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Blog de crítica e opiniões sobre as políticas que afetam negativamente a humanidade. O Homem na atualidade necessita urgentemente de arrepiar caminho, em busca de um novo Mundo!
A sociedade francesa está viva, manifesta-se, reage, luta contra as políticas prometidas pelo poder político.
A sociedade portuguesa vem sendo afectada, por várias políticas de austeridade e com promessas de mais impostos, menos salários, tudo em prol do sistema financeiro internacional, sem esboçar qualquer reacção.
Como disse o ministro das finanças hoje, se não ganharmos a confiança do sistema financeiro, Portugal fica sem financiamento e segundo ele isso seria desastroso! Será? Eu acho que isso seria óptimo, pois todos passaríamos a viver com os rendimentos que produzimos. Caso contrário, este ciclo ruinoso do endividamento das gerações futuras, isso sim, será o desastre da Nação.
Portugal comemorou 100 anos de república, mas a sociedade continua a viver de valores e princípios monárquicos. Vejamos a importância que é dada a algumas famílias da nossa sociedade, ao comportamento dos nossos políticos, a forma como a comunicação social aborda o quotidiano, a ostentação evidenciada pelos quadros superiores da administração pública, desde políticos, gestores públicos, directores de serviços, comandantes militares e policiais. Muitos destes passeiam-se todos os dias em viaturas de luxo, à custa dos nossos impostos, quando podiam muito bem, deslocarem-se nas suas próprias viaturas, conforme fazem a maior parte dos contribuintes. Este bacoquismo provinciano está muito enraizado na sociedade portuguesa.
Por outro lado, o amorfismo instalado na colectividade contribui para que as grandes rupturas, necessárias na cultura vivencial portuguesa fiquem adiadas indefinidamente.
Francisco Fonseca
Hoje todos temos opinião sobre tudo, mas a realidade é que nada conhecemos. As pessoas produzem juízos apressados, que levam a condenações precipitantes, baseados em estereótipos, pensamentos tacanhos.
Podemos dizer que vivemos também na época do fast food intelectual e, isto por culpa de comentadores, políticos, jornalistas, escritores e publicitários.
Os espaços informativos de qualquer canal televisivo são autênticos hamburgers, já as novelas e as revistas cor-de-rosa são a sobremesa servida em forma de donuts.
Penso que cada vez mais o problema está na família e na escola que temos hoje. Os pais intoxicam as crianças, desde muito cedo com desenhos animados, videojogos e telenovelas, de forma a não chatearem muito. Depois é normal que estas crianças quando passam a vida adulta, não tenham uma vida saudável e equilibrada em termos de raciocínio.
O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades, ou seja, repleto de hamburgers, donuts e intoxicações de que são vítimas diariamente.
Por isso, nenhuma admiração que nestes tempos de abundância e desenvolvimento tecnológico, os grandes pilares do desenvolvimento humano estejam em decadência. Os valores da família são contestados, as tradições esquecidas, a cultura violentada e a arte passou a ser doentia, fútil e desinteressante.
Por outro lado, floresce a pornografia, a imitação banal, o egoísmo, o individualismo e, os grandes tráficos mundiais. Acho que não é o fim de uma forma de civilização, ou a decadência final, como muitos vão apregoando.
Penso que tudo isto não passa de obesidade mental, isto é, o homem dos nossos tempos está bastante adiposo no pensamento, nos sentimentos e gostos. Como todos os grandes responsáveis pelos desígnios da civilização apregoam, de que o mundo necessita de grandes reformas, desenvolvimento económico e progresso tecnológico. Na minha opinião nada disto é uma necessidade premente. Mas sim, é urgente que o homem comece a fazer uma dieta mental, caso contrário correremos o risco do cérebro humano perder a racionalidade que o caracteriza.
Francisco Fonseca
Hoje, ao ler o artigo do jornalista Mário Crespo, fiquei sem dúvidas que vamos ter mais um problemazinho para entreter as noites dos portuguesinhos. O “quarto poder” coloca os políticos em constante vigilância, pressão, pois estes passam a estar continuadamente expostos ao público em geral.
É fundamental compreender a relação de conflito entre os jornalistas e os políticos, para termos a noção correcta do funcionamento da politiquice nos nossos dias.
Esta relação é revestida de tensões e influências mútuas, que são naturais, quer do ponto de vista dos jornalistas, quer do ponto de vista dos políticos.
O Jornalista Paulo Nogueira refere que, a relação entre jornalistas e políticos é muito íntima: uns precisam dos outros. “A relação entre os grupos é curiosa, pois tentam manter-se próximos devido aos interesses que têm uns nos outros. Isso dá para o bem e para o mal. Por vezes há muita promiscuidade nessas relações”. O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, diz que “não deve haver promiscuidade nem subordinação de um sector em relação ao outro”, pois a importância da liberdade de imprensa e fundamental num sistema democrático, assim como “espírito crítico” dos meios de comunicação social em relação aos políticos.
O antigo ministro da Educação Marçal Grilo vai mais longe e, diz que a tentativa de manipular os jornalistas "é fatal", pois, "Quando o jornalista sente que o político o tenta ludibriar, o jornalista passa a ser o pior inimigo do político", referindo que, "ganha sempre o jornalista" e o politico "nunca recupera do erro que cometeu".
A jornalista, Susana Barros refere que jornalistas e políticos “sabem bem que não sobrevivem uns sem os outros, criando assim uma relação conflitual de dependência”.
Este mal-estar pode ficar-se a dever a “concepção dualista que alguns fazem dos meios de comunicação social: há os que vêem os media como inimigos a abater e os que acham que são instrumentos a utilizar”.
Assim, no nosso portugalzinho os políticos têm de ocupar terreno, dia após dia, ou desaparecem; o mesmo acontece com a informação, sendo hoje um produto como qualquer outro, objecto de compra e venda, proveitoso ou dispendioso, condenado assim que deixa de ser rentável. As leis do mercado são implacáveis.
Bem, vamos ver desta feita para que lado vai partir a corda.
Francisco Fonseca
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