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A última batalha em Trípoli, mas não na Líbia

por franciscofonseca, em 25.08.11

A Líbia esteve durante muito tempo dividida em três partes, que levaram vidas independentes durante a maior parte dos últimos séculos: a Cirenaica no litoral leste, o Fezzan desértico no sudoeste e a Tripolitânia no litoral oeste. A Líbia esteve sob o comando anglofrancês após o fim da 2.ª guerra, até 1951. A história do território líbio é muito conturbada, mas a do seu povo será ainda mais incerta, pois dos fenícios aos italianos, passando pelos judeus, todos deixaram a sua marca, até Khadafi tomar o poder em 1969.

Passados seis meses de guerra civil com os rebeldes, apoiados pela OTAN, o regime de Muammar Khadafi está a desmoronar-se. A festa na praça verde, centro simbólico do poder levou milhares de líbios a festejar nas ruas.

Não me restam dúvidas sobre os abusos da força na intervenção da OTAN. Muitos apoiantes e opositores ao regime já declararam que muitas das operações da OTAN atingiram civis, infra-estruturas, nomeadamente energia eléctrica, telecomunicações e ironicamente tropas insurgentes, que lutam contra as tropas fiéis a Khadafi.

A Líbia era uma sociedade onde a maioria da população gozava de bons níveis de bem-estar, tinha boas políticas públicas de educação, saúde, habitação gratuitas e com o maior rendimento per capita de África.

Levados pela onda dos acontecimentos da Tunísia e Egipto, os líbios começaram a sair às ruas. Milhares de pessoas morreram e multidões fugiram do país. A comunidade internacional mobilizou-se e com a aprovação da ONU, deu luz verde, para os bombardeamentos efectuados pela coligação entre França, Reino Unido e Estados Unidos.

Na minha opinião a situação na Líbia é muito incerta e fluida, pois as várias tribos que compõem a população líbia, muito dificilmente se entenderão no poder. Os 53 membros da União Africana (UA) reúnem-se, nesta quinta-feira, de emergência em Addis Abeba, para analisarem a situação política na Líbia.

Mas o que conta são os números, apesar do petróleo líbio representar apenas 2% da produção mundial, o preço do barril de brent, em Londres desceu hoje até aos 105 dólares e o de crude, mercado norte-americano, aos 81 dólares. Termino este post perguntando se o povo Sírio tem direito à liberdade? Como não tem petróleo poderá somente ter direito à estabilidade.

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publicado às 00:36

A guerra do dólar contra o euro

por franciscofonseca, em 10.07.11

As agências de notação financeira acabam de dizer aos investidores, para não comprarem dívida pública portuguesa, dívida e títulos das grandes empresas, obrigações dos bancos, passando uma mensagem de aumento de risco, relativamente ao incumprimento. Este jogo que está a ser feito pelas agências de rating faz parte, de um plano mais vasto, de política internacional e geoestratégico.

Estas agências estão a fazer o jogo dos investidores, que querem ganhar dinheiro com os seguros das dívidas soberanas dos países. Quanto mais elevado é o risco de incumprimento dos países, mais dinheiro ganham os investidores.

O euro está a subir em relação ao dólar, já a muito tempo a esta parte. Os Estados Unidos da América têm um problema gravíssimo em relação ao dólar, pois foi emitida muita moeda ultimamente sem a economia crescer, pensando que o Mundo continuava a comprar dólares indefinidamente, mas isso não está a acontecer, o Mundo já percebeu que o dólar está doente.

Estas agências servem também os interesses obscuros dos norte-americanos contra o euro, sendo os alvos mais fáceis de momento a Grécia e Portugal, seguindo-se a Irlanda e Espanha.

Enquanto o euro não cair à mão destes senhores, eles não vão descansar e a especulação vai continuar. Primeiro, a solução passa pelo Banco Central Europeu deixar de ter, como principal critério, as classificações das agências de rating norte-americanas, para avaliação das dívidas públicas dos países.

Em segundo, o senhor Durão Barroso, em vez de vir fazer declarações politicamente enfadonhas, deverá rapidamente tocar os sinos a rebate e juntar a baronesa Merkel, o príncipe Sarkozy, e os restantes vassalos, pegar em fundos europeus, ir ao mercado, emitir obrigações em nome da Europa e emprestar esse dinheiro, directamente a Portugal, à Grécia, à Irlanda e a quem necessitar dele, pagando os países apenas uma taxa administrativa, relativa aos custos da emissão desse dinheiro. Se isto não for feito, o euro acabará por cair aos pés daqueles que lideram esta guerra obscura, mas muito determinada e objectiva.

