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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, tem consciência das implicações do resultado da votação de hoje na Câmara, assim, porá o seu mandato à disposição do Presidente da República, Giorgio Napolitano, depois de aprovadas as primeiras reformas económicas exigidas pela União Europeia.
Silvio Berlusconi dominou as políticas italianas durante os últimos 17 anos. Homem polémico, indiscreto, eterno apaixonado por mulheres, onde os escândalos sexuais nunca o demoveram, como as famosas festas “bunga-bunga” (sinónimo de orgia), de continuar à frente do executivo italiano. Deixa um país com graves problemas estruturais na Administração Pública, nas instituições, com índices de corrupção elevados e com um legado muito pesado para as futuras gerações.
Relativamente as festas privadas, Berlusconi tem negado tudo o que tem sido noticiado, afirmando que os encontros serviam apenas para jantar, conversar e cantar.
O comissário europeu para negócios económicos, Olli Rehn, descreveu a situação económica e financeira Itália, terceira economia europeia, como muito preocupante, pois a dívida pública de Itália ronda os 120% do PIB italiano. Veremos os próximos capítulos sobre a Itália e as implicações para a zona euro.
Sala principal da Cimeira da NATO em Lisboa
Portugal nunca organizou um evento de tanta complexidade em termos de segurança. É sem dúvida um grande desafio para as forças e serviços de segurança.
Nestes próximos dois dias vão decorrer, a par da cimeira da NATO, a cimeira NATO/Rússia e Estados Unidos/União Europeia.
Do novo conceito estratégico, que vier a ser aprovado, muito vai depender o futuro desta organização atlântica. A situação do Afeganistão também vai passar por Lisboa, pois a passagem da responsabilidade, do controlo dos talibãs, para os afegãos vai ser concertado estrategicamente.
As ameaças e os riscos são reais, sendo necessário o levantamento de todas a vulnerabilidades, em termos de terrorismo, violência urbana e criminalidade altamente organizada.
Espero que nenhuma janela de oportunidade tenha ficado aberta, pois caso contrário o pior pode mesmo acontecer, faço votos para que tudo decorra dentro da normalidade.
Francisco Fonseca
A máquina fiscal portuguesa nos últimos 5 anos apertou o cerco à fuga e evasão fiscal, tendo-se verificado um crescimento exponencial nos processos de penhora, de bens aos contribuintes em falta, aumentando, por conseguinte a receita fiscal.
Este aumento foi de 1800%, passou-se de aproximadamente de 60 mil processos, para cerca de 1,1 milhões actuais. Sem dúvida uma boa notícia.
Mas, a receita por cobrar acende aos 6 mil milhões de euros, ou seja, se este valor fosse cobrado, grande parte do nosso défice seria resolvido e as nossas contas públicas passariam a dispor, de outra saúde financeira.
Assim, o prenúncio da intervenção do Fundo Monetário Internacional e do Fundo de Emergência Europeu seria afastado dos céus de Portugal. No caso presente resta-nos adiar a agonia!
Francisco Fonseca
Hoje foi um dia em que os mercados financeiros confirmaram a minha tese. No sábado o governo e o principal partido da oposição firmaram um acordo, para aprovação do orçamento de 2011 na Assembleia da República. Todos os interlocutores, governantes, principais figuras da oposição e comentadores televisivos da especialidade, foram unânimes em dizer que agora havia condições para os mercados financeiros acalmarem e Portugal passar a ter credibilidade perante o exterior.
Passou um dia e a taxa de juro da dívida pública ultrapassou a barreira dos seis pontos percentuais. Então devo dizer que a especulação financeira continua, ela não quer saber dos acordos que os governos estabelecem, nem do que a oposição declara, ainda muito menos dos comentários dos reputadíssimos economistas, mas simplesmente quer aproveitar-se das debilidades estruturais e económicas do nosso país.
O mercado financeiro, essa coisa que toda a gente fala, mas ninguém sabe quem é; essa coisa que todos precisam respeitar, mas não sabem como fazê-lo; essa coisa de que todos dependem, mas ninguém sabe como. É esse ilustre desconhecido que vai dominando as agendas governamentais, principalmente dos países da união europeia.
Francisco Fonseca
Acabamos o século XX no auge do desenvolvimento tecnológico, empresarial e, onde o capital financeiro suportava esse desenvolvimento. Esta realidade era compreendida por todos os operadores, quer financeiros, quer empresariais.
