portugal caminha inexoravelmente para a pobreza, com uma completa paralisação económica. O país não passou pelos delírios bancários da Irlanda, nem pelas loucuras imobiliárias de Espanha, nem mesmo pelo devaneio da Grécia, mas foi o pior a colmatar os pontos fracos com pontos fortes.

 

Não estamos ameaçados pela bancarrota no imediato, mas estamos forçosamente desprovidos de perspectivas de melhoria, no curto prazo.

 

A crise já foi declarada, a reacção vai fazer-se através de uma greve geral. A questão de fundo é que a alternância política dos últimos 30 anos tem sido baseada por uma continuidade das mesmas políticas, ou seja, por políticas clientelistas. A pergunta em que poderemos começar a pensar é se conseguiremos nós resolver, esta crise neste sistema político ou se será necessário, regressar a um regime autoritário?

 

Francisco Fonseca

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publicado às 22:39

Direito à Greve na PSP

por franciscofonseca, em 08.09.10

Um sindicato da PSP fez um pré-aviso de greve e, coloca políticos, comentadores, dirigentes, e cidadãos num debate polémico, sobre o acesso a este direito dos profissionais da PSP.

Logo de seguida o Ministro de Estado e da Administração Interna mostrou-se profundamente convicto em relação ao direito à greve na PSP: “Sobre essa matéria, três ideias muito claras: nunca, jamais e em tempo algum”.

Pois, parecem-me três interessantes ideias, não tivessem sido , os profissionais da PSP, constituídos funcionários públicos.

Será que haverá nas funções da polícia, imperiosamente distintas, das funções daqueles que salvam vidas em hospitais, ou seja, médicos e enfermeiros. Ou não será a vida um valor tão ou mais importante que o direito à segurança dos cidadãos?

Será que os valores constitucionais já foram alterados e ninguém sabe, pode muito bem ter acontecido, pois a verborreia do legislador português sofre de incontinência a muitos anos!

Enfim, ai está mais um caso que vai fazer correr alguma tinta, bem ilustrativo do estado real da nação. Continuo convicto, que o País e a segurança dos cidadãos só têm a ganhar com o civilismo da PSP, como acontece em alguns países da Europa.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 23:01


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