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publicado às 23:28

Coreias empurradas para o abismo

por franciscofonseca, em 20.12.10

A guerra da coreia entre 1950 e 1953 provocou cerca de três milhões e meio de mortos. Mais de meio século passado e a história ameaça repetir-se, com os mesmos protagonistas. A situação é muito tensa e imprevisível, com ambos os lados a mostrarem o seu poderio bélico. A Coreia do Sul realiza manobras com dispáros de artilharia reais, comjuntamente com tropas norte americanas, por seu lado a Coreia do Norte realiza testes nucleares em profundidade, com o conhecimento da Russia e da China.

O governo de Piongyang preocupa a comunidade internacional, pois se a situação sair do controlo, poderemos estar na iminência da primeira grande guerra do século XXI e com danos devastadores. A Rússia e China, segundo as últimas notícias intercederam junto das duas coreias para acabarem com as manobras militares, porque podem fazer aumentar as tensões na península. Por outro lado, os Estados Unidos apoiaram a Coreia do Sul, na realização de um exercício militar na ilha de Yeonpyeong.

Mais uma vez os interesses geoestratégicos acima dos direitos humanos, milhões de vidas podem estar em risco, mas como o caso é muito sensível, nenhum líder mundial vem prestar declarações. Se fosse mais um escândalo, mais uma especulação, do sistema financeiro, já todos tinham prestado declarações oficialmente. O problema tem a ver com o facto, de as administrações de Cliton e de Bush terem ajudado Kim Jong-Il a desenvolver o programa nuclear, enquanto rotulavam a Coreia do Norte como fazendo parte do eixo do mal. O Dr. Abdul Qadeer Khan, o pai do programa nuclear do Paquistão, também deu uma mãozinha à Coreia do norte, através da rede de contrabando de tecnologia nuclear e do tráfico internacional d armas, sempre protegido pela CIA.

A china já deu o seu aval para a reunificação das duas coreias, mas penso que a reunificação não serve os interesses dos EUA. Desta forma, a reunificação da Península ficará sabotada por tempo indeterminado, espero que sem perdas de vidas humanas…

Francisco Fonseca

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publicado às 21:19

Guerra urbana no Rio de Janeiro já vai em 50 mortos

por franciscofonseca, em 26.11.10

Cristo parece pedir calma às tropas!

Nos últimos 6 dias o Rio de Janeiro, uma das cidades mais belas do Brasil, está a ser alvo de uma violenta guerra urbana, que já conta com 50 mortos e mais de 300 presos, entre os traficantes. A mobilização é geral, cerca de 22 mil operacionais, desde corpos especiais de polícia, principalmente o BOPE, polícia federal, fuzileiros, pára-quedistas, armada de guerra, entre outros corpos de polícia e militares, participam nesta megaoperação de combate à violência dos narcotraficantes.

 

As favelas Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão são os principais alvos dos operacionais, onde o quartel-general dos traficantes acaba de ser tomado pela polícia. Já estive em cidades, em determinadas alturas, também dominadas pela guerra urbana, Iraque (Bagdad); Bósnia (Sarajevo); Angola (Luanda); República democrática do Congo (Kinshasa); Argélia (Argel); Chade (Fronteira com o Sudão). Mas esta guerra nas favelas do Rio, que vem acontecendo já a alguns anos, tem sido mais mortífera do que qualquer umas das tive oportunidade de vivenciar no terreno.

 

Um amigo meu, polícia especial no Rio de Janeiro, confidenciou-me, que a situação é explosiva, vive todos os dias com o coração nas mãos, pois teme represálias contra a família. É também já um experimentado, com muitas operações de alto risco, já viu muitos companheiros serem abatidos pelos traficantes. Ele sabe que esta guerra não tem fim anunciado, ela é patrocinada por muita gente influente e com muito poder no sistema político brasileiro. A corrupção mina os principais valores do ser humano. Neste caso estamos a falar de um negócio, que tem cerca de 300 milhões de clientes em todo o Mundo, com tendência para crescer e render fortunas para os traficantes.

 

Espero que os cariocas e o povo brasileiro possam conquistar a paz duradoura, e viver tempos de prosperidade económica, desenvolvimento social e diminuir a corrupção para níveis aceitáveis. Um homem de grande sapiência disse, com a corrupção morre o corpo, com a impiedade morre a alma.