Neste inicio de século, muita coisa foi mudando. As empresas começaram a fundir-se e apareceram os grandes grupos empresariais, onde as actividades desenvolvidas se multiplicam e diversificam. Com isto surgem também os grandes grupos económicos e, assim muda-se de paradigma, ou seja, o capital financeiro começa a controlar os destinos das empresas.
É esta mudança de paradigma, que a maior parte dos analistas, economistas, comentadores, políticos, governantes, ainda não conseguiu perceber, nem entender e, desta forma, continuamos a escutar e a visionar enxurradas de asneiras diariamente, vindas de todos os quadrantes.
Hoje, o capital financeiro tomou a dianteira que, até então pertencia ao desenvolvimento empresarial e tecnológico, isto é, os grupos empresariais passaram para segundo plano e as leis são ditadas pelo capital financeiro, usando em alguns casos a especulação para retirar maiores dividendos.
Vivemos na era da capitalismo desenfreado, em que os resultados financeiros e a sua maximização, se sobrepõe a todos os valores e princípios morais e humanos.
Por isso, todos os dias ouvimos ilustres políticos, economistas e, governantes a dizer que o país necessita de mais apoios para a criação de pequenas e médias empresas, ou seja, esta realidade desapareceu, fazia parte do século passado. Depois outra grande parangona defendida por todos é a necessidade de mais desenvolvimento e crescimento económico, mas esta realidade só beneficiará o capital financeiro e por sua vez os grandes grupos económicos, não os simples votantes e contribuintes.
Teremos de viver na incerteza permanente e nesta angústia profunda!
Francisco Fonseca
A corrupção pode ser caracterizada em variados actos, tais como favorecimentos ilícitos, fraude, suborno, extorsão entre muitos outros. Este fenómeno ocorre em maior percentagem em países em vias de desenvolvimento ou cujo regime político não se entende como democrático, isto segundo as estatísticas internacionais.
Mas este fenómeno não é de agora, acompanha o homem em todo o processo evolutivo e continua presentemente a ser uma sólida verdade nos tempos em que vivemos.
Se olharmos um pouco para a história recente vemos que, em largos anos de história, a corrupção tornou-se numa conduta normalizada em várias nações por esse mundo fora, por diversos actores da sociedade, entre eles os governos, as empresas e os grupos financeiros.
Nesta terrível conjuntura a nível mundial, este fenómeno é exponencialmente agravado, pois transforma o mercado arbitrário e injusto, cujo impacto na sociedade global é tremendamente preocupante, principalmente para as gerações futuras.
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Francisco Fonseca
Muito se fala e escreve sobre as relações entre superiores hierárquicos e subordinados, mas existência de confiança entre os membros de uma organização é o pilar fundamental para o seu êxito.
Uma atmosfera de confiança fomenta a cooperação e a participação, e consequentemente, a satisfação dos colaboradores é potencialmente maior, bem como é maior o compromisso com a organização e o rendimento individual e colectivo.
Existem comportamentos determinantes que podem gerar confiança por parte dos superiores hierárquicos. Considero que entre muitos, os principais passam pela, consistência no comportamento, ou seja, comportamento coerente ao longo do tempo, e em circunstâncias diferentes.
A integridade é outro factor fundamental, principalmente nas praticas, valores, palavras e acções do superior hierárquico.
A comunicação para com os subordinados é extremamente importante, pois a compartilha da informação, o ser oportuna e suficientemente detalhada e que explique as decisões tomadas, constitui um dos factores principais para a confiança.
Delegação é um factor fundamental para gerar confiança, quando não se delega é porque não existe confiança nos subordinados.
A consideração, quer dizer maior respeito pelos subordinados. Esta consideração revela-se no dia-a-dia, pela demonstração de sensibilidade pelas necessidades dos colaboradores, ou seja, o bem-estar do colaborador.
A confiança não se ganha com astúcia, pelo que se carrega nos ombros, mas com exemplaridade.
Francisco Fonseca
Vivemos num mundo, sem dúvida em contra-mão, onde os problemas mundiais têm escala local e onde os problemas locais se podem transformar em problemas globais.
Vivemos num mundo, que em 2025 terá 8 mil milhões de habitantes, ou seja, temos um aumento de 35% de população no globo.