 

Francisco Fonseca

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publicado às 20:15

A guerra assimétrica

por franciscofonseca, em 19.04.09

Durante os últimos três séculos, os estados entravam em conflito de acordo com princípios e métodos baseados em estratégias de guerra clássica, suportadas pelo conceito de compromisso hostil entre dois estados soberanos vistos como únicas entidades. Esta definição está agora obsoleta.

O dealbar deste terceiro milénio continua cheio de incertezas. Num mundo hoje marcado pela volatilidade identitária, as zonas de interesse estratégico fundamentais alteraram-se, e passaram a ser aquelas que são capazes de exportar a sua própria instabilidade.

A actual conjuntura internacional, onde o papel do Estado soberano está em crise, também se caracteriza pela flexibilização do conceito de fronteira e pela aceitação de situações de cidadanias múltiplas e de governança partilhada.

A superioridade tecnológica dos meios militares ocidentais, e principalmente americanos, induz qualquer adversário a refugiar-se em respostas assimétricas, socorrendo-se de métodos tradicionais, por vezes rudimentares, à mistura com meios de alta tecnologia disponíveis no mercado civil.

São inúmeros os exemplos, da operação Restore Hope na Somália, das operações da KFOR no Kosovo e mais recentemente as operações Enduring Freedoom, no Afeganistão e Operation Iraqi Freedoom, no Iraque.

Esta forma de enfrentar o poder convencional, está cada vez mais a expandir-se, pois o destaque dado pela imprensa internacional e a incapacidade de uma resposta adequada potenciam o aparecimento deste modus operandi.

Francisco Fonseca

 

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publicado às 21:25

Chade em tensão

por franciscofonseca, em 29.03.09

Amanhã regresso ao coração morto de África, terra de pó quente, onde quase tudo é imprevisível, e o presidente Idriss Deby, acaba de romper as relações diplomáticas com o vizinho Sudão, acusando o governo de Cartum de tentar derrubá-lo.

Acusou, mais uma vez, o Sudão de apoiar milícias que actuam no Chade e de uma acção rebelde surpresa na capital na quinta-feira.

Espero que o sol tórrido não afecte de forma irreversível, o processo de estabilização do Chade.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 20:32

A esperança renasce no Iraque

por franciscofonseca, em 27.02.09

 

 

 

 

 

 

Este olhar de esperança e ao mesmo tempo pertubador, bem poderia servir de reflexão para muitos dos lideres Mundiais.

 

 

 

Hoje escolhi um assunto que acompanho com atenção, pois vivi de perto esta realidade do povo Iraquiano.

Começou há quase seis anos, a 20 de Março de 2003 a cavalgada americana para derrubar Saddam.

Obama vai retirar as forças de combate do Iraque até Agosto de 2010, pois foi uma das suas principais promessas de campanha eleitoral.

Actualmente estão no Iraque mais de 130 mil militares. Depois da retirada fica no Iraque uma força de apoio.

Estas forças serão responsáveis pelo treino das forças de segurança iraquianas, que irão conduzir operações de contraterrorismo.

Staffan de Mistura, Representante Especial da ONU no Iraque classificou de "um acontecimento notável" as eleições provinciais no Iraque, que decorreram pacificamente.

Começo a ver sinais promissores para evitar o Caos no Iraque. Mas um longo caminho será necessário percorrer para unificar todas as facções iraquianas.

O risco de uma guerra civil entre Sunitas, Xiitas e Curdos, poderá deflagrar caso se cometam erros na retirada que é necessário evitar.

Este cenário a vir a acontecer, será um factor de destabilização em toda a zona, pois não nos podemos esquecer das ambições expansionistas do Irão.

 

Francisco Fonseca

 

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publicado às 16:15

JUS AD BELLUM E JUS IN BELLO

por franciscofonseca, em 28.01.09

Dificilmente com a guerra se consegue a Paz!

Mas a serinidade e a beleza também são possi'veis na natureza.

O Direito da Guerra é dividido em dois ramos, o jus ad bellum e o jus in bello.

O primeiro refere-se às normas que regulam o direito de recorrer ao uso da força no Direito Internacional.

O segundo refere-se às normas que regulam o exercício do uso da força, isto é, quais as armas e métodos de combate são permitidos uma vez que Estados ou grupos irregulares fazem uso da força.

Estas são concepções bem distintas: no jus ad bellum, a proporcionalidade refere-se a ameaça representada pelo ataque armado que precede o uso da força em legítima defesa, noção presente no Direito Penal.

No jus in bello a proporcionalidade diz respeito às regras do direito humanitário, tais como a protecção de civis em conflitos armados, e limitações ao uso da força visando a protecção de civis.

O Direito Internacional, longe de estar silencioso, encontra-se em ebulição e constante construção.

As fundações do Direito Internacional Humanitário foram estacadas sobre os destroços da Primeira e Segunda Guerra Mundial, e destinadas, ao contrário do jus ad bellum, não à proscrição do direito da guerra, mas à protecção dos civis em tempos de guerra, independente da legalidade do uso da força.

Para o jus in bello, as leis nunca se calam, mesmo quando as armas falam mais alto.

Será que no mapa dos conflitos actuais, como é o caso do Israelo-palestiniano e Sudanês-Chadiano, por exemplo, estes dois conceitos tem alguma aplicação?

Francisco Fonseca

 

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publicado às 17:42

A REORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA MILITAR

por franciscofonseca, em 27.01.09

Este sem dúvida é um bom posto, sempre e em qualquer situação indispensável!

 

 A confusão parece instalada, mas se olharmos com profundidade,  vemos ao fundo os causadores!

 Espera-se para breve uma nova Lei de Defesa Nacional; que clarifica-se e simplifica-se a confusão existente.

O Chefe do Estado Maior General (CEMGFA) comandante operacional das forças armadas em tempo de guerra, mas também em tempo de paz.

Depois temos os Chefes dos ramos, que exercem o comando em tempo de paz e em tempo de guerra.

Olhando para as atribuições do Conselho de Chefes, a confusão é geral, ainda menor clareza.

O ponto crítico da nova legislação é a criação do Comando Operacional Conjunto, como órgão permanente do CEMGFA para criar mais lugares para oficiais superiores, que se vão atropelar permanentemente.

Não sei se alguém conhece os custos da criação desse novo órgão;só em efectivos para assegurar o seu funcionamento requer mais de 600, na maioria quadros qualificados, que não substituem os necessários nos comandos componentes dos ramos.

Há outras soluções que se enquadram melhor na nossa realidade de país pobre e subdesenvolvido!

Haja paciência senhores! Para quando o fim do lobby militar.

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publicado às 16:56

O negócio de armamento internacional em crescimento

por franciscofonseca, em 29.12.08

 

Com o conflito Israelo-Palestiniano a intensificar-se, uns negócios resfriam, mas outros aquecem nesta economia global, sendo o tráfico de armamento um dos que mais proveitos vai arrecadar.

Segundo as estatísticas oficiais da ONU, andam em circulação no mundo, 640 milhões de armas, que são responsáveis por meio milhão de mortos por ano. Desse meio milhão, 310 mil estão ligadas a guerras civis; as outras andam dispersas entre a criminalidade e outras actividades.

A proliferação do tráfico das armas ligeiras está a ameaçar a segurança pessoal, a contribuir para a violação dos Direitos Humanos e a prejudicar a justiça social, o desenvolvimento e a paz em todo o mundo.

No dia 6 de Março do presente ano, Viktor Bout é detido pela Polícia tailandesa. Antigo agente do KGB e ex-militar da Força Aérea Soviética, ganhou muito dinheiro com os seus contactos com as máfias russas, ligadas ao antigo KGB e à nomenclatura do Partido Comunista da União Soviética, que continuaram a controlar grandes stocks de armas roubadas, a seguir ao colapso da URSS.

 Muitas dessas armas, dezenas ou mesmo centenas de milhares de espingardas automáticas AK-47 e derivadas, bem como milhões de munições, desapareceram pura e simplesmente de circulação na Ucrânia e na Rússia.

A lista de alegados clientes de ViKtor Bout em África inclui, o antigo ditador Charles Taylor, da Libéria, o líder líbio Muhamar Khadaffi, o falecido ditador Mobutu Sese Seko do Zaire (agora República Democrática do Congo) e ambos os lados da guerra civil em Angola (MPLA e UNITA).

O tráfico ilegal de armas a valor de mercado, ascende a mais de um bilião de dólares por ano.

Mas neste contexto actual outros Viktor`s alimentam os mercados, sendo o do médio oriente um dos mais apetecíveis actualmente.    

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publicado às 21:08


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