Vivemos num mundo de contrastes. Por um lado morrem 8 milhões de pessoas por ano com fome, cerca de 65% da população mundial vive em pobreza extrema e existem 160 milhões de crianças a trabalhar por esse mundo fora.
Vivemos num mundo em que, nos países desenvolvidos, cada um de nós tem vários telemóveis, vários computadores e “brinquedos” que nos ligam à tecnologia, mas que nos afastam da reflexão sobre os verdadeiros problemas do globo.
Vivemos num mundo onde o conceito de família está a mudar. O papel da mulher alterou-se, o papel do homem também. Isso implica alterações profundas no funcionamento da sociedade que está a ter dificuldades em se adaptar.
Vivemos num mundo em que, os partidos políticos são vistos como aquelas organizações mais afectadas pela corrupção.
Estes são alguns dos principais problemas que nos afectam a todos. São estes os temas que os nossos políticos deveriam debater seriamente. Mas para isso é necessário pessoas que acreditem no que fazem, que não têm de realizar favores a ninguém e que sintam verdadeiramente que podem fazer a mudança.
São estas utopias que fazem a diferença entre um político e um cidadão do mundo. Talvez hoje necessitemos de cidadãos do mundo a gerir os países de uma forma livre e sem ter as mãos atadas a interesses ou a ambições pessoais, e com uma visão global e aberta do mundo em que vivemos.
Estamos em contra-mão ou não? Ou será esta minha visão que vai em sentido contrário?
Francisco Fonseca
O trabalho assume na nossa sociedade um papel fundamental nas nossas vidas. Nada nos diz mais sobre a forma como vivemos na actualidade do que a importância que é dada ao trabalho. Quer queiramos quer não, é em grande parte devido a ele que construímos a nossa identidade e que definimos, perante a sociedade, a nossa imagem, estilos de vida e as elites.
E não falo somente do facto de o trabalho ter ocupado a nossa vida interior. As ansiedades e as fantasias que dominam o nosso monólogo interior e que nos ajudam a encontrar um significado para o dia que passou acabam por nos desviar de outros assuntos das nossas vidas.
E se nos queixamos que somos obrigados a dar prioridade ao trabalho em detrimento de outros aspectos das nossas vidas; especialmente no que diz respeito à família ou às relações pessoais; a verdade é que a razão não reside, como tentamos fazer crer a nós próprios, somente numa necessidade económica, outras razões haverá.
O que realmente acontece é que os demais compromissos acabam por ter um peso menor, na contabilidade subjectiva das nossas vidas, quando os comparamos com os nossos sucessos ou fracassos laborais. Pois o fracasso laboral é sem dúvida muito mais penalizador, do que o fracasso familiar, que hoje em dia até está na moda.
As sociedades têm no seu centro o trabalho, a sociedade ocidental moderna é a única a assumir que uma existência com sentido tem invariavelmente de passar pelos portões do trabalho remunerado. Caso contrário será uma existência sem conteúdo, sem glória e sem qualquer significado. Será mesmo assim, ou poderá ser diferente?
Francisco Fonseca
Esta crise importada de facto não o é para o nosso país, a braços anteriormente com uma crise interna de que a adesão à Europa e depois ao Euro, terá adiado a evidência, mas que com a má utilização dos dinheiros da UE e a contínua venda ao desbarato dos activos nacionais, como são exemplo a Galp, EDP e a PT, colocou a descoberto.
Mas quais os factores determinantes da latente e agora exacerbada crise nacional?
Primeiro sem dúvida a baixa produtividade da nossa economia. Somos ainda uma economia sem noção da globalização.
Em segundo, a maioria de negócios produtivos não são competitivos quando comparados com empresas estrangeiras que actuam em território português ou no estrangeiro.
Outra razão consiste no desmantelamento de sectores como a Agricultura e as Pescas. E nós um povo com tradições e com uma forte genética ligada ao mar.
Depois, uma estratégia desastrosa no que respeita à energia e aos transportes. Somos um país super dependente do ouro negro e, temos todas as condições de termos dos principais portos da Europa.
Finalmente, o vazio de ideias da nossa classe política, acompanhada por um descrédito cada vez maior dos cidadãos, nos partidos e nas principais instituições democráticas em Portugal.
E a cereja que falta no cimo do bolo são os pequenos burgueses sedentos de riqueza e de “novo-riquismo” existencial que vão destruir o nosso país se não os travarmos…
Francisco Fonseca